No piscar dos meus olhos
O odor da flore se aguça
O torpor da mente paralisa
A dor do corpo entorpece
A penumbra se dissipa
Frente a luz que ofusca
Os olhos cansados
Que tornam a piscar
Sombras na noite
Da alma triste
Dançam uma valsa
Sem melodia
O silêncio da madrugada
Faz pesar as pálpebras
Emudecendo mais ainda
O grito contido
Um limbo, um inferno
Sumidos no abrir
Por teimosia e medo
Os olhos pra vida
A morte espreita
Seduz e enfeitiça
Com seu canto de sereia
Soprado nos ouvidos
Corro o risco
De dormir e não acordar
Quem sabe uma orquídea
Venha me enfeitar...
(Nane - 29/01/2014)
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