terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Lua de fogo (Na veia)

E o menino tão menino
Sem ainda saber falar
Dando ênfase a última sílaba
Para se fazer entender

Olha maravilhado
O nascer da lua
Grita meio que desesperado
Lufô, lufô, vovó

Custou "cair a ficha"
Lufô, lufô, lufô
E ele apontando pra lua
Gemada no anoitecer

Não se contentou só com a avó
Chamou o pai, a mãe e quem mais estava
Contemplou enquanto não prateava
A lua de fogo alaranjada

Mostrou aos cães e aos gatos
A lua flamejante
Nunca a vira tão linda
E a poetou com seus olhinhos

Foi embora o pequenino
Despedindo-se da avó
Deu adeus às pedras no caminho
E aos bichos do quintal

Prometeu que voltará
E trará consigo
A lua de fogo esplendorosa
Que ele, menino poetinha me fez olhar

(Nane - 21/01/2014)



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