quarta-feira, 22 de junho de 2016

PANTOMIMA DA VIDA



Ousa teus sonhos
Nos ensaios da vida
Montado na peça
Do palco supremo

Deixa fluir teus sentimentos
Nas falas e escritas
Jorradas em lágrimas
Vertidas da alma

Sem aplausos ou apupos
Sangra teus dias
Na ribalta sem luz
No repasto da coxia

Encena teus anseios
No texto batido
De um amor alardeado
Tão pleno de verdades

Desfeito teu orgulho
Entrega-se à paixão
Sabedor do desempenho
Verídico da personagem

Num estalar de dedos
O poderoso diretor
No veredito final
Acende as luzes da ribalta

Assistes o teu amor
Nos braços de outro
Se curvando em agradecimentos

Sob os aplausos gerais

(Nane - 22/06/2016)





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