Fale-me de teus sonhos
Para que finalmente eu entenda
Que deles não faço parte
E te deixe enfim, em paz
Conte-me de teus desejos
Tão difusos dos meus
Que poemisa teus contornos
Em métricas tão perfeitas
Escuta a canção que te compus
Em notas que criei além das sete
Numa harmonia que só os que amam
São capazes de cantar
Morra, em meu peito de uma vez
Para que eu possa sobreviver
Sem ter mais porque chorar
E aprenda a (re)amar
Permita, que a poesia adormeça
Sob as cinzas desse amor
E me falte para sempre a inspiração
Ao decantar minha desilusão
Acene-me, num adeus derradeiro
Sopre um beijo em minha direção
Eu o guardarei na memória congruente
Que de tua imagem não se desfaz
Então vá e não olhe para trás
Nem se enterneça com as lágrimas derramadas
A poesia mudou seu curso
Já não há mais rimas com você...
(Nane-22/07/2016)
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