Por quem me tomas, vil criatura
ao beijar-me a face já esquálida
derramando seu mel alucinógeno
tirando-me da mesmice tão minha
Por quem me tomas, vil criatura
ao partir sem um aviso
me afogando no seu fel
me atirando sem piedade nessa lama
Por quem me tomas, vil criatura
divertindo-se com seus arroubos
me fazendo seu brinquedo
me jogando num canto esquecida
Por quem me tomas, vil criatura
sabendo dos teus poderes
sabendo das minhas fraquezas
sorrindo dos meus intentos
Por quem me tomas, vil criatura
mexendo com o maior dos meus medos
num simples estalar dos dedos
me deixando na rua da amargura
Por quem me tomas, vil criatura...
(Nane - 11/03/2014)
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