Gosto,
De quem se expõe
E diz ao que veio.
Ainda que eu não reze da mesma fé.
Gosto,
Da gargalhada escancarada,
Ainda que debochada,
De quem não se esconde
Na face da santidade.
Gosto sim,
De saber do que não gosto
E do lugar por onde eu ando.
Gosto,
De gente indecente
Que provoca a minha mente
E me faz ser contente
Sem ter que ser condizente.
Gosto,
Mas se não gosto
Simplesmente descarto
E dessa gente, me desfaço.
(Nane-30/03/2013)
Um espaço para falar de tudo e com todos. quem quiser entrar, seja bem vindo.
sábado, 30 de março de 2013
Por isso
E porque choro
Sou a tal destroçada
Que contamina ao meu redor
De depressão maléfica.
E porque rio
Sou a tal idiota
Que contamina ao meu redor
Com a imbecilidade alienada
E porque faço
Sou a tal autoritária
Que contamina ao meu redor
Quem espera ser mandado
E porque não faço
Sou a tal covardia
Que contamina a maioria
Por falta de ousadia
E porque me deito
Sou a tal preguiçosa
Que contamina o dia a dia
De quem nada quer fazer
E porque me levanto
Sou a tal maliciosa
Que contamina a massa
Que me faz tendenciosa
E porque me calo
Fecho meus olhos
E tapo meus ouvidos
Sem mais...
(Nane-30/03/2013)
Sou a tal destroçada
Que contamina ao meu redor
De depressão maléfica.
E porque rio
Sou a tal idiota
Que contamina ao meu redor
Com a imbecilidade alienada
E porque faço
Sou a tal autoritária
Que contamina ao meu redor
Quem espera ser mandado
E porque não faço
Sou a tal covardia
Que contamina a maioria
Por falta de ousadia
E porque me deito
Sou a tal preguiçosa
Que contamina o dia a dia
De quem nada quer fazer
E porque me levanto
Sou a tal maliciosa
Que contamina a massa
Que me faz tendenciosa
E porque me calo
Fecho meus olhos
E tapo meus ouvidos
Sem mais...
(Nane-30/03/2013)
Debate
Eu te falei
Não se meta em furada
Mas você não ouve
Não escuta nada
Agora é tarde
Eu bem que te avisei...
_Cuida de mim
Simplesmente assim
Não diga mais nada
Amei e está amado
Mesmo tendo se acabado...
_Se ao menos fosse correspondido
Eu poderia entender
Mas para que tanto sofrimento
Tanto perder...
_É porque do outro lado
O coração calou-se
E deu prioridade ao cérebro
Deixou ele falar...
_Preciso é o equilíbrio
Desses dois
Senão o amor é impossível...
_Me deixa aqui sozinho
Vou me recuperar
Só preciso de um tempo
Até essa dor...passar.
(Nane-30/03/2013)
Não se meta em furada
Mas você não ouve
Não escuta nada
Agora é tarde
Eu bem que te avisei...
_Cuida de mim
Simplesmente assim
Não diga mais nada
Amei e está amado
Mesmo tendo se acabado...
_Se ao menos fosse correspondido
Eu poderia entender
Mas para que tanto sofrimento
Tanto perder...
_É porque do outro lado
O coração calou-se
E deu prioridade ao cérebro
Deixou ele falar...
_Preciso é o equilíbrio
Desses dois
Senão o amor é impossível...
_Me deixa aqui sozinho
Vou me recuperar
Só preciso de um tempo
Até essa dor...passar.
(Nane-30/03/2013)
Um tango
Notas melancólicas de um acorde
Um copo na mesa de um bar
Preenchendo o vazio da alma
Que chora no corpo sorrindo
Lá fora a chuva fina que cai
Refresca a chama que consome
Sem nenhuma piedade o peito
Que implode na dor da saudade
A voz do acordeão lamentosa
Num tango choroso qualquer
Embaralha as ideias do bebedor
Como se embalado ou embolado
Ele olha a sua volta
Mas não vê nada além do copo
Bebe a bebida amarga
E volta a sentir calor
Seu vazio lhe enche o peito
Mas em sua face, o riso sem sorriso
Imagina mil e uma situação
De quem lhe estraçalha o coração
Bebe a bebida amarga
E chora na alma escondido
Ao som do velho acordeão
(Nane-30/03/2013)
Um copo na mesa de um bar
Preenchendo o vazio da alma
Que chora no corpo sorrindo
Lá fora a chuva fina que cai
Refresca a chama que consome
Sem nenhuma piedade o peito
Que implode na dor da saudade
A voz do acordeão lamentosa
Num tango choroso qualquer
Embaralha as ideias do bebedor
Como se embalado ou embolado
Ele olha a sua volta
Mas não vê nada além do copo
Bebe a bebida amarga
E volta a sentir calor
Seu vazio lhe enche o peito
Mas em sua face, o riso sem sorriso
Imagina mil e uma situação
De quem lhe estraçalha o coração
Bebe a bebida amarga
E chora na alma escondido
Ao som do velho acordeão
(Nane-30/03/2013)
sexta-feira, 29 de março de 2013
Maria Flor
Em volta de tudo
Em volta de mim
E de quem mais chegar...
Menina mulher
Que em todas as estações
Está sempre florida
A nos iluminar...
Tão pueril
Tão sedutora
Brincando com a vida
Que brinca com ela...
A menina mulher
Floresceu num jardim
Entre cravos e jasmins
Com seu sorriso de carmim...
E em pleno outono
Desabrocha em seu trono
E faz primavera
Nesse dia, só dela
Parabéns Florzinha!!!
(Nane-30/03/2013)
Nos braços da paz
Dos olhos que falam
Do corpo que pede
Da alma que ama...
Menino matreiro
Dos olhos que pedem
Do corpo viril
Dos olhos que despem
Da alma que sabe amar...
Encontro certeiro
De seres afins
Causando admiração
Aos déspotas de plantão...
Senhora altiva
Tão cheia de vida
Teu cheiro de flor
Convida ao amor...
Menino atrevido
Bonito e decidido
A colher essa flor
Com todo vigor...
Entregue-se senhora
Sem mais demora
E veja a aurora
Nos braços da paz
Que o resto...se desfaz.
(Nane-29/03/2013)
Persona
Me faça pessoa
E me ensina a amar
O amor sem razão
Em que só basta amar...
Pessoa
Me leve no vento
Que passa ventando
Valendo a pena
Conhecer o Fernando...
Poeta
Me dê a sua mão
Segura a minha
E me conduza à viajar
Nessa minha existência
Posto que vivo...
Tira-me do escuro
Sopre em meus ouvidos
Todos os sonhos do mundo
Para que minha alma, enfim
Se agigante e seja livre...
Fernando
O Pessoa
De tantas faces
De tantas histórias
De tantas viagens
De uma só alma
Sem culpa nenhuma.
(Nane-29/03/2013)
quinta-feira, 28 de março de 2013
Sono profundo
Gotículas de sangue
Que fazem doer
A dor do infarto
No peito sufocado
A mente que voa
Tonta e sem rumo
O escuro do mundo
O soco no estomago
A falta de ar
O cigarro maldito
Se cérebro ou coração
Não sei definir
Mas a escuridão
Me faz descansar
Uma dor que dói
A lembrança nenhuma
O apagar das luzes
A dor que dói
Nem sei mais onde
Acabou tudo
A luz apagou
Dormi...meu sono profundo
(Nane-28/03/2013)
Que fazem doer
A dor do infarto
No peito sufocado
A mente que voa
Tonta e sem rumo
O escuro do mundo
O soco no estomago
A falta de ar
O cigarro maldito
Se cérebro ou coração
Não sei definir
Mas a escuridão
Me faz descansar
Uma dor que dói
A lembrança nenhuma
O apagar das luzes
A dor que dói
Nem sei mais onde
Acabou tudo
A luz apagou
Dormi...meu sono profundo
(Nane-28/03/2013)
Delírio Tremens
Tem dias que a gente não é gente
E tudo parece mórbido
Então você percebe
Que ainda respira
E que precisa sobreviver
Enquanto a morte não vem
Tem dias que o vazio
Transborda de tão cheio
E você percebe que o cheio
É simplesmente o vazio
Você até tenta fazer alguma coisa
Reverter o nada em tudo
Mas a droga da sua vasilha
Continua cheia do vazio
Não resta mais nada
Chuta o pau da barraca
Deixa a cerveja gelar
Deguste o copo cheio
E encha o seu vazio
De delírio tremens
Refestele-se de ilusão
E deixe encher sua imaginação
(Nane-28/03/2013)
E tudo parece mórbido
Então você percebe
Que ainda respira
E que precisa sobreviver
Enquanto a morte não vem
Tem dias que o vazio
Transborda de tão cheio
E você percebe que o cheio
É simplesmente o vazio
Você até tenta fazer alguma coisa
Reverter o nada em tudo
Mas a droga da sua vasilha
Continua cheia do vazio
Não resta mais nada
Chuta o pau da barraca
Deixa a cerveja gelar
Deguste o copo cheio
E encha o seu vazio
De delírio tremens
Refestele-se de ilusão
E deixe encher sua imaginação
(Nane-28/03/2013)
O Deus e a Diva
Rebeldes e perdidos
Levados ao vento
Da brisa de um mar
Onde nenhum de nós
Pode se encontrar
O véu balançando
Ao sabor da maré
Enquanto os cabelos
Esvoaçantes batiam
Na face barbada
Do amor da mulher
Sonhado num sonho
De uma noite de verão...
Num ribombar de um trovão
Dissipa-se a ilusão
Ficou na imaginação
O encontro na praia
Do Deus e da Diva
Em ambos corações...
(Nane-28/03/2013)
Doce Poeta
Que mesmo saudoso do tempo
Rabisca sua fé no futuro
Poeta que faz do "buteco"
Seu ponto de antigas referências
E ainda se assenta na mesa
Esperando pelo velho barman
Amigo discreto e servil
Que ouve suas mágoas e alegrias
Frequenta ainda a cave
E faz lindas poesias
Meu doce poeta menino
Que por vezes adormece no Dito
Vencido pela longa espera
Dos amigos sumidos
Mas sempre tão queridos
Faz da sua poesia Castilho
Missão da trajetória de brilho
Que cumpres com o louvor
De quem tão bem rabisca o amor
(Nane-28/03/2013)
Top Mulher
Desliza suave
Por sobre as águas
No entardecer...
Prelúdio de um crepúsculo
Que se rende em ósculos
Ao sorriso que contamina
Da doce menina...
Passeia a meiguice
Da Top mulher
Sob o colorido reflexo
Do sol que retarda
O seu adormecer
Só para mais um instante, te ver
Baila menina
No seu remelexo
De musa serena
Que ao sol deixa perplexo
Esticando o dia
E te fazendo natural...poesia
(Nane-28/03/2013)
A luz de Luma
No Farol da Barra
Não sei quem ilumina
Se o Farol
Ou se Luma
De dia o sol
De noite a lua
Saúdam o brilho
Da luna do Maranhão
Que visita o Farol
E reparte sua luz
Refletida nas águas
De São Salvador
A moça de lá
Passeia pela Bahia
Encantada com o horizonte
Encantando os navegantes
Na terra dos Orixás
Misturando a sua luz
À luz do farol
Que na noite sem luna
Abusa da Luma
E formam juntos
Um arco íris de luzes
Que ilumina a Bahia
(Nane-28/03/2013)
Não sei quem ilumina
Se o Farol
Ou se Luma
De dia o sol
De noite a lua
Saúdam o brilho
Da luna do Maranhão
Que visita o Farol
E reparte sua luz
Refletida nas águas
De São Salvador
A moça de lá
Passeia pela Bahia
Encantada com o horizonte
Encantando os navegantes
Na terra dos Orixás
Misturando a sua luz
À luz do farol
Que na noite sem luna
Abusa da Luma
E formam juntos
Um arco íris de luzes
Que ilumina a Bahia
(Nane-28/03/2013)
quarta-feira, 27 de março de 2013
A minha teoria
Gosto dos dizeres dos poetas
E dos pensamentos dos filósofos
Aprecio a teoria da relatividade
Que transforma saudade em inércia
E diz o poeta que o infinito termina quando acaba
Enquanto o filósofo mente sua verdade
E o cientista mostra a língua para a sociedade
Gosto sim de toda teoria
Até por temer a prática
Que é na realidade
O que faz sofrer de verdade
Sou poeta sonhador
Que vive de imaginação
E claro, de ilusão
Sou o sonho sem feijão
Que quando acorda
Cai com a cara no chão
Sou só a teoria da minha relatividade
Perdida na inércia da minha realidade
(Nane-27/03/2013)
terça-feira, 26 de março de 2013
Dom Quixote de saias
Rasguei folhas e mais folhas
Por achar que não estavam boas
Li e reli
Até achar o ponto ideal
Achei
Mas perdi a noção do tempo
Perdi a noção de tudo
E vi fantasmas nas entrelinhas
Gigantes ameaçadores
Que tentavam me calar
Ou mesmo me trucidar
O fato é que meus neurônios
Se deixaram misturar
E me perdi de mim
Do certo e do errado
E vi espinhos onde haviam flores
O Sancho não apareceu
E fiquei só
Contra os gigantes
Rocinante refugou
E no chão me derrubou
Nem mesmo uma lança me restou
O maldito do meu sexo
Me fez ser louca solitária
E Dulcineia, foi a poesia
Que transformou em agonia
A falta do óbvio ululante
Que contaminou minhas ideias
E fez de mim cavaleira
De pouco sal na moleirinha
E de histórias nas entrelinhas
(Nane-26/03/2013)
É hora de ir
Eu não quero ir
Mas não posso ficar
O trem se aproxima da estação
Já posso ouvir nos trilhos
O peso da composição
Assoviando seu grito fino
Rompendo meus tímpanos
É o trem que chega
Eu não quero ir
Mas não posso ficar
A passagem está comprada
Logo vou ter que embarcar
O jeito é me acostumar
E aproveitar a paisagem
Se é que sentarei na janela
Eu não quero ir
Mas não posso ficar
O trem que vai chegar
Vai me levar daqui
Para um outro lugar
Onde eu não quero ir
Mas não posso ficar
É hora de partir...
(Nane-26/03/2013)
Mas não posso ficar
O trem se aproxima da estação
Já posso ouvir nos trilhos
O peso da composição
Assoviando seu grito fino
Rompendo meus tímpanos
É o trem que chega
Eu não quero ir
Mas não posso ficar
A passagem está comprada
Logo vou ter que embarcar
O jeito é me acostumar
E aproveitar a paisagem
Se é que sentarei na janela
Eu não quero ir
Mas não posso ficar
O trem que vai chegar
Vai me levar daqui
Para um outro lugar
Onde eu não quero ir
Mas não posso ficar
É hora de partir...
(Nane-26/03/2013)
Vento frio
Um vento frio soprou
Gelando meu corpo
Arrepiando mi'alma
O cigarro na boca
Os dedos nas teclas
As palavras na mente
Fluindo e sendo postas
Na tela em branco
Me ditam as rimas
(Quando aparecem)
Vozes que ouço
E mais ninguém
Além de mim
Me mandam rabiscar
O mais que eu puder
O tempo é curto
Não importa que leiam
Mas eu tenho que escrever
Mais tarde
Um copo de cerveja
Me dará inspiração
E volto ao teclado
Para ordenar as palavras
Que saltitam em meu cérebro
Sem conseguirem sair
Importa é rabiscar
Enquanto meu tempo deixar
(Nane-26/03/2013)
Gelando meu corpo
Arrepiando mi'alma
O cigarro na boca
Os dedos nas teclas
As palavras na mente
Fluindo e sendo postas
Na tela em branco
Me ditam as rimas
(Quando aparecem)
Vozes que ouço
E mais ninguém
Além de mim
Me mandam rabiscar
O mais que eu puder
O tempo é curto
Não importa que leiam
Mas eu tenho que escrever
Mais tarde
Um copo de cerveja
Me dará inspiração
E volto ao teclado
Para ordenar as palavras
Que saltitam em meu cérebro
Sem conseguirem sair
Importa é rabiscar
Enquanto meu tempo deixar
(Nane-26/03/2013)
Dois irmãos
Revejo a disputa
De dois meninos
Que dividiam
A primazia de dono
Do bolo de fubá
Que mamãe fazia
Para comemorar.
Gêmeos não eram
Um ano (exato)os separavam
Mas o mais novo
Era tão dono da data
Quanto o mais velho.
E por quatro décadas
Dividiram a data
Que se antes disputavam
Por fim comemoravam
Juntos, era o que importava.
E hoje a data
Por fim, é de um só
O outro se foi
E de lá do outro lado
Manda o abraço
Ao mais velho aqui.
Eu, mesmo assim
Parabenizo a ambos
Nesse dia tão importante
E desejo com carinho
Feliz aniversário (irmãos)!
(Nane-26/03/2013)
Pagando para ver
As vezes me pego,
Em plena madrugada
Sozinha, pensando
No que foi que eu fiz
Ou no que eu não fiz
E me perco em reflexões
Sem saber ao certo
Se o certo ou o errado
Redigiu a minha vida
Vivida sem viver.
À noite, todos eles são pardos.
Os gatos miam no telhado
Enquanto eu reviro na cama
Sem sono e sem vontade.
Sem nexo meus escritos
Escondem o meu grito
E consomem num abafo
Meu desejo de liberdade.
Palavras sem sentido
Povoam-me a mente
Por vezes, demente,
Transformando em culpas
Sentimentos profundos
Que insisto em ter.
Me jogando num abismo
Onde seres fétidos
Aguardam-me aflitos
De braços abertos
Prontos a me devorarem
Qual cordeiro na ceia.
É quando rezo
Para que o dia
Penetre pela janela
E me tire desse umbral
Onde expurgo meus delitos
De forma descomunal
(Exagerada que sou)
(Nane-26/03/2013)
Em plena madrugada
Sozinha, pensando
No que foi que eu fiz
Ou no que eu não fiz
E me perco em reflexões
Sem saber ao certo
Se o certo ou o errado
Redigiu a minha vida
Vivida sem viver.
À noite, todos eles são pardos.
Os gatos miam no telhado
Enquanto eu reviro na cama
Sem sono e sem vontade.
Sem nexo meus escritos
Escondem o meu grito
E consomem num abafo
Meu desejo de liberdade.
Palavras sem sentido
Povoam-me a mente
Por vezes, demente,
Transformando em culpas
Sentimentos profundos
Que insisto em ter.
Me jogando num abismo
Onde seres fétidos
Aguardam-me aflitos
De braços abertos
Prontos a me devorarem
Qual cordeiro na ceia.
É quando rezo
Para que o dia
Penetre pela janela
E me tire desse umbral
Onde expurgo meus delitos
De forma descomunal
(Exagerada que sou)
(Nane-26/03/2013)
segunda-feira, 25 de março de 2013
Sob os Arcos da Lapa
Na cidade vazia
Sob a chuva fina
Ecoa meus passos
No espaço
Que ontem ainda
Aqui não tinha...
As luzes refletem
O brilho no asfalto
Molhado de lágrimas
Caídas do céu
Com saudades da lua...
Em tantas janelas
Há tantas histórias
Vidas vividas
Esperanças perdidas
Famílias construídas
E outras destruídas...
E por sob os arcos
Famílias escondidas
Da face austera
Da sociedade hipócrita
Se multiplicam
Na miséria de um copo
Que esquenta e fede
Seus dejetos expostos
Do corpo inchado
Mas não saciado...
Famílias depostas
Quando o brilho dos holofotes
Vem anunciar
Que é hora de brindar
Sob os Arcos da Lapa
(Nane-25/03/2013)
Sob a chuva fina
Ecoa meus passos
No espaço
Que ontem ainda
Aqui não tinha...
As luzes refletem
O brilho no asfalto
Molhado de lágrimas
Caídas do céu
Com saudades da lua...
Em tantas janelas
Há tantas histórias
Vidas vividas
Esperanças perdidas
Famílias construídas
E outras destruídas...
E por sob os arcos
Famílias escondidas
Da face austera
Da sociedade hipócrita
Se multiplicam
Na miséria de um copo
Que esquenta e fede
Seus dejetos expostos
Do corpo inchado
Mas não saciado...
Famílias depostas
Quando o brilho dos holofotes
Vem anunciar
Que é hora de brindar
Sob os Arcos da Lapa
(Nane-25/03/2013)
Ilusão
Queria um amor
Um amor real
Um amor que ao me tocar
Me fizesse arrepiar
Queria um amor
Que me fizesse acordar
Dos sonhos de ilusão
Em que adormece meu coração
Queria um amor
Que ao me olhar
Me desnudasse
E me amasse
Queria um amor
Que me fizesse não querer
Um amor além de si
Um amor além daqui
Queria um amor
Que fosse só o meu amor
Mas que saísse dos sonhos
E me pegasse em seus braços
Queria sim esse amor
Que me fizesse sonhar acordada
Sem ter medo da solidão
Que faz morada em meu coração
Cheio de uma torpe ilusão
Mas amor assim...fim
(Nane-25/03/2012)
Um amor real
Um amor que ao me tocar
Me fizesse arrepiar
Queria um amor
Que me fizesse acordar
Dos sonhos de ilusão
Em que adormece meu coração
Queria um amor
Que ao me olhar
Me desnudasse
E me amasse
Queria um amor
Que me fizesse não querer
Um amor além de si
Um amor além daqui
Queria um amor
Que fosse só o meu amor
Mas que saísse dos sonhos
E me pegasse em seus braços
Queria sim esse amor
Que me fizesse sonhar acordada
Sem ter medo da solidão
Que faz morada em meu coração
Cheio de uma torpe ilusão
Mas amor assim...fim
(Nane-25/03/2012)
Num ponto qualquer
Um ponto qualquer no horizonte
Distrai e prende o meu olhar
Enquanto a memória viaja
Nos tempos de outrora
Por onde andará Aninha
Primeira amiga minha
Por onde andará Reinaldinho
*Despertor do meu primeiro carinho
(Essa palavra é minha)
E as meninas da outra rua
Que intimidavam a nossa turma
E chamavam pra porrada
Enquanto a gente se esquivava
Tudo era tão irrelevante
Mas nos parecia retumbante
Se corresse o bicho pegava
E se ficasse...comia
Ainda ecoa em meus ouvidos
Os gritos nos piques corridos
No asfalto queimando meus pés
Esquecidos no brado vencido
E toda aquela gente
Que agora me parece tão distante
Dispersa num ponto qualquer
Do meu olhar no horizonte
(Nane-25/03/2013)
Distrai e prende o meu olhar
Enquanto a memória viaja
Nos tempos de outrora
Por onde andará Aninha
Primeira amiga minha
Por onde andará Reinaldinho
*Despertor do meu primeiro carinho
(Essa palavra é minha)
E as meninas da outra rua
Que intimidavam a nossa turma
E chamavam pra porrada
Enquanto a gente se esquivava
Tudo era tão irrelevante
Mas nos parecia retumbante
Se corresse o bicho pegava
E se ficasse...comia
Ainda ecoa em meus ouvidos
Os gritos nos piques corridos
No asfalto queimando meus pés
Esquecidos no brado vencido
E toda aquela gente
Que agora me parece tão distante
Dispersa num ponto qualquer
Do meu olhar no horizonte
(Nane-25/03/2013)
quinta-feira, 21 de março de 2013
Falas emudecidas
E bate-me uma saudade
De onde e de quem não sei
Mas sinto o incômodo das lembranças
Do que nem lembrava mais
As vozes que as vezes ouvia
No burburinho de tantas falas
Que por serem tantas
Nada diziam
Mas todos escutavam
Lembranças vagas
No passar do tempo
Transformadas em fantasmas
Diluídos no espaço
Agora vazio
Das minhas memórias
Que veem e vão
Ao sabor do tempo
De um tempo já ido
E bate-me uma saudade...
(Nane-21/03/2013)
De onde e de quem não sei
Mas sinto o incômodo das lembranças
Do que nem lembrava mais
As vozes que as vezes ouvia
No burburinho de tantas falas
Que por serem tantas
Nada diziam
Mas todos escutavam
Lembranças vagas
No passar do tempo
Transformadas em fantasmas
Diluídos no espaço
Agora vazio
Das minhas memórias
Que veem e vão
Ao sabor do tempo
De um tempo já ido
E bate-me uma saudade...
(Nane-21/03/2013)
quarta-feira, 20 de março de 2013
Folhas ao chão
Chegou a nova estação
Derrubando folhas
Sem mais valia
Caem dos galhos tristes
Amareladas
Antevendo seu final
Pré-invernal
Desnudam as árvores
Sabendo necessário
Morrer para reviver
Caem suavemente
Sem alarde nenhum
Transformando em tapete
O leito de compostagem
Onde dormirão
Transformadas em adubos
Do novo que virá
Ah, na primavera...
Quem sabe resquícios
Das folhas que se foram
Sem reclamar
Sem reclamar...
(Nane-20/03/2013)
Derrubando folhas
Sem mais valia
Caem dos galhos tristes
Amareladas
Antevendo seu final
Pré-invernal
Desnudam as árvores
Sabendo necessário
Morrer para reviver
Caem suavemente
Sem alarde nenhum
Transformando em tapete
O leito de compostagem
Onde dormirão
Transformadas em adubos
Do novo que virá
Ah, na primavera...
Quem sabe resquícios
Das folhas que se foram
Sem reclamar
Sem reclamar...
(Nane-20/03/2013)
segunda-feira, 18 de março de 2013
Implosão
Ser o que não sou
Ter o que não posso
Viver o que não sonho
A vida como ela é
Sem nenhuma regalia
Pés no chão
De pedras e espinhos
Mas eu devo seguir
Não posso parar
Ainda que me sangre os pés
É preciso continuar
É só um momento
De ira e raiva
Que implode o peito
E contamina a alma
Logo vai passar
Agora a hora é de chorar
Pelo que não sou
E pelo que não posso
Depois tudo vai passar...
(Nane-18/03/2013)
Ter o que não posso
Viver o que não sonho
A vida como ela é
Sem nenhuma regalia
Pés no chão
De pedras e espinhos
Mas eu devo seguir
Não posso parar
Ainda que me sangre os pés
É preciso continuar
É só um momento
De ira e raiva
Que implode o peito
E contamina a alma
Logo vai passar
Agora a hora é de chorar
Pelo que não sou
E pelo que não posso
Depois tudo vai passar...
(Nane-18/03/2013)
No fechar dos meus olhos
Ouso desenhar o teu semblante
No fechar dos meus olhos
Te vejo já grisalho
Com a barba que sequer nasceu
Teus ombros largos
Teus braços fortes
Só a tua voz me confunde
Não consigo defini-la
Não sei seu tom...
Mas teu sorriso
Esse ainda vejo
E guardo na memória...
Já se passaram tantos anos
Onde será que estás agora...
O tempo te levou de mim
Ficou a imagem do que foi
Nem sei se ainda permanece
Do jeito que ainda te desenho...
O tempo passou
Você ficou
No fechar dos meus olhos
Ainda vejo o teu sorriso
De menino, de irmão...
(Nane-18/03/2013)
É pra você Leco!
No fechar dos meus olhos
Te vejo já grisalho
Com a barba que sequer nasceu
Teus ombros largos
Teus braços fortes
Só a tua voz me confunde
Não consigo defini-la
Não sei seu tom...
Mas teu sorriso
Esse ainda vejo
E guardo na memória...
Já se passaram tantos anos
Onde será que estás agora...
O tempo te levou de mim
Ficou a imagem do que foi
Nem sei se ainda permanece
Do jeito que ainda te desenho...
O tempo passou
Você ficou
No fechar dos meus olhos
Ainda vejo o teu sorriso
De menino, de irmão...
(Nane-18/03/2013)
É pra você Leco!
A executiva
Era fetiche dele
Aquela mulher deslumbrante
Sabia dos seus limites
E se contentava a sonhar...
Ela executiva
Com seu salto alto
Os óculos que lhe davam
um ar de segurança
de quem sabe o que faz.
Ele se contentava a sonhar...
Um dia, sem mais nem menos,
seus olhares se cruzaram
Ela sorriu para ele
Ele tremeu na base
Seus pés tropeçaram
um no outro
Ele caiu atrapalhado
Ela o ajudou
Ele se levantou
Ela tornou a sorrir
Já não era mais fetiche
O amor se fez...de verdade
(Nane-18/03/2013)
Aquela mulher deslumbrante
Sabia dos seus limites
E se contentava a sonhar...
Ela executiva
Com seu salto alto
Os óculos que lhe davam
um ar de segurança
de quem sabe o que faz.
Ele se contentava a sonhar...
Um dia, sem mais nem menos,
seus olhares se cruzaram
Ela sorriu para ele
Ele tremeu na base
Seus pés tropeçaram
um no outro
Ele caiu atrapalhado
Ela o ajudou
Ele se levantou
Ela tornou a sorrir
Já não era mais fetiche
O amor se fez...de verdade
(Nane-18/03/2013)
domingo, 17 de março de 2013
Iluminada
Iluminado e iluminando
Sem culpa nenhuma
A vida de quem vive a vida
A cada minuto
A cada segundo
Sem medo de ser feliz...
Ah... menina sem juízo
Esqueça a mulher Doutora
E venha brincar de roda
No orvalho que cai sem pressa
Se você gripar
Prometo que vou te cuidar
Mas venha desarmada brincar
De ser criança de novo...
Deixa falar a emoção
Vibrar teu coração
Se entregar de corpo e alma
A loucura da paixão
Viver sem ter que acordar
Do sonho que quer sonhar...
Ah...doce menina das gerais
Viva a sua liberdade
Sorria sempre mais e mais
E espalhe com seu sorriso
Essa aura de claridade
Típica da sua...felicidade
(Nane-17/03/2012)
Aconchego
Rasgo-me de meus princípios
E deito fora toda e qualquer galhardia
Ébria na madrugada fria
Caminho trôpega pelas ruas da cidade...
E por onde ando, nada me comove.
Vejo crianças por sob alpendres
Jogadas no nada da cidade
Se embriagando de crack
Se aquecendo da frieza na noite fria...
Nem tento me aproximar
São meninos e meninas agressivos
Sorriem e zombam de quem tenta ajudar
E não estou em condições
O álcool me faz desdenhar necessidades
Onde andam meus amigos...
O orvalho molha meu rosto já meio dilacerado
Pelas marcas que o tempo esculpiu
Sulcos que servem de leito
Para as lágrimas que vertem sem permissão
Dos olhos cansados de ver
A miséria nos guetos da cidade
A porra da cabeça gira
Anuvia meus sentidos
Deito num banco qualquer
Amanheço sem nada entender
No colo do Drummond...
(Nane-17/03/2013)
E deito fora toda e qualquer galhardia
Ébria na madrugada fria
Caminho trôpega pelas ruas da cidade...
E por onde ando, nada me comove.
Vejo crianças por sob alpendres
Jogadas no nada da cidade
Se embriagando de crack
Se aquecendo da frieza na noite fria...
Nem tento me aproximar
São meninos e meninas agressivos
Sorriem e zombam de quem tenta ajudar
E não estou em condições
O álcool me faz desdenhar necessidades
Onde andam meus amigos...
O orvalho molha meu rosto já meio dilacerado
Pelas marcas que o tempo esculpiu
Sulcos que servem de leito
Para as lágrimas que vertem sem permissão
Dos olhos cansados de ver
A miséria nos guetos da cidade
A porra da cabeça gira
Anuvia meus sentidos
Deito num banco qualquer
Amanheço sem nada entender
No colo do Drummond...
(Nane-17/03/2013)
Mundana
Mundana
Na noite sem atrativos
Na sombra da lua, nua.
E morava no aduana
Mas gostava dos mouros...
Fugia sorrateira
Por entre frestas
E se dava sem culpas
Feito animal no cio
Mundana
Fingia ser santa
A bela sacripanta
Enquanto dos mouros
Tirava o ouro
Escondido na manta.
Mundana
Seu tempo findou
Seu corpo secou
Sua história acabou
Mas a saudade, no mouro ficou
(Nane-17/03/2013)
Na noite sem atrativos
Na sombra da lua, nua.
E morava no aduana
Mas gostava dos mouros...
Fugia sorrateira
Por entre frestas
E se dava sem culpas
Feito animal no cio
Mundana
Fingia ser santa
A bela sacripanta
Enquanto dos mouros
Tirava o ouro
Escondido na manta.
Mundana
Seu tempo findou
Seu corpo secou
Sua história acabou
Mas a saudade, no mouro ficou
(Nane-17/03/2013)
sexta-feira, 15 de março de 2013
Poesia sem valor
Ah...tantas palavras bonitas
Boas de rimar
Mas a droga é que tantas delas
Eu nem sei o que quer dizer...
Sinestesia rima com poesia
E mesmo sem saber
Eu sei que elas se entendem
Além da simples rima...
Hoje é dia da poesia
E minha mão resolveu correr solta
Busco por palavras bem "intelectuais"
Para minhas rimas substanciais...
Nem importa o teor
Quero mesmo as palavras em
Desatino no destino
Da prosódia ou da paródia
Devastar a prosopopéia
Que arrasa-me com as idéias
Até porque (junto ou separado?) a poesia
Não rima com o amor
Embora vivam em sinestesia
Ah...me deixem rabiscar
Sem com mais nada me preocupar...
(Nane-15/03/2013)
Boas de rimar
Mas a droga é que tantas delas
Eu nem sei o que quer dizer...
Sinestesia rima com poesia
E mesmo sem saber
Eu sei que elas se entendem
Além da simples rima...
Hoje é dia da poesia
E minha mão resolveu correr solta
Busco por palavras bem "intelectuais"
Para minhas rimas substanciais...
Nem importa o teor
Quero mesmo as palavras em
Desatino no destino
Da prosódia ou da paródia
Devastar a prosopopéia
Que arrasa-me com as idéias
Até porque (junto ou separado?) a poesia
Não rima com o amor
Embora vivam em sinestesia
Ah...me deixem rabiscar
Sem com mais nada me preocupar...
(Nane-15/03/2013)
quinta-feira, 14 de março de 2013
Além daqui
Te olho e te vejo
Em todo lugar
Não é minha imaginação
Você é real
Só não está comigo...agora
Mas eu te espero
Por toda a eternidade
Por que sei que é de verdade...
Se não for aqui
Vai ser além daqui
E vou saber te esperar
Na certeza de te encontrar...
O som da sua voz
É sinfonia que escuto
Não, não é imaginação
Você é real
Só não está comigo...agora
Mas eu te espero
Por toda a eternidade
Por que sei que é de verdade...
Seu corpo não é meu
Mas sei que me espera
Em algum lugar
Não existe solidão em mim
Foi só uma opção
Você é real
Só não está comigo...agora
Mas eu te espero
Por toda a eternidade
Por que sei que é de verdade...
(Nane-14/03/2013)
Em todo lugar
Não é minha imaginação
Você é real
Só não está comigo...agora
Mas eu te espero
Por toda a eternidade
Por que sei que é de verdade...
Se não for aqui
Vai ser além daqui
E vou saber te esperar
Na certeza de te encontrar...
O som da sua voz
É sinfonia que escuto
Não, não é imaginação
Você é real
Só não está comigo...agora
Mas eu te espero
Por toda a eternidade
Por que sei que é de verdade...
Seu corpo não é meu
Mas sei que me espera
Em algum lugar
Não existe solidão em mim
Foi só uma opção
Você é real
Só não está comigo...agora
Mas eu te espero
Por toda a eternidade
Por que sei que é de verdade...
(Nane-14/03/2013)
Intermeios
Pago o preço que for
para destroçar meus intermeios.
Rasgo minha pele
e exponho minhas vísceras
por minhas verdades.
Não que sejam elas definitivas,
ao contrário, são nômades,
como eu mesma.
Mas são minhas e me orgulho disso.
Visto de sonhos meus intentos
e vou em frente sem pesar.
Caio no despenhadeiro do pesadelo
mas meus sonhos, meus intentos,
esses teimam em vigorar...
Levanto na poeira do meu tombo,
Retiro o pó com minhas mãos,
e sem falsa modéstia nenhuma
faço dos meus sonhos a verdade
pela qual exponho...o meu avesso.
(Nane-14/03/2013)
para destroçar meus intermeios.
Rasgo minha pele
e exponho minhas vísceras
por minhas verdades.
Não que sejam elas definitivas,
ao contrário, são nômades,
como eu mesma.
Mas são minhas e me orgulho disso.
Visto de sonhos meus intentos
e vou em frente sem pesar.
Caio no despenhadeiro do pesadelo
mas meus sonhos, meus intentos,
esses teimam em vigorar...
Levanto na poeira do meu tombo,
Retiro o pó com minhas mãos,
e sem falsa modéstia nenhuma
faço dos meus sonhos a verdade
pela qual exponho...o meu avesso.
(Nane-14/03/2013)
Pai
Pai,
teu rosto forte e másculo
ainda me olha na retina.
E o que vejo em teu olhar,
senão o desejo de voltar
para um novo recomeçar...
Lembra pai,
das poucas vezes que vivemos
a alegria de sermos
pai e filha?
Ah pai,
tu me deste a vida
e sem nenhum sentido
me deixou só na estrada
sem segurar na minha mão...
Não sei onde estás agora,
mas a gente ainda vai se encontrar.
Outra chance nós teremos pai
de enfim nos acertar.
Outra chance eu terei
de fazer um rabiscar
para te homenagear
nesse dia que é dos pais,
pai...
(Nane-14/03/2013)
teu rosto forte e másculo
ainda me olha na retina.
E o que vejo em teu olhar,
senão o desejo de voltar
para um novo recomeçar...
Lembra pai,
das poucas vezes que vivemos
a alegria de sermos
pai e filha?
Ah pai,
tu me deste a vida
e sem nenhum sentido
me deixou só na estrada
sem segurar na minha mão...
Não sei onde estás agora,
mas a gente ainda vai se encontrar.
Outra chance nós teremos pai
de enfim nos acertar.
Outra chance eu terei
de fazer um rabiscar
para te homenagear
nesse dia que é dos pais,
pai...
(Nane-14/03/2013)
A autora
De pássaros cantando
Flores desabrochando
Rios correndo de encontro ao mar
Amores se encontrando...
É dia de poesia
E de quem faz poesia
Mas tem alguém o direito
De reclamar tal autoria?
A poesia é essencial
Em todo dia a dia
Não é simples palavra rimada
Antes é a beleza do viver
E a pureza do sentir
Em cada gesto e cada olhar
De quem sabe poetar
É a suavidade no falar
E a magnitude no doar
Não...
Não se pode autografar
A autoria da poesia
Pois que é ela a autora
Que faz da vida...magia
(Nane-14/03/2013)
quarta-feira, 13 de março de 2013
Orquídea guerreira
Nasceu uma orquídea
Num jardim muito florido
Tantas cores diversas
Tulipas, acácias, hortênsias
Mas foi entre as rosas
Num majestoso roseiral
Que a orquídea original
Se fez especial...
Lutou contra os espinhos
Que naturalmente encontrou
Bravamente floresceu
Em meio a tanto carinho
Das rosas que a abrigaram...
Não saiu impune
Mas suas pétalas sedosas
Embora não imune
Se mostravam mimosas
Entre as rosas...
A força da orquídea
Fez dela guerreira
Dos espinhos, carinho
E das rosas...família
(Nane-13/03/2013)
Num jardim muito florido
Tantas cores diversas
Tulipas, acácias, hortênsias
Mas foi entre as rosas
Num majestoso roseiral
Que a orquídea original
Se fez especial...
Lutou contra os espinhos
Que naturalmente encontrou
Bravamente floresceu
Em meio a tanto carinho
Das rosas que a abrigaram...
Não saiu impune
Mas suas pétalas sedosas
Embora não imune
Se mostravam mimosas
Entre as rosas...
A força da orquídea
Fez dela guerreira
Dos espinhos, carinho
E das rosas...família
(Nane-13/03/2013)
Insônia
No fechar dos meus olhos
Mergulho em busca
Do grito em meu silêncio
Aflito...
Nas sombras da noite
Vago infame
Buscando a luz
Que pisca distante
De mim...
Se sonho ou pesadelo
Vivo esse momento
Inteiro
Sem nada além poder
Fazer...
A lua há de se deitar
E o sol há de vir
A noite há de se acabar
E eu...de dormir
Em paz...
(Nane-13/03/2013)
Mergulho em busca
Do grito em meu silêncio
Aflito...
Nas sombras da noite
Vago infame
Buscando a luz
Que pisca distante
De mim...
Se sonho ou pesadelo
Vivo esse momento
Inteiro
Sem nada além poder
Fazer...
A lua há de se deitar
E o sol há de vir
A noite há de se acabar
E eu...de dormir
Em paz...
(Nane-13/03/2013)
Ecologia
Falam tanto de ecologia
Divulgam tanto
Na TV, rádios, redes sociais
Mas basta um andar pelas ruas da cidade
Para ver que vale a máxima
"Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço"
Os rios agonizam nas cidades
E se revoltam nas enchentes
Lavando e levando embora
Vidas descuidadas da vida
E se rebela o mar
Invadindo o que antes era o seu lugar
Cobrando o equilíbrio perdido
Por edifícios construídos
Vocifera a chama em lavas
Petrificando os leitos por onde passa
São só cobranças da natureza
Tentando refazer sua beleza
Nem mesmo o céu escapa
Da sujeira no espaço sideral
Seu azul esbranquiçado
Tira do poeta a inspiração
E faz se ter preocupação
Falam tanto de ecologia
Mas nada sabem de harmonia
(Nane-13/03/2013)
Divulgam tanto
Na TV, rádios, redes sociais
Mas basta um andar pelas ruas da cidade
Para ver que vale a máxima
"Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço"
Os rios agonizam nas cidades
E se revoltam nas enchentes
Lavando e levando embora
Vidas descuidadas da vida
E se rebela o mar
Invadindo o que antes era o seu lugar
Cobrando o equilíbrio perdido
Por edifícios construídos
Vocifera a chama em lavas
Petrificando os leitos por onde passa
São só cobranças da natureza
Tentando refazer sua beleza
Nem mesmo o céu escapa
Da sujeira no espaço sideral
Seu azul esbranquiçado
Tira do poeta a inspiração
E faz se ter preocupação
Falam tanto de ecologia
Mas nada sabem de harmonia
(Nane-13/03/2013)
terça-feira, 12 de março de 2013
O trem da vida
Azar de quem fica na estrada
olhando para trás, enquanto
o presente vira passado
pronto para ser olhado, amanhã...
Azar de quem espera o futuro
na estação mais próxima,
enquanto o presente nunca sai do trem...
Feliz de quem curte a viagem
olhando a bela paisagem
da janela do trem que segue célere
o instante de viver
(Nane-12/03/2013)
olhando para trás, enquanto
o presente vira passado
pronto para ser olhado, amanhã...
Azar de quem espera o futuro
na estação mais próxima,
enquanto o presente nunca sai do trem...
Feliz de quem curte a viagem
olhando a bela paisagem
da janela do trem que segue célere
o instante de viver
(Nane-12/03/2013)
segunda-feira, 11 de março de 2013
Voo solo
Voa,
Linda luz azul...
Vá em busca da sua paz
E leva a saudade serena
De quem te sabe linda
Mais do que nunca, Linda!
Voa,
Pois que teu rastro de luz
Ilumina e ampara
O caminho de quem ficou
Protegida sob tuas asas
De fada encantada.
Voa,
No teu voo solo
De encontro a liberdade
E desfrute da sua claridade
Estrela Linda (agora) de verdade...
(Nane-11/03/2012)
Linda luz azul...
Vá em busca da sua paz
E leva a saudade serena
De quem te sabe linda
Mais do que nunca, Linda!
Voa,
Pois que teu rastro de luz
Ilumina e ampara
O caminho de quem ficou
Protegida sob tuas asas
De fada encantada.
Voa,
No teu voo solo
De encontro a liberdade
E desfrute da sua claridade
Estrela Linda (agora) de verdade...
(Nane-11/03/2012)
sexta-feira, 8 de março de 2013
O valor da mulher
Eu poderia falar de tantas mulheres maravilhosas
que conheci e que aprendi a admirar nesses cinquenta
e poucos anos, mas quero homenagear ( a todas ) na
imagem carcomida de minha mãe, já tão cansada e
envergada pelo tempo e por patologias que a abraçaram
na vida.
Vida essa que ela tão bem soube ( e sabe ainda ) viver,
sem nunca reclamar ou blasfemar. Antes, ao contrário,
bendiz a cada segundo que lhe é dado.
Talvez seja para mim bem mais complicado vê-la assim,
tão dependente e frágil, que na minha cegueira egoísta
não percebi que é ela ainda a fortaleza e o esteio de toda
uma família.
Busco, insensata, a mão amiga e resoluta que pela vida a fora
me conduziu e me ensinou a caminhar com retidão pelas curvas
sinuosas dessa estrada do destino que ironicamente, como numa
brincadeira, a fez depender da minha mão. Hoje caminhamos de
mãos dadas, conduzindo e conduzidas uma pela outra.
Já disse tantas vezes que não gosto de "datas comemorativas",
mas a gente acaba "engolida" pelo sistema. Então nesse dia que dedicaram
a espécie feminina, quero sim homenagear a todas aquelas que fizeram
e fazem parte da minha vida: Amigas, irmãs, colegas, professoras,
médicas, e todas enfim.
E que chegue enfim o dia de ser decretado todos os dias como o dia
da mulher.
Sintam-se homenageadas na figura carcomida sim, mas linda da
minha mãe.
Feliz dia internacional da mulher!
(Nane-07/03/2013)
que conheci e que aprendi a admirar nesses cinquenta
e poucos anos, mas quero homenagear ( a todas ) na
imagem carcomida de minha mãe, já tão cansada e
envergada pelo tempo e por patologias que a abraçaram
na vida.
Vida essa que ela tão bem soube ( e sabe ainda ) viver,
sem nunca reclamar ou blasfemar. Antes, ao contrário,
bendiz a cada segundo que lhe é dado.
Talvez seja para mim bem mais complicado vê-la assim,
tão dependente e frágil, que na minha cegueira egoísta
não percebi que é ela ainda a fortaleza e o esteio de toda
uma família.
Busco, insensata, a mão amiga e resoluta que pela vida a fora
me conduziu e me ensinou a caminhar com retidão pelas curvas
sinuosas dessa estrada do destino que ironicamente, como numa
brincadeira, a fez depender da minha mão. Hoje caminhamos de
mãos dadas, conduzindo e conduzidas uma pela outra.
Já disse tantas vezes que não gosto de "datas comemorativas",
mas a gente acaba "engolida" pelo sistema. Então nesse dia que dedicaram
a espécie feminina, quero sim homenagear a todas aquelas que fizeram
e fazem parte da minha vida: Amigas, irmãs, colegas, professoras,
médicas, e todas enfim.
E que chegue enfim o dia de ser decretado todos os dias como o dia
da mulher.
Sintam-se homenageadas na figura carcomida sim, mas linda da
minha mãe.
Feliz dia internacional da mulher!
(Nane-07/03/2013)
O tudo da história
Conta a história
Bem mais dos homens
Mas é das mulheres
Os méritos eméritos
Desde Eva
Que abriu os olhos de Adão
Para as delícias da paixão
Que cabe a mulher
A doce condução
Mulher é luz predestinada
Aos caminhos da humanidade
Maria, mãe de Jesus
Intercessora de todos nós
Mulher forte e delicada
Mãe suprema da bondade
Mulher missão gestora
Do homen conduzido (sem perceber)
Com a sabedoria ladina
De quem finge ceder
Ao seu bel prazer
Conta a história
Bem mais dos homens
Gestam as mulheres
O tudo dessa história
(Nane-08/03/2013)
Bem mais dos homens
Mas é das mulheres
Os méritos eméritos
Desde Eva
Que abriu os olhos de Adão
Para as delícias da paixão
Que cabe a mulher
A doce condução
Mulher é luz predestinada
Aos caminhos da humanidade
Maria, mãe de Jesus
Intercessora de todos nós
Mulher forte e delicada
Mãe suprema da bondade
Mulher missão gestora
Do homen conduzido (sem perceber)
Com a sabedoria ladina
De quem finge ceder
Ao seu bel prazer
Conta a história
Bem mais dos homens
Gestam as mulheres
O tudo dessa história
(Nane-08/03/2013)
quinta-feira, 7 de março de 2013
Te juro
Onde estará a fidelidade
Que jurei a ti um dia
E me cobras o perjúrio
Por em outros braços me aninhar
Não, não me tome por infiel
Ou mesmo meretriz
Sou puro sentimento
Aflorando na raíz
Te jurei fidelidade
Nos sentimentos meu por ti
E esse ainda é de verdade
O sentimento mais puro que vivi
Dá-me a liberdade
Que hei de sempre voltar
Mesmo pousando em outros braços
É só nos seus que quero pousar
Sou feito passarinho
Que faz do canto, seu encanto
Mas que ao entardecer
Retorna ao seu ninho
Onde estará a tal fidelidade
Além da nossa felicidade
Pois sem ela nada tem valor
E morre então o tal amor...
(Nane-07/03/2013)
Que jurei a ti um dia
E me cobras o perjúrio
Por em outros braços me aninhar
Não, não me tome por infiel
Ou mesmo meretriz
Sou puro sentimento
Aflorando na raíz
Te jurei fidelidade
Nos sentimentos meu por ti
E esse ainda é de verdade
O sentimento mais puro que vivi
Dá-me a liberdade
Que hei de sempre voltar
Mesmo pousando em outros braços
É só nos seus que quero pousar
Sou feito passarinho
Que faz do canto, seu encanto
Mas que ao entardecer
Retorna ao seu ninho
Onde estará a tal fidelidade
Além da nossa felicidade
Pois sem ela nada tem valor
E morre então o tal amor...
(Nane-07/03/2013)
Moldura do mundo
Meu mundo surreal é belo...é leve.
Vivo-o com tanta intensidade que quase nunca sei onde estou, se no mental ou no real.
Viajo nas possibilidades que crio e por vezes
a parede do concreto me recorda e me acorda,
mas são só percalços...
Nele posso tudo, sou homem, sou mulher, sou
negra e sou branca, sou fera e sou mansa, cordeiro e lobo, sou céu e sou mar...
A beleza do meu mundo colore meu concreto e me dá força na caminhada por sobre as pedras.
Me chamam "louca". Me dizem "insana". Me tratam por "demente". Então de vez em quando me pego perguntando: Quem é que nesse mundo obtuso e sem moldura vive sem um pouco de loucura?
(Nane - 07/03/2013)
Vivo-o com tanta intensidade que quase nunca sei onde estou, se no mental ou no real.
Viajo nas possibilidades que crio e por vezes
a parede do concreto me recorda e me acorda,
mas são só percalços...
Nele posso tudo, sou homem, sou mulher, sou
negra e sou branca, sou fera e sou mansa, cordeiro e lobo, sou céu e sou mar...
A beleza do meu mundo colore meu concreto e me dá força na caminhada por sobre as pedras.
Me chamam "louca". Me dizem "insana". Me tratam por "demente". Então de vez em quando me pego perguntando: Quem é que nesse mundo obtuso e sem moldura vive sem um pouco de loucura?
(Nane - 07/03/2013)
quarta-feira, 6 de março de 2013
Anjo Linda
Linda!
Vestida de anjo
Cuidando com cuidado
Do ser amado
Por ela criado...
Linda!
Na linda missão
Que te coube ao coração
E que cumpres com devoção...
Linda!
Na simplicidade de um amor
Que virou cumplicidade
Devido a liberdade
Do convívio cuidador...
Linda!
Cuidadora por hora cuidada
Volta logo que a menina
Espera teus cuidados
Aguarda teus carinhos
Só para te chamar de...Linda!
(Nane-06/03/2013)
Vestida de anjo
Cuidando com cuidado
Do ser amado
Por ela criado...
Linda!
Na linda missão
Que te coube ao coração
E que cumpres com devoção...
Linda!
Na simplicidade de um amor
Que virou cumplicidade
Devido a liberdade
Do convívio cuidador...
Linda!
Cuidadora por hora cuidada
Volta logo que a menina
Espera teus cuidados
Aguarda teus carinhos
Só para te chamar de...Linda!
(Nane-06/03/2013)
terça-feira, 5 de março de 2013
Sou poeta rebelde (ou não)
Sou poeta de esquina
Poeta de bar
Poeta que rima
Mamão com coração
Quando quero irritar
Sou poeta de mim
Rabiscando enquanto não chega o meu fim
Já me preocupei com opiniões
Deixando meus rabiscos em embriões
Hoje faço minhas rimas
Exponho meu avesso
Cago e ando para quem me substima
E faço sim versos travessos
Sou poeta de botequim
Que rabisca com cerveja e amendoim
No guardanapo de um bar
Para quem quiser outra pagar
Sou poeta popular
Sem nunca ter pensado em me comparar
Aos poetas renomados
Que morreram para brilhar
Sou poeta e isso é fato
Se você não acha, hahaha... não me mato
Leia se quiser
Se não...vai se f....
(Nane-05/03/2013)
Poeta de bar
Poeta que rima
Mamão com coração
Quando quero irritar
Sou poeta de mim
Rabiscando enquanto não chega o meu fim
Já me preocupei com opiniões
Deixando meus rabiscos em embriões
Hoje faço minhas rimas
Exponho meu avesso
Cago e ando para quem me substima
E faço sim versos travessos
Sou poeta de botequim
Que rabisca com cerveja e amendoim
No guardanapo de um bar
Para quem quiser outra pagar
Sou poeta popular
Sem nunca ter pensado em me comparar
Aos poetas renomados
Que morreram para brilhar
Sou poeta e isso é fato
Se você não acha, hahaha... não me mato
Leia se quiser
Se não...vai se f....
(Nane-05/03/2013)
Conto de fadas
Dorme menina querida
Sonhe seu sonho dourado
Vista seu vestido de noiva
Vá de encontro ao seu príncipe
Tenha o seu final feliz
Protagonize a história
Sonhada por seu sonho
De menina. de mulher
Sonhando acordada...
Adormeça então menina
E viva com intensidade
O que querias por realidade...
Vou velar o seu sono
Observar o seu sorriso
Escutar o seu ressonar
Não te deixar acordar
Eu vou te ninar
Enquanto seu sonho durar
Dorme menina querida...
(Nane-05/03/2012)
*Dedicado à Florzinha do Maranhão
Sonhe seu sonho dourado
Vista seu vestido de noiva
Vá de encontro ao seu príncipe
Tenha o seu final feliz
Protagonize a história
Sonhada por seu sonho
De menina. de mulher
Sonhando acordada...
Adormeça então menina
E viva com intensidade
O que querias por realidade...
Vou velar o seu sono
Observar o seu sorriso
Escutar o seu ressonar
Não te deixar acordar
Eu vou te ninar
Enquanto seu sonho durar
Dorme menina querida...
(Nane-05/03/2012)
*Dedicado à Florzinha do Maranhão
Na janela
Olhava não sei o quê
Mas seus olhos viam
O que ela queria ver
Quem sabe um transeunte
Ou talvez um carrão qualquer
Ou ainda nem via nada de concreto
Mas olhava para dentro de si mesma...
Um sorriso simulado
Sem que nem mesmo ela percebia
Dava-lhe ao semblante
A nostalgia de um momento
Que por certo buscava no passado...
Olhava não sei o quê
Mas seus olhos viam
O que ela queria ver
E nesse instante mágico
O único lugar que eu apostaria
Que ela não estivesse
Era na janela do seu quarto
(Nane-05/03/2013)
Mas seus olhos viam
O que ela queria ver
Quem sabe um transeunte
Ou talvez um carrão qualquer
Ou ainda nem via nada de concreto
Mas olhava para dentro de si mesma...
Um sorriso simulado
Sem que nem mesmo ela percebia
Dava-lhe ao semblante
A nostalgia de um momento
Que por certo buscava no passado...
Olhava não sei o quê
Mas seus olhos viam
O que ela queria ver
E nesse instante mágico
O único lugar que eu apostaria
Que ela não estivesse
Era na janela do seu quarto
(Nane-05/03/2013)
segunda-feira, 4 de março de 2013
Seu jeito de ser
Te quero
Sem meias palavras
Na sua intensidade
Sua total dualidade
Seus momentos de santidade
Suas horas de devassidade
Te quero de verdade...
Te quero por seres
Não o que idealizei
Mas o que tu és
Sem máscara alguma...
Na limpidez de seus gestos
Na sensatez de seus trejeitos
Na insensatez de teus desejos
E só assim te quero
Sem nenhuma perfeição
Mas completa emoção...
E te quero assim
Por que te quero
(Nane-04/03/2013)
Sem meias palavras
Na sua intensidade
Sua total dualidade
Seus momentos de santidade
Suas horas de devassidade
Te quero de verdade...
Te quero por seres
Não o que idealizei
Mas o que tu és
Sem máscara alguma...
Na limpidez de seus gestos
Na sensatez de seus trejeitos
Na insensatez de teus desejos
E só assim te quero
Sem nenhuma perfeição
Mas completa emoção...
E te quero assim
Por que te quero
(Nane-04/03/2013)
A menina dos olhos verdes
Olha para trás
Reveja teus tempos idos
Correndo e brincando arteira
Na relva macia da tua infância
Agora tão distante e quase esquecida
Quando não te restava tempo
Sequer para sonhar
Ah menina do verde olhar...
O tempo te fez mulher
Te trouxe para a cidade de pedra e aço
Te deu força e resignação
Te fez mãe de tantos filhos...
Dos teus sonhos pouco sei
Das tuas lutas...de tantas participei
Nas tuas rugas, tantas histórias
Explícitas no teu sorriso forçado...
Ah menina do verde olhar...
Qual dos teus sonhos se realizou?
Te olho e tento adivinhar
No vazio que hoje tem no teu olhar
O que foi que de fato tu sonhastes
Ou se vivestes um mero pesadelo...
Não, não tenho o verde do teu olhar
Mas quando me olho no espelho
É você quem eu vejo lá
Doce menina do verde olhar...
(Nane-04/03/2013)
Reveja teus tempos idos
Correndo e brincando arteira
Na relva macia da tua infância
Agora tão distante e quase esquecida
Quando não te restava tempo
Sequer para sonhar
Ah menina do verde olhar...
O tempo te fez mulher
Te trouxe para a cidade de pedra e aço
Te deu força e resignação
Te fez mãe de tantos filhos...
Dos teus sonhos pouco sei
Das tuas lutas...de tantas participei
Nas tuas rugas, tantas histórias
Explícitas no teu sorriso forçado...
Ah menina do verde olhar...
Qual dos teus sonhos se realizou?
Te olho e tento adivinhar
No vazio que hoje tem no teu olhar
O que foi que de fato tu sonhastes
Ou se vivestes um mero pesadelo...
Não, não tenho o verde do teu olhar
Mas quando me olho no espelho
É você quem eu vejo lá
Doce menina do verde olhar...
(Nane-04/03/2013)
sexta-feira, 1 de março de 2013
Delícias do prazer
A temporada se foi
E te levou com ela
Ainda sinto teu gosto
Saboreio teu sumo
A mordida prazerosa
Tuas carnes presas em meus dentes
Teu mel me lambuzando
A boca escorrendo
A mão te apertando...
Agora ficou o desejo
E a espera angustiante
De novamente ter você
E poder sentir
Gota a gota o teu sabor
Ao te desnudar com a boca
E me deliciar de prazer...
Vou contar os dias
E cada estação
Até que em plena primavera
Amadureça o teu fruto
E caia bem aqui...na minha mão
(Nane-01/03/2013)
E te levou com ela
Ainda sinto teu gosto
Saboreio teu sumo
A mordida prazerosa
Tuas carnes presas em meus dentes
Teu mel me lambuzando
A boca escorrendo
A mão te apertando...
Agora ficou o desejo
E a espera angustiante
De novamente ter você
E poder sentir
Gota a gota o teu sabor
Ao te desnudar com a boca
E me deliciar de prazer...
Vou contar os dias
E cada estação
Até que em plena primavera
Amadureça o teu fruto
E caia bem aqui...na minha mão
(Nane-01/03/2013)
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