quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Silêncios

Silencio no seu silêncio
Duro, dolorido, pesado
Que me diz o que devo saber
Mesmo sem eu querer
E o seu silêncio invade o meu
Que grita dentro de mim
Num suplício descabido
Sem eco algum
Só ouvido por mim
Só sentido em mim
Queimando e dilacerando
Sem mais ninguém ouvir
O meu silêncio é fruto do seu
Amargo e sabedor
Que no seu silêncio inquisidor
A revelação que fala alto
Instiga à despedida
Matando e cremando
Todo e qualquer resquício
Do que dantes foram palavras
Ditas entre sorrisos
Beijos e abraços...
Ficaram só os silêncios
O meu e o seu
Mudos, mas não surdos
Ao som da triste melodia
Desse adeus final.

(Elian-15/08/2012)

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