Histórias que se repetem
Ao longo da vida inteira
Tendo por testemunha
O espelho em que reflete
A neta inocente que sorri
Das rugas de sua avó
E se orgulha de sua mãe
Tão linda e madura
O tempo impoluto
Esculpindo semelhanças
Nos corpos, nos trejeitos
Em todos os cotidianos
Lá fora, brinca a menina
De ser mãe da sua boneca
Lá dentro, observa a avó
Revendo a infância da mãe
E o espelho aguarda
Para mostrar os reflexos
Sem se importar se quem olha
É a neta, a mãe ou a avó
É só vida que passa
Renovada em cada dia
Contando uma mesma trajetória
Só percebida em seu final (que não termina)
(Nane-26/07/2016)
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