terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

SONO DE ALÍVIO

As vezes paro, e te olho...
Com um olhar saudoso
Procurando encontrar
A madona ativa e protetora
Com o sorriso da Mona Lisa
Que tanto cuidou de mim

Geralmente, quando dormes
Num intervalo mínimo de suas dores
Em que teu semblante descansa
Da fisionomia sofredora
Conseguindo, por um instante
Voltar a ser o que já foi

Mas como num passe de mágica(?)
A força do teu destino desperta
Tirando de mim a mãe amiga
Trazendo de volta a filha dolorida
Em lamentos que mas parecem feridas
Lacerando-me a alma perdida

Gosto de olhar-te quando dormes
E ver tua força ainda latente
De pilar profundo e sustentador
Vibrando na aura de teu corpo
Carcomido e tão frágil
Numa angustiada despedida

Me perco em teus lamentos
Por nada mais poder fazer
Quando a ajuda pedida
Não mais me é possível
Me enfezo e perco a paciência
Dividindo contigo a mesma doença

O amanhã, o que será
Com certeza o vazio preencherá
Os dias em que mais nada virá
No silêncio que por certo invadirá
O tempo que não mais me faltará
Na saudade que de ti me restará
(será?)...

(Nane - 14/02/2017)


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