Me embebedastes com tua fala mansa
Teus olhos de cor indefinida
Depois de eu te embebedar
Com minha imagem efêmera e nebulosa
Me deixei embriagar
Por minha lábia conquistadora
Sem perceber que a conquista
Era tua e não minha
Porre lúdico
Sem nenhuma maldade
Virando ressaca
Com dor de cabeça
Agora perambulo
Feito alma penada
Por caminhos tortuosos
De tuas pegadas
Em vão busco o ouro
Do pote no arco-íris
Que teima em desaparecer
Na linha do horizonte
Tão perto e tão longe
Escorrendo por entre meus dedos
Te vi assim...inalcançável
Me sucumbindo
Mergulhei na embriagues
Do teu olhar inebriante
Me deixando conduzir
Rumo ao precipício
Hoje sou só o depois
Do que fui antes de ti
É assim que me sinto
Afogada em teus encantos...
(Nane - 02/02/2017)
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