Sonhos sonhados de olho abertos
Por notívagos olhos
Que teimam em não se fecharem
Por momento algum
Maltratam suas sinapses
Confundem pensamentos
Se perdem na realidade
Vagam pela insanidade
A pergunta que não quer calar
Grita e destrói neurônios
Na tempestade já enfraquecida
Pelo vento cerebral
No oceano revolto
Do côncavo ocular
A tsunami teima em desaguar
Na face encarnecida
O alento sopra feito brisa encarnada
Nos despautérios de um menino
Que teima em fazer sorrir
Quem nada mais pode esperar
Fatal pra morte é a vida
Que insiste em ser vivida
Quando as luzes da ribalta
Já se apagaram...
(Nane-22/11/2014)
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