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sábado, 12 de março de 2016
GRANDE CIRCO BRASIL
Pintei a minha cara
E saí em campo
Empunhando armas
Que julguei libertadoras
Despindo colarinhos
Onde eu via o branco
Quis fazer uma prova
Pra varrer a minha rua
Mas me exigiram um diploma
Que eu não tinha
E elegeram um pinguim
Que decorou a assinatura
Sério, é o meu país
O gigante varonil
Que me mandou
Pra puta que o pariu
Ou foi um filho da puta
Que o descobriu
E eu aqui coberta
Por vergonha de viver
Onde é normal roubar
E ver o pau pagar
Enquanto a ladainha
Chora a mesquinharia
A pá cobre a sepultura
Com a terra tão pesada
Dos desvalidos e oprimidos
Que esperam numa fila
Por quase toda a existência
Extinta na saúde
Pintei a minha cara
Sem saber que o carmim
Era o sangue derramado
Dos ingênuos que acreditaram
E o Brasil abraçaram
Junto com os ursos do Planalto
Amanhã faço um churrasco
E comemoro sem educação
O resultado da "bandalha"
Do grande circo armado
No país do faz de contas
Orgulhoso e varonil
Deus salve o Brasil!
(Nane-12/03/2016)
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