sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Marés

Toda a onda que vem do mar
Me leva sem que eu possa remar
Apenas me entrego, me solto
E aguardo submissa onde vou parar

A maré cheia me seduz
Convidando ao desconhecido
A maré baixa me leva de encontro
Ao porto seguro

A brisa marinha me embriaga
A noite fria me arrepia
Perdida entre duas vertentes
Caminho sem direção

Logo o sol sairá
Bem lá de dentro do mar
Rompendo a aurora virginal
De mais um dia normal

O porre terá passado
O sono chegado
Eu, de novo venci o mar
Vou pra casa...me deitar

(Nane- 28/11/2014)




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