sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Das cinzas

A poesia se fez
Na alma do poeta
Que ao rabiscá-la
Se esvai em lágrimas
Que queimam sem fogo
Sua alma doidivanas
O poeta se perde
Em palavras desconexas
Sem rimas
Nem sentidos
Mas sentido
Por sua alma desconexa
O poeta se cala
Expurga a sua dor
Rabisca rascunhos
Jogados no lixo
Se afasta de cena
Não ama ninguém
Nem mesmo a si próprio
Não tem poesia
Não tem palavras
O poeta se entrega
Ao fogo que queima
Sem chama
Espera nas cinzas
Molhadas de sal
De novo acordar
De novo...rabiscar

(Nane-02/11/2012)

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