segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Goela abaixo

É chegada a hora da provação
Meu sangue ferve, me calo
Por dentro, ebulição
Engulo o sapo, me calo
O fel amargo me causa náuseas
Mas ainda assim, me calo
E volto ao começo de tudo
Refaço cada um dos meus passos
Procuro no nada meu tudo
Só encontro tudo no nada
É chegada a hora da provação
Do sacrifício final
Da lua escondida entre os galhos
Na noite escura e sombria
Meu céu não tem estrelas
Mas vejo a luz adiante
É chegada a hora da provação
Um banho frio resolve
O sapo desceu goela abaixo...

(Nane-19/11/2012)

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