quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

BATEU SAUDADE


As vezes me bate uma saudade...
Vontade de tempos que se foram
E que não voltarão...
Saudades de amigos que se perderam
Na estrada que o destino traçou
E por pura ironia nos separou...
Saudades dos papos na madrugada
Sem nexo, sem sentido, sem nenhum objetivo
Mas eram papos que nos deixavam acordados
Pelo simples prazer de papear...
Saudades de poder falar o que quiser
Sem melindres, sem cuidados
Das cervejas geladas virtuais
Do boteco cheio e sem rivais
Da cave agora trancada...
Saudades dos companheiros carinhosos
Que se embebedavam de poesias
Ou de troças, repentes e boemia...
Mas agora esse tempo se acabou
Os botecos estão se fechando
A clientela se afastando...
Ervas daninhas crescendo
No chão sem pés que o pisem
Sobraram as desavenças
O glamour se acabou...

(Nane-19/01/2011)

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