quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Marionetes

Nem sempre somos o que dissemos
E nem o que queremos
Na maioria das vezes
Somos o que podemos
E não que mintamos para os outros
Dói é perceber
Que mentimos
Pra nós mesmos
E passamos uma vida inteira
Acreditando ser o que não somos
Então a máscara cai
E a gente percebe
Que o carnaval se acabou
A novela não terá reprise
O público que aplaudiu
Espera outra peça
Onde a nova geração
De atores entrará em cena
As cortinas se fecham
As luzes se apagam
As personagens ficam
O ator envelhece
A ilusão escuta os aplausos
Se confunde com a loucura
A ribalta vazia
O show que continua
Não somos o que pensamos
Marionetes de uma vida...

(Nane-23/08/2011)

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