Tem dias que a gente não é gente
E tudo parece mórbido
Então você percebe
Que ainda respira
E que precisa sobreviver
Enquanto a morte não vem
Tem dias que o vazio
Transborda de tão cheio
E você percebe que o cheio
É simplesmente o vazio
Você até tenta fazer alguma coisa
Reverter o nada em tudo
Mas a droga da sua vasilha
Continua cheia do vazio
Não resta mais nada
Chuta o pau da barraca
Deixa a cerveja gelar
Deguste o copo cheio
E encha o seu vazio
De delírio tremens
Refestele-se de ilusão
E deixe encher sua imaginação
(Nane-28/03/2013)
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