Um espaço para falar de tudo e com todos. quem quiser entrar, seja bem vindo.
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
9 DE SETEMBRO
Lá vem outra primavera
Trazendo o canto dos pássaros
Esfomeados pelas frutas da estação
Em busca do calor dos trópicos
Lá vem meus anos acumulados
Num final de estação
Que pensei ser primavera
Mas que nunca passou de um inverno
Quando entrar setembro
As boas novas não virão
Mesmo que eu plante no chão
Sonhos de notívagos embriagados
Já foram tantas as estações
Que juntas somaram anos a fios
Resumidos numa última década
Resiliente da sapiência do entender
Falo por metáforas tão minhas
Verdadeiras e nem tão misteriosas
Onde quem não pode entender
Também não é digno de me conhecer
Deixa falar por mim a estação
Que se anuncia à minha aparição
Neste mundo de pura embromação
Que pensei ser primavera o que é inverno
Lá vem os pássaros famintos
Em busca das frutas e do sol
Lá vou eu perdida em pensamentos
Do que fui, do que sou e do que poderia ser
Abrem-se as flores
Impávidas e resolutas
Pouco se importando se é do inverno
O tempo digno de mais uma primavera
(Nane - 31/08/2016)
segunda-feira, 29 de agosto de 2016
REFÚGIO
Refugia-te na tua insanidade
Esquecendo frustrações
Ingratidão, desânimo, decepção
Do tanto plantado e na terra, ressecado
Foge, da tua realidade
E viva em devaneios
Que por vezes até vislumbro
Mas nesse mundo, não entro
Ataca, teu próximo
Que tenta te prover
Mas te chama à realidade
Sendo isso o que incomoda
Deixo-te insana
Vivendo tuas quimeras
Do que jamais será
Mas ainda é, em ti
Por onde andas
O que tu faz
Incógnita sem razão
Lógica do coração
Refugia-te então
Na tua insanidade
Enquanto falta-te a liberdade
De voltar a ser o que já fostes
Canta teus cantos de louvor
Segura na mão do teu Criador
Chora tuas lágrimas que ardem verde
Sorria na tua insana fantasia
(Nane-29/08/2016)
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
ANJO GUARDIÃO
A njo, Angélica
N ome algum definiria melhor
G ente luz e protetora
E spalhando amor
L evando esperança e dignidade
Seu nome veio a calhar
Na enfermeira das crianças
Na professora orientadora
Na protetora dos animais
Mulher de fibra e destemida
Conduzindo vidas desvalidas
Dos bichos abandonados e desgarrados
Por ela, eternos apaixonados
Mãe de tantos degredados
É por eles abraçada
Quando o brilho de seus olhares
Demonstram toda a sua gratidão
Hoje sou eu a te reverenciar
Por todo o bem que fez e faz
Mesmo sabendo que não terá reconhecimento
E que isto é só parte da sua missão
Te acham louca e sem ter o que fazer
Por cuidar, correr e recolher
Dos seres rejeitados pela sociedade
Cansada de brincar de cuidadores
Parabéns anjo querido
Pois só quem ama os animais
Tem a grandeza na alma que tu tens
Sem se importar com a opinião de ninguém
*Meu respeito e meu carinho por vc!
(Nane-26/08/2016)
N ome algum definiria melhor
G ente luz e protetora
E spalhando amor
L evando esperança e dignidade
Seu nome veio a calhar
Na enfermeira das crianças
Na professora orientadora
Na protetora dos animais
Mulher de fibra e destemida
Conduzindo vidas desvalidas
Dos bichos abandonados e desgarrados
Por ela, eternos apaixonados
Mãe de tantos degredados
É por eles abraçada
Quando o brilho de seus olhares
Demonstram toda a sua gratidão
Hoje sou eu a te reverenciar
Por todo o bem que fez e faz
Mesmo sabendo que não terá reconhecimento
E que isto é só parte da sua missão
Te acham louca e sem ter o que fazer
Por cuidar, correr e recolher
Dos seres rejeitados pela sociedade
Cansada de brincar de cuidadores
Parabéns anjo querido
Pois só quem ama os animais
Tem a grandeza na alma que tu tens
Sem se importar com a opinião de ninguém
*Meu respeito e meu carinho por vc!
(Nane-26/08/2016)
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
FLECHAS CERTEIRAS
Mergulhei em ti
Num passeio solitário
Revendo coisas que vivemos
Ouvindo coisas que dissemos
Fui em busca dos momentos
Em que nos achamos e nos perdemos
Na tentativa de entender
O que é apenas para sentir
O lirismo sempre existiu
Apenas mudou a poesia
O poeta, a musa, o leitor
São contos de páginas viradas
A boca ressecada pela sede
Faz líquida a felicidade a ser sorvida
Na taça do cristal embevecido
Por te matar a sede enfim
Sem culpas ou desculpas
Caminhei e te revirei do avesso
Em busca de uma nova tentativa
De um destino premeditado
Mas ouvi flechas certeiras
Rasgando minhas entranhas
Com palavras inerentes
De arqueiro decisivo
Desistir não posso, não está em mim
Pedante e pedinte, também não mais
Voltei à tona de ti
Vou mergulhar em outro mar...
(Nane-25/08/2016)
terça-feira, 23 de agosto de 2016
PRECE DO DESESPERO
O que faço com essa coisa no peito
Que não sei definir
Se dor, ardor, ou bolor
Mas que pesa, sufoca e desespera
Rezo pra Santa
Mas o copo na mão
Me faz errar as contas
Do meu terço bizarro
Deus, ouça a minha prece
E perdoa meu hálito
Me perdi no meio do caminho
Ja nao sei do certo e nem do errado
Eu tinha um barbante na mão
Mas perdi o fio da meada
Restou-me o copo na mão
E o minotauro pronto a me devorar
Misturo alho com bugalhos
E sei que pouco valho
Mas Deus, livrai-me desse desassossego
Que me consome e me embriaga
Nada mais ouso pedir
Na prece que tento terminar
Antes que essa coisa no peito acumulada
Exploda e me aniquile
Pesa-me a respiração
Cheirando a fumaça e álcool
Dos tocos dos cigarros fumados
E das cervejas pela goela deglutidas
Só um pouco de paz
É o que peço nessa prece distorcida
Afasta de mim esse cálice
E tira tudo isso de mim
Amém.
(Nane - 23/08/2016)
O JOGO DA VIDA
Uma foto, um jogo
Uma marra, uma rede (social) antiga
Um desaforo, uma pirraça
Um encontro, uma eternidade
Fugaz empatia
Virando versos de poesias
De uma linda amizade
A quilômetros de distância
A marra virou simpatia
A foto ficou na retina
A distância (física) permanece
A amizade fez dos corações, moradia
O jogo foi vencido
O troféu foi meu e seu
As cartas estão na mesa
Sigamos juntas...vencendo
*Parabéns minha grande amiga!
(Nane-23/08/2016)
Uma marra, uma rede (social) antiga
Um desaforo, uma pirraça
Um encontro, uma eternidade
Fugaz empatia
Virando versos de poesias
De uma linda amizade
A quilômetros de distância
A marra virou simpatia
A foto ficou na retina
A distância (física) permanece
A amizade fez dos corações, moradia
O jogo foi vencido
O troféu foi meu e seu
As cartas estão na mesa
Sigamos juntas...vencendo
*Parabéns minha grande amiga!
(Nane-23/08/2016)
POESIA MORTA
Só o que eu queria
Um minuto só do seu dia
Uma palavra só
Um sorriso só
A eternidade contida
Na imensidão do infinito
Num só minuto
De só um dos seus dias
No entanto se cala
E nada me diz
Tão pouco me olha
E se sorri, é por sarcasmo
Teimo em aguardar
Um gesto único
Tentando interpretar
O que não me diz respeito
Palavras vãs me ditam a escrita
Perdidas em rimas também vãs
Transformadas em poesias opacas
Perdidas em prosas só do autor
Não levantam voos
Não se perdem no ar
Morrem no fundo da garganta
Ou criam bolor no fundo da gaveta
São poesias direcionadas
Sem respostas, ignoradas
São poesias mortas
De um poeta moribundo
Só o que eu queria
Um minuto só do seu dia
Uma palavra só
Um sorriso só
(Nane- 23/08/2016)
sábado, 20 de agosto de 2016
SALVADOR, TERRA DO AMOR (JANE CARVALHO)
Salvador, Salvador
Terra do amor
De gente bonita pra caralho
Feito essa tal Jane Carvalho
Me perdoe o palavrão (era preciso)
Não pela riminha
Já que uma palavrinha
Não expressaria essa explosão
Mulher das artes
Mulher da justiça
Mulher da casa
Mulher da Bahia
Salvador, Salvador
Terra das medalhas
Orgulho do boxe e da canoagem
Presentes para ti (Jane) com louvor
Sensualiza Salvador
Nessa mulher faceira e linda
De um sorriso encantador
E lume na aura advinda
Orgulhe-se São Salvador
De ser berço desta tua filha
Decantada em flor e poesia
Encantando o nosso dia a dia
*Parabéns Jane Carvalho!
(Nane-20/08/2016)
Terra do amor
De gente bonita pra caralho
Feito essa tal Jane Carvalho
Me perdoe o palavrão (era preciso)
Não pela riminha
Já que uma palavrinha
Não expressaria essa explosão
Mulher das artes
Mulher da justiça
Mulher da casa
Mulher da Bahia
Salvador, Salvador
Terra das medalhas
Orgulho do boxe e da canoagem
Presentes para ti (Jane) com louvor
Sensualiza Salvador
Nessa mulher faceira e linda
De um sorriso encantador
E lume na aura advinda
Orgulhe-se São Salvador
De ser berço desta tua filha
Decantada em flor e poesia
Encantando o nosso dia a dia
*Parabéns Jane Carvalho!
(Nane-20/08/2016)
terça-feira, 16 de agosto de 2016
INSTANTES
Aprendi com o palhaço do Boll
A importância dos instantes
Sejam eles reais, ou su
São o que nos moldam a vida
Sorri ao amanhecer
Por ter passado a noite com você
Se sonho ou fantasia, pouco importa
Foram instantes de alegria
Teu corpo abraçando o meu
Tua voz sussurrando em meus ouvidos
Teu cheiro inebriando meu espírito
Fui feliz a noite inteira
O dia agora está vazio
O sol lá fora me perece nublado
O instante não é de felicidade
Mas é o meu instante a ser vivido
Coleciono todos eles
Guardados dentro de mim
Por vezes revivo os mais felizes
E faço adormecer os entristecidos
Meus instantes são todos meus
Com ou sem companhia
Vivo-os tão intensamente
Enquanto os tenho para viver
Aprendi com o palhaço do Boll...
(Nane - 16/08/2016)
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
DIÁRIO SECRETO
Perdoe a invasão
Nas escritas secretas
Tão suas
Li, e algumas reli
Nas madrugadas insones
Que tinhas por companhia, a caneta
Chorei com algumas
Sorri com outras
E te ouvi de novo
Revi teus trejeitos
Do jeito que falavas
Quando conosco "brigava"
As preocupações que te rondavam
E te fizeram perder o sono
Em tantas noites mal dormidas
O medo tão explícito
De uma perda qualquer
Dos seres tão amados
A dor te consumindo
No fato consumado
A fé te reerguendo
A saudade mutilando
Os tempos idos do teu lado
Agora em folhas, relembrados
Não dissemos tudo
Não há mais nada a ser dito
Só o silêncio sepulcral
Chove, uma chuva fina
Como nas muitas madrugadas em que escrevestes
As linhas de tantos anos que descobri/e li
Perdoe a invasão
Nas escritas secretas
Tão suas...
(Nane-15/08/2016)
Nas escritas secretas
Tão suas
Li, e algumas reli
Nas madrugadas insones
Que tinhas por companhia, a caneta
Chorei com algumas
Sorri com outras
E te ouvi de novo
Revi teus trejeitos
Do jeito que falavas
Quando conosco "brigava"
As preocupações que te rondavam
E te fizeram perder o sono
Em tantas noites mal dormidas
O medo tão explícito
De uma perda qualquer
Dos seres tão amados
A dor te consumindo
No fato consumado
A fé te reerguendo
A saudade mutilando
Os tempos idos do teu lado
Agora em folhas, relembrados
Não dissemos tudo
Não há mais nada a ser dito
Só o silêncio sepulcral
Chove, uma chuva fina
Como nas muitas madrugadas em que escrevestes
As linhas de tantos anos que descobri/e li
Perdoe a invasão
Nas escritas secretas
Tão suas...
(Nane-15/08/2016)
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
PORCELANATO
O teu silêncio me fere
Tal qual peixeira afiada
À rasgar as entranhas de um peixe
Expondo suas vísceras fétidas
Havia entre nós uma intimidade
Perdida na arrogância soberba
Calcificada sobre o chão de nossos dias
Achafurdados no piso (novo) de porcelanato
Hoje reflete nesse espelho
A frieza efêmera e delicada
Temente de trincar num passo em falso
Manchando de sangue o piso claro
E o teu silêncio cria em mim uma certeza
Que não tenho mais o direito
De pisar no chão seguro
Por onde um dia caminhei
Meus pés não se adaptaram ao piso liso
E escorregam a cada passo em falso
O desconforto nesse meu caminhar
Separa os caminhos que (um dia) trilhamos juntos
Incomoda-me a tua frieza
E o teu pouco com isso se importar
Já não sei o que dizer
Nem tão pouco em que chão pisar
O teu silêncio me fere
Tal qual peixeira afiada
À rasgar as entranhas de um peixe
Expondo suas vísceras fétidas
(Nane-11/08/2016)
Tal qual peixeira afiada
À rasgar as entranhas de um peixe
Expondo suas vísceras fétidas
Havia entre nós uma intimidade
Perdida na arrogância soberba
Calcificada sobre o chão de nossos dias
Achafurdados no piso (novo) de porcelanato
Hoje reflete nesse espelho
A frieza efêmera e delicada
Temente de trincar num passo em falso
Manchando de sangue o piso claro
E o teu silêncio cria em mim uma certeza
Que não tenho mais o direito
De pisar no chão seguro
Por onde um dia caminhei
Meus pés não se adaptaram ao piso liso
E escorregam a cada passo em falso
O desconforto nesse meu caminhar
Separa os caminhos que (um dia) trilhamos juntos
Incomoda-me a tua frieza
E o teu pouco com isso se importar
Já não sei o que dizer
Nem tão pouco em que chão pisar
O teu silêncio me fere
Tal qual peixeira afiada
À rasgar as entranhas de um peixe
Expondo suas vísceras fétidas
(Nane-11/08/2016)
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
INQUILINA DO CORAÇÃO
Da Bahia veio
A menina de Feira
Que um dia, do nada
Em nossas vidas, entrou
Honrando a tradição
Rodou sua "baiana" e ficou
Para sempre entre nós
Mesmo que seja nos corações
Minha mãe por ela se apaixonou
E não a deixa mais sair
Ela, intrusa se alojou
Sem sequer o aluguel (dos corações) pagar
Grita e fala alto o tempo todo
Dorme muito e come pouco
Não desgruda do celular
Mas ainda assim eu gosto dela
Tá fazendo aniversário
Ficando velha sem saber
Só pensa no presente do seu pai
E esquece o tempo que está passando
Doidivanas da porra essa baiana
Que se diz chamar Gabi
E tem a cor de canela
Mas tá mais para a Amarantes
Kleydianne com dois "enes"
Apareceu e é aparecida
Resta então à nós a parabenizar
E só muita felicidade te desejar
(Nane-10/08/2016)
A menina de Feira
Que um dia, do nada
Em nossas vidas, entrou
Honrando a tradição
Rodou sua "baiana" e ficou
Para sempre entre nós
Mesmo que seja nos corações
Minha mãe por ela se apaixonou
E não a deixa mais sair
Ela, intrusa se alojou
Sem sequer o aluguel (dos corações) pagar
Grita e fala alto o tempo todo
Dorme muito e come pouco
Não desgruda do celular
Mas ainda assim eu gosto dela
Tá fazendo aniversário
Ficando velha sem saber
Só pensa no presente do seu pai
E esquece o tempo que está passando
Doidivanas da porra essa baiana
Que se diz chamar Gabi
E tem a cor de canela
Mas tá mais para a Amarantes
Kleydianne com dois "enes"
Apareceu e é aparecida
Resta então à nós a parabenizar
E só muita felicidade te desejar
(Nane-10/08/2016)
terça-feira, 9 de agosto de 2016
APOLOGIA AO RIO DE JANEIRO
Taí o tapete vermelho estendido
Para quem quiser chegar
O Rio de Janeiro está mais lindo ainda
E ninguém pode negar
Do VLT ao Redentor
O Rio abriga e não obriga
Quem desdenha sua beleza
E só enxerga a violência
A pira iluminada
Sob as bênçãos da Candelária
Aquece a alma do povão
Com seus telões na olimpíada
Lá do alto do corcovado
O Cristo agasalha com seus braços
Do trombadinha ao ricaço
Que faz do Rio o seu espaço
Venha quem vier
Chegue de onde chegar
O Rio de Janeiro está mais lindo do que nunca
E aqui todos são bem-vindos
(Nane-09/08/2016)
Para quem quiser chegar
O Rio de Janeiro está mais lindo ainda
E ninguém pode negar
Do VLT ao Redentor
O Rio abriga e não obriga
Quem desdenha sua beleza
E só enxerga a violência
A pira iluminada
Sob as bênçãos da Candelária
Aquece a alma do povão
Com seus telões na olimpíada
Lá do alto do corcovado
O Cristo agasalha com seus braços
Do trombadinha ao ricaço
Que faz do Rio o seu espaço
Venha quem vier
Chegue de onde chegar
O Rio de Janeiro está mais lindo do que nunca
E aqui todos são bem-vindos
(Nane-09/08/2016)
RAFAELA É COISA DE FAVELA
Cidade de Deus é o maior barato
Tem mais uma Silva bem treinada
Enchendo de orgulho os brasileiros
Que dela fizeram pouco
Podia ter sido bronze
Ou até mesmo prata
Mas foi ouro do maior quilate
Pra menina da favela
Nem São Paulo, Minas ou Bahia
Rio de Janeiro, Ceará ou Paraíba
A medalhista é brasileira
Mesmo sendo coisa de favela
O sonho olímpico realizado
Apesar de todo os preconceitos
Passando por cima de todos os obstáculos
O ouro também é coisa de favela
Agora é só ser feliz
Na favela onde nasceu
Encher o peito de orgulho ao afirmar
Que Rafaela Silva também é coisa de favela
(Nane-09/08/2016)
Tem mais uma Silva bem treinada
Enchendo de orgulho os brasileiros
Que dela fizeram pouco
Podia ter sido bronze
Ou até mesmo prata
Mas foi ouro do maior quilate
Pra menina da favela
Nem São Paulo, Minas ou Bahia
Rio de Janeiro, Ceará ou Paraíba
A medalhista é brasileira
Mesmo sendo coisa de favela
O sonho olímpico realizado
Apesar de todo os preconceitos
Passando por cima de todos os obstáculos
O ouro também é coisa de favela
Agora é só ser feliz
Na favela onde nasceu
Encher o peito de orgulho ao afirmar
Que Rafaela Silva também é coisa de favela
(Nane-09/08/2016)
UM CÉU DE QUIMERAS
Numa noite sem lua
Escondida por sob as nuvens
Basta-me o acinzentado do céu obscuro
Para entender a primazia
De se viver por entre as nuvens
Basta-me também o último copo de cerveja
E talvez mais uns cinco ou seis cigarros
Para que eu elucide o emaranhado de palavras
Que rugem no meu íntimo rarefeito
Dosadas pelo índice etílico da cevada
Por onde ande o poeta nas vielas da cidade
Onde a corja se estende no cair da noite escura
Há, ele, de rimar sua ira, seus ciúmes e suas dores
Com a pobreza de seus sentidos prolixos
Na poesia hipócrita pedinte e pedante de um amor...perdido
E numa noite sem lua
Escondida por sob as nuvens
O poeta, sem ter com quem conversar
Escreve palavras oriundas
Da dor curtida e mantida em goles profícuos
Extirpa-se as tripas do poeta
Nas frases não ditas na poesia
Por não poderem serem ditas
Ou tão pouco entendidas
Na noite sem lua e acinzentada
O quinto cigarro aceso
Um último gole de cerveja
As palavras já embaralhadas
Uma lágrima embaçando as letras
Um rosto fincado na retina
Adormece a poesia feito um gato
Solitário, em busca do luar
Que escondido por sob as nuvens,
Mira no seu céu de quimera
Que acredita, ainda estar lá...
(Nane-09/08/2016)
Escondida por sob as nuvens
Basta-me o acinzentado do céu obscuro
Para entender a primazia
De se viver por entre as nuvens
Basta-me também o último copo de cerveja
E talvez mais uns cinco ou seis cigarros
Para que eu elucide o emaranhado de palavras
Que rugem no meu íntimo rarefeito
Dosadas pelo índice etílico da cevada
Por onde ande o poeta nas vielas da cidade
Onde a corja se estende no cair da noite escura
Há, ele, de rimar sua ira, seus ciúmes e suas dores
Com a pobreza de seus sentidos prolixos
Na poesia hipócrita pedinte e pedante de um amor...perdido
E numa noite sem lua
Escondida por sob as nuvens
O poeta, sem ter com quem conversar
Escreve palavras oriundas
Da dor curtida e mantida em goles profícuos
Extirpa-se as tripas do poeta
Nas frases não ditas na poesia
Por não poderem serem ditas
Ou tão pouco entendidas
Na noite sem lua e acinzentada
O quinto cigarro aceso
Um último gole de cerveja
As palavras já embaralhadas
Uma lágrima embaçando as letras
Um rosto fincado na retina
Adormece a poesia feito um gato
Solitário, em busca do luar
Que escondido por sob as nuvens,
Mira no seu céu de quimera
Que acredita, ainda estar lá...
(Nane-09/08/2016)
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
SENHORA DE TRÁS-OS-MONTES
Bela senhora de Trás-os-Montes
Olhando serena as águas do Douro
Embevecida com o odor do Porto
Entre as vinhas celebradas
Tinge de rubro seus delicados dedos
No tinto da fruta de Baco
Enquanto absorta, passeia
Por teu berço esplêndido
Ah...minha cara senhora
De um semblante tão gentil
E o olhar quase infantil
Escondido sob as abas de seu chapéu
Embriaguei-me com teu sorriso
Apenas insinuado
Ofuscando as rosas amarelas
Que te deixam ainda mais bela
Generosa terra do Douro
Guarda contigo esse tesouro
Que aqui, no além-mar
Guardo no coração tua amizade
(Nane-04/08/2016)
LÍRICOS MELANCÓLICOS
Não exijas de mim além do que posso te dar
É sim, infinito o meu amor
Mas meu corpo, já cansado e fragilizado
Não suporta mais os teus desmandos
Eu, no silêncio do meu grito
Tento, com todas as minhas forças
Atender aos teus desvarios
Quando o "se" entra em questão
"Se eu tivesse"
"Se eu pudesse"
"Se eu fizesse"...
O tempo soberano
Levou embora teus poderes
Nada mais podes fazer
Te contentas com o que restou do teu ter
E creias
É bem mais leve do que os meus
Posto que nada tenho
Nada posso e nada faço
Viajas em tuas quimeras bolorentas
Enquanto vivo minhas certezas culpadas
Na intolerância de meus gestos
Metódicos, rotineiros e sem emoção
Meu lírico é shakespeariano
Sem a genialidade do britânico
A ti resta a melancolia
Que nos une numa mesma e triste poesia
Não exijas de mim além do que posso te dar...
(Nane-04/08/2016)
DESAMOR
Triste história a do desamor
Que se despe do amor
Na lápide fria da memória
Esquecida...
Não, não falo do físico
Da saudade que porventura, ficou
Da pessoa que se foi e não voltou
Mas do sentimento que se transformou
O vazio locado onde dantes
Morava o amor
Fazendo do aconchego de outrora
Lugar sem luz nenhuma
A sensação do ridículo
Tomando o espaço que antes
Eram dos sonhos e fantasias
Transformados em poesias
O desenho se apagando
Na retina da tela vazia
Que dantes ocupava por inteiro
Nas formas do amor sentido
Veio o desamor
Calejado e moldado pelo tempo
Despojando tristemente todo o sentimento
Que um dia julguei ser imortal
Triste não é deixar de te ter
Triste é deixar de te amar...
(Nane-04/08/2016)
Que se despe do amor
Na lápide fria da memória
Esquecida...
Não, não falo do físico
Da saudade que porventura, ficou
Da pessoa que se foi e não voltou
Mas do sentimento que se transformou
O vazio locado onde dantes
Morava o amor
Fazendo do aconchego de outrora
Lugar sem luz nenhuma
A sensação do ridículo
Tomando o espaço que antes
Eram dos sonhos e fantasias
Transformados em poesias
O desenho se apagando
Na retina da tela vazia
Que dantes ocupava por inteiro
Nas formas do amor sentido
Veio o desamor
Calejado e moldado pelo tempo
Despojando tristemente todo o sentimento
Que um dia julguei ser imortal
Triste não é deixar de te ter
Triste é deixar de te amar...
(Nane-04/08/2016)
terça-feira, 2 de agosto de 2016
SÍNTESE DE MIM
De tudo o que fui
Nos meandros da vida
Que vivi
O silêncio mortal
Nos recôncavos vazios
Sem eco nenhum
Assusta e incomoda
Palavras dançantes
Sem som algum
Sem rima nenhuma
Poesias mudas
Coração acelerado...
Resta-me a essência
Que não sei se quero mais
Reconstruir o que fui
Ou só recomeçar
No silêncio de meus recôncavos
Faço paz de meus tormentos
Na solidão que me aprouve
Perdida em mim mesma
Ainda assim...resta-me a essência
(Nane-02/08/2016)
(Nane-02/08/2016)
NA LOUCURA FELIZ
Brincando com as palavras
Rimei mamão com coração
Sem nenhuma pretensão
De uma poesia rabiscar
Fiz do seu, o sonho meu
Abrindo mão da realidade
Viver contigo em fantasia
É a minha mais linda poesia
Chamam-me por isso, "louca"
Mas sou "louca" feliz
Melhor te ter assim
Do que perder você de mim
(Nane-02/08/2016)
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
TRÊS SAUDADES
Um ano
Dois anos
Oito anos
Bate o coração
Em compasso de saudades
Ficamos nós
Se foram eles
Libertos e plenos
Rumo ao horizonte
Por ora, a nós vedado
Ressoam ainda as vozes
E os sorrisos que deixaram
No convívio de outros tempos
Marcados em cada um de nós
Na lágrima rolada na face
Três saudades pertinentes
Delineando na tela da retina
A presença para sempre fixada
De quem partiu sem dizer adeus
Trancafiados em nossos corações
Um ano
Dois anos
Oito anos
Amores são eternos
E não morrem jamais
(Nane-01/08/2016)
Dois anos
Oito anos
Bate o coração
Em compasso de saudades
Ficamos nós
Se foram eles
Libertos e plenos
Rumo ao horizonte
Por ora, a nós vedado
Ressoam ainda as vozes
E os sorrisos que deixaram
No convívio de outros tempos
Marcados em cada um de nós
Na lágrima rolada na face
Três saudades pertinentes
Delineando na tela da retina
A presença para sempre fixada
De quem partiu sem dizer adeus
Trancafiados em nossos corações
Um ano
Dois anos
Oito anos
Amores são eternos
E não morrem jamais
(Nane-01/08/2016)
Assinar:
Postagens (Atom)