quinta-feira, 5 de julho de 2012

Buraco sem fundo


Sem espaço e sem ar
Um buraco cavado
Pouco mais de um metro 
Num diâmetro apertado
Mas tão escuro e profundo
Onde eu mais e mais me afundo
Na tentativa da saída
Em busca de uma luz...

Não vou me adaptar
É preciso lutar
E não me deixar sucumbir
Num buraco sem espaço
Cavado por mim mesma
E pronto a me sufocar
Pronto a me enterrar
Se eu me deixar levar...


Me suga e me traga
Me arrasta em turbilhão
Me joga no centro
Me tira o chão
Me faz prisioneira
Me deixa tonta 
Me enterra no nada...

Uma corda ou uma escada
Há de aparecer
Preciso me acalmar
E pacientemente aguardar
Que me mostrem lá de fora
O caminho da esperança
De sair desse lugar
Um buraco fechado e sem ar
Que quer me engolir...

(Elian-05/07/2012)

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