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sábado, 9 de abril de 2016
REFLEXÃO
Bate na poeira do chão
As gotas de um prenuncio de chuva
Esparramando a poeira
Cavando um buraco de lama
O céu azul de abril
Iluminado por um sol de verão
Embora já seja outono
Convida ao banho de chuva
Sinto a falta da barulheira esganiçada
Das maritacas que se foram em bando
Em busca das frutas que aqui,se acabaram
Por causa da mudança da estação
As folhas (das árvores) caídas cobrem o quintal
E se permitem ritmar os pingos da chuva
Num tac-tac-tac repetitivo
De uma música enlevando a alma
Observo agora, com a chuva já forte
Um leito improvisado em corredeira
A água correndo em direção nenhuma
Transcendendo obstáculos (pequenos) que se impõem
O sol, indiferente à chuva
Brilha intenso colorindo
As gotas cantoras que caem
No quintal, antes empoeirado
O céu azul me convidou
Mas eu não me atrevi
Quem sabe no próximo verão
Eu tome um banho de chuva
Hoje eu preferi
Olhar a chuva cair
E enquanto a água corria
Parar e refletir...
(Nane-09/04/2016)
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