Vou escrever poesia
Enquanto durar a pandemia
Quem sabe assim
Eu espalhe a alegria
Não tenho a cloroquina
Apenas palavras sublimadas
levadas ao vento
Ecoando em qualquer esquina
Doso-as nos leitos
Onde a morte insiste
Querer se instaurar
E a alguém levar
Por vezes uma lágrima
Escorre furtiva
Será adeus ou emoção
Pétalas de flores ao vento
Na frieza das salas brancas
Um silêncio de vozes
Quebrado pelo arfar
Mecânico da respiração
Talvez nem me ouçam
Mas insisto na leitura
Enquanto eu mesma escrevo
Palavras ditadas pelo coração
Quem sabe no amanhecer
Renasça alguma voz
Ainda que para reclamar
Da minha pobre inspiração...
(Nane - 15/05/2020)
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