Sejas tu criança
A poesia natimorta
Que habita minhas entranhas
Encarcerada e calada
Jamais publicada
Obra de arte
Que sempre persegui
Mas nunca escrevi
Por ser tão intensa
E só caber dentro de mim
Jamais será lida
Criticada ou elogiada
Posto ser incrustada
Na alma melancólica
De poeta parturiente
Efêmera e fugaz
Voa livre e sem porto
Na imensidão do meu pensar
Infinito e desmedido
Sem rastro e sem estribo
É chama que arde e implode
Fazendo explodir outros versos
Construindo outras poesias
Deixando sob as cinzas
A brasa poética vital
Enjaulada em meu ser
Move todos os meus brios
Na busca da inspiração
Dos versos em que descrevo
Toda a minha emoção
A poesia da minha vida
Que uma vez dita (em pensamento)
Jamais serás escrita
Para que eu possa ser poeta
(Nane-16/03/2016)
Nenhum comentário:
Postar um comentário