segunda-feira, 25 de março de 2013

Sob os Arcos da Lapa

Na cidade vazia
Sob a chuva fina
Ecoa meus passos
No espaço
Que ontem ainda
Aqui não tinha...
As luzes refletem
O brilho no asfalto
Molhado de lágrimas
Caídas do céu
Com saudades da lua...
Em tantas janelas
Há tantas histórias
Vidas vividas
Esperanças perdidas
Famílias construídas
E outras destruídas...
E por sob os arcos
Famílias escondidas
Da face austera
Da sociedade hipócrita
Se multiplicam
Na miséria de um copo
Que esquenta e fede
Seus dejetos expostos
Do corpo inchado
Mas não saciado...
Famílias depostas
Quando o brilho dos holofotes
Vem anunciar
Que é hora de brindar
Sob os Arcos da Lapa

(Nane-25/03/2013)



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