terça-feira, 19 de maio de 2020

VERVE QUE SUFOCA



Falam-me meus ritos
O que eu não sei dizer
A verve me sufoca
Então a escrita grita meus versos

Transcrito de mim mesma
Grito em meu silêncio
Sem que ouçam a minha voz
O que canso de dizer

A vida obscura
Dos desejos contidos
Abstido da puta
Sepultada em meu ser

Das poucas palavras
Que saem de mim
A sensatez me invade
Na fala do que esperam

Nas noites embriagantes
Despejo despautérios
Em linhas tracejadas
Do meu diário virtual

Tantos sins e tantos nãos

Paralelos sem se encontrarem
Unidos num só destino
Recolhido...

Meus ritos me impelem
À voz que me intimida
Nas entrelinhas de meus rabiscos
Ao gritar pelo teu nome

Meus desejos se libertam
Meus sonhos se completam
Te rabisco e te possuo
Enquanto quem me lê...me escuta

(Nane - 19/05/2020)


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