quem és tu
mulher despudorada
que trazes a alma desnuda
e o corpo sem vestes
quem és tu
que ousas a liberdade
com a desenvoltura
de um pássaro em pleno voo
quem és tu
que fizeste do verso
a libertação da entranha aflita
quem és tu
que zombas dos olhares
atentos e inquisitores
dos poetas e dos doutores
quem és tu
ó fêmea andarilha
senhora de tantos castelos
múltipla numa só
quem és tu
que mesmo morena
garoa e garota
não és de Ipanema
quem és tu
criatura sem pudor
para tentar os destinos
tão cheios de horror
és quem escreve sem pena
tendo o sangue por tinta
és quem empresta o coração
sem cobrar a eventual arritmia
és quem acolhe o poeta no silêncio
sabendo que nele por vezes palavras são escassas
és a poesia inteira
inda quando quebras e se despedaças
és
simples
e
somente
o que
és
Orlando Bona Filho
quem és tu
mulher despudorada
que trazes a alma desnuda
e o corpo sem vestes
quem és tu
que ousas a liberdade
com a desenvoltura
de um pássaro em pleno voo
quem és tu
que fizeste do verso
a libertação da entranha aflita
quem és tu
que zombas dos olhares
atentos e inquisitores
dos poetas e dos doutores
quem és tu
ó fêmea andarilha
senhora de tantos castelos
múltipla numa só
quem és tu
que mesmo morena
garoa e garota
não és de Ipanema
quem és tu
criatura sem pudor
para tentar os destinos
tão cheios de horror
és quem escreve sem pena
tendo o sangue por tinta
és quem empresta o coração
sem cobrar a eventual arritmia
és quem acolhe o poeta no silêncio
sabendo que nele por vezes palavras são escassas
és a poesia inteira
inda quando quebras e se despedaças
és
simples
e
somente
o que
és
quem és tu
que ousas a liberdade
com a desenvoltura
de um pássaro em pleno voo
quem és tu
que fizeste do verso
a libertação da entranha aflita
quem és tu
que zombas dos olhares
atentos e inquisitores
dos poetas e dos doutores
quem és tu
ó fêmea andarilha
senhora de tantos castelos
múltipla numa só
quem és tu
que mesmo morena
garoa e garota
não és de Ipanema
quem és tu
criatura sem pudor
para tentar os destinos
tão cheios de horror
és quem escreve sem pena
tendo o sangue por tinta
és quem empresta o coração
sem cobrar a eventual arritmia
és quem acolhe o poeta no silêncio
sabendo que nele por vezes palavras são escassas
és a poesia inteira
inda quando quebras e se despedaças
és
simples
e
somente
o que
és
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