sábado, 23 de outubro de 2010

A corda


Me afasto de todos
Me deixo afastar
Pressão, não aguento mais
Preciso descansar
Nada mais me da prazer
As vezes quero me esconder
Fugir da minha caminhada
E estancar na próxima parada
Meu peito comprime mágoas
Parece concentração de bateria
Sou um rio sem água,
Sou um leito vazio,
E um sorriso sem alegria...
Sou corda puxada
De um lado pro outro
Pronta para arrebentar
E não mais se emendar...
Sou poeira no olho do furacão
Que voa em círculos
Sem ter um chão,
Sem ter onde pousar,
Sem poder descansar...
Estou só,
Não sei onde vou parar...

(Nane-23/10/2010)

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