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terça-feira, 19 de julho de 2016
APENAS ESCREVO
Há tempos escuto
No barulho confuso da cidade
O vento sibilando por frestas
Das janelas na casa velha
Histórias e palavras c(o)antadas
Por gente que eu nunca vi
Debruçada no parapeito, espero
A brisa falante soprar
Em meus ouvidos já treinados
Enquanto a vida, incólume, passa
Deixando a velhice por companheira
E as vozes que ouço no vento
Contos narrados só pra mim
Falam de tantas coisas idas
De gente perdidas em mares
De sonhos desfeitos ou realizados
De quem veio obrigado
De quem ficou extasiado
Há tempos tento entender
As vozes que sopram em mim
Frases soltas pelo ar
Ordenadas em forma de poesia
Onde a tristeza e a alegria
Tomam formas em meus dedos comandados
Da janela da minha casa velha
Em meio ao barulho confuso da cidade
Escuto histórias sopradas em meus ouvidos
De putas e loucos degredados
Virando poesias no dia a dia
Da inspiração que se apossa de mim
Há tempos misturo enfim
O amor, o ódio, a lua e o que há de vir
Nas frases que me sopram as vozes
Que falam de velhos e crianças
Sem se importarem com o que vai surgir
Dos meus dedos comandados
(Nane-19/17/2016)
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