Pisei em tantas pedras
Sangrei meus pés
Praguejei e as amaldiçoei
Pelos eternos obstáculos
Em meu caminho espalhados
Procurei uma relva macia
Para me servir de passarela
Num desfilar suave
Na caminhada perene desejada
Em busca da eternidade
Sem perceber a validade
Nos ensinamentos da qualidade
Dos valores existentes
Em toda pedra no caminho
Embasando alicerces
A escolha do caminho
Que só a nós é permitida
Será percorrido intermitente
Embora contínuo
Com hora de chegada
Nosso corpo edificado
É moradia de um espírito
Errante e aprendiz nômade
Buscando evolução
Por vezes na relva macia
Sem saber que são as pedras
A base do firmamento
Que enfrentarão os ventos
As chuvas e o frio
Sem se deixar esmorecer
As pedras são dúbias
Deixando claro a intenção
De quem as usam
Se para o bem ou para o mal
É seu o caminhar
A relva macia
Que conforta nossos pés
Por vezes nos afundam
Em poças escondidas
Sujando de lama nosso corpo
Haverá sempre uma pedra no caminho
Que se lapidada, se fará preciosa
Haverá sempre a relva macia
Que se não bem cuidada
Se tornará caminho pantanoso
(Nane - 23/08/20)
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