quinta-feira, 30 de junho de 2016

POETA FINGIDOR


Qual a verdade me cobras
Quando sou poeta
E dizimo em mim
Verdades e mentiras
Em troca da criação

E por ser poeta, vos digo
Não mando em meus sentidos
Se blasfemo não minto
Sendo mero  marionete expectador
Do sentimento chamado amor

No mundo dos poetas
Entenda, nem tudo é flor
Rasga-me a carne feito espinhos
As rimas destiladas e sorvidas
No cálice amargo do desamor

Mas sorrio quando conjugo um verbo
Que te sensibiliza e te faz feliz
É quando sinto a grandeza de ser poeta
Ao te imortalizar num único instante
Na imaginação do que eu sempre quis

Minhas mentiras, creia, são verdades
Num espaço onde só eu (e você, se quiser) posso estar
Nada e ninguém há de mudar
A verdade que habita na mentira
Que ao mundo faz acreditar

Deixa que minhas rimas dilaceradas
Sangrem na ponta do meu lápis
Contanto que entenda nas entrelinhas
Todo o amor guardado em mim
Revestido de uma brincadeira (mentira) verdadeira

(Nane- 30/06/2016)





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