E o menino tão menino
Sem ainda saber falar
Dando ênfase a última sílaba
Para se fazer entender
Olha maravilhado
O nascer da lua
Grita meio que desesperado
Lufô, lufô, vovó
Custou "cair a ficha"
Lufô, lufô, lufô
E ele apontando pra lua
Gemada no anoitecer
Não se contentou só com a avó
Chamou o pai, a mãe e quem mais estava
Contemplou enquanto não prateava
A lua de fogo alaranjada
Mostrou aos cães e aos gatos
A lua flamejante
Nunca a vira tão linda
E a poetou com seus olhinhos
Foi embora o pequenino
Despedindo-se da avó
Deu adeus às pedras no caminho
E aos bichos do quintal
Prometeu que voltará
E trará consigo
A lua de fogo esplendorosa
Que ele, menino poetinha me fez olhar
(Nane - 21/01/2014)
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