domingo, 26 de junho de 2016

REBOLIÇO

Na loucura de meu certo
Faço do errado meu encanto
Enquanto desencanto meus acertos
Nos certos dos meus erros

Loucura nas misturas
Do certo e do errado
Sem premissas do desassossego
Que foi sem nunca ter sido

Me pego em quimeras
De sonhos e realejos
De alquimias inconstantes
Em flautas de Hamelins

Meus erros são tão certos
Quanto a luz da lua cheia
Que míngua em suas fases
Jogando ao chão minhas certezas

A Medusa ciumenta
Sucumbida por Perseu
Deixou no mar de Poseidon
O mistério das serpentes

No meu certo meu apego
Erra no meu querer
No meu errado me aproximo
Ainda que sem querer, de você

A santa se cala
Enquanto grito meu desconforto
Fazendo-a ouvir com insistência
Certos ou errados

Realidades ou fantasias
Meus desejos repetidos 
Nas contas dos meus dedos
Sonhos ou devaneios, rabiscos ou poesias

Pouco importa a denominação
São verdades tão minhas
Misturas de visão e ficção
Poemas, prosas, poesias...

(Nane - 26/06/2016)





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