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terça-feira, 21 de julho de 2020
VERMES E VÍRUS
Tempos modernos
De vermes e vírus
Corroendo vidas
Desfazendo sonhos
Vermes que se alimentam
Da podridão energúmena
Deteriorando o pouco que resta
No substantivo "humanidade"
Substância vergonhosa
No desterro da terra mãe
Por um vírus codificado
Nos lucros amaldiçoados
Lágrimas derramadas
Pelos que se foram sem a dignidade
Servir de banquete aos vermes
Puros e necessários
Lágrimas de "crocodilos" (coitados dos répteis)
Em prol de uma sagacidade
Imoral e lucrativa
Ante a desgraça alheia
Chora a mãe
O pai, a filha, o filho
O tio, a neta e o avô
Chora o irmão, a esposa, choram todos
A desgraça consumada
Sobrevive o desempregado
Podendo virar bandido
Na manutenção da prole
Uma nova "portaria" inventada
Dará cabo à bandidagem
Protegendo a sociedade
Gente de bem no asfalto da cidade
Os vírus (biológicos) indignados
Aguardam sem pressa sua vingança
Os vermes (biológicos) se assanham
Para o banquete da podridão que um dia virá
(Nane - 21/07/20)
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