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terça-feira, 26 de julho de 2016
BRIGA DE FOICE
Noção perdida que vai de encontro
Ao peso do mundo sobre as costas
Arriando na demência rotineira
A minha, já imensa insanidade
Secam as lágrimas nos olhos
Avermelhados pelo fogo do inferno
Que cospem faíscas fulminantes
Simplesmente por olharem
O mal e o bem não são antônimos
Apenas companheiros de jornada
Embriagados pelo peso de seus dias
De mãos dadas num só destino
Lúcifer se diz anjo destituído
Enquanto Deus brinca de gato e rato
Misturam-se anjos e demônios
E esperam que eu os classifique
Talvez o teor alcoólico de meu sangue
Afaste todos os vampiros
Quando a luz da lua cheia ilumina
A noite vazia de meus dias
Uma frieza incontestável me abraça
Sem permitir culpas ou desejos
Resta a indiferença com eloquência
Nos dias que passam sem importância
A vida não me sorriu
Tão pouco eu, para ela sorri
Deus e o diabo moram em mim
Deixo que eles se digladiem
E que vença o mais forte
(Nane-26/07/2016)
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