terça-feira, 11 de novembro de 2014

Incertas certezas

Quisera eu ser leiga
Na fé que me foge
E por isso, não me conforta

Quisera poder crer cegamente
E ter uma mão forte a segurar a minha
Nos momentos de aflição

Quisera mandar às favas minhas certezas
E me embalar nas promessas vindouras
Do todo poderoso

Quisera enfim, piamente acreditar
Nos milagres sacrossantos
E minhas lágrimas secar

Ceticismo não mora em mim
Mas a fé cega também não
E pago caro por isso

Refugio minhas dores
Nos braços do Altíssimo
Sem contar com os milagres

Espero além daqui 
As respostas desencontradas
Dessa vida embaralhada

Que seja feita a vossa vontade
Assim na terra como no céu
E dai-nos a sapiência de aceitá-la

(Nane-11/11/2014)

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