domingo, 2 de agosto de 2020

SOB DOIS PRISMAS

Num primeiro dia (noite)
Do mês de agosto
De um ano pandêmico
De tantas melancolias

Heis que surge uma lua
Com halos e ares anormais
Diria até mesmo sobrenaturais
Em Estados desiguais

Num bate papo no celular
Eu no Rio, ela no Ceará
A mesma lua por testemunha
Com Vênus a ladear

Poesia se faz com tudo
Poemas, olhares, fotografias
Então vamos fotografar
Eu aqui e ela lá

Tantas nuvens escondendo
O brilho do luar
Que a lua aqui no Rio
Parece ser engolida por alguém

Mas lá no Ceará
Ela brilha exuberante
Soberana e companheira
Da estrela da beleza

Sob prismas diferentes
Clicamos a mesma lua
Enquanto a poesia se faz
No interstício dos lugares

Há muita poesia nos olhares
Das pressupostas poetisas
Que em desafio, escrevem poemas
Eternizando esse momento

Num primeiro dia (noite)
Do mês de agosto
De um ano pandêmico
De tantas melancolias

Heis que prevalece sempre...a poesia

(Nane - 02/08/20)








Nenhum comentário:

Postar um comentário