terça-feira, 28 de junho de 2016

FORÇAS LAVRADAS


Valho-me da tua força
Quando não mais a tenho
Olhando no fundo do teu olhar
Roubando tua energia

Não, não me condenas
Antes, dá-me com prazer a tua força
Para que eu me mantenha de pé
Enquanto na cama, economizas a tua

Lavro nossas forças numa só
Enquanto perambulo pelo mundo
Circulando num mesmo lugar
Em volta da força que (me) manténs

Se te olho não te vejo
Mas sinto toda a força
Que de ti emana
E me inunda

Reclamo aos sete ventos
Maldizendo nossos destinos
Enquanto cantas louvores
Baixinho no teu leito

Te viro e te limpo
Te deito e te sento
Te alimento, te medico
Te amo e não te entendo

Busco em teu olhar
A origem da tua força
Sou fruto dessa raiz
Sem paciência para florescer

(Nane-28/06/2016)



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