sábado, 13 de agosto de 2011

Alma bandida

A alma bandida
Perdida no limbo
Vagando sem rumo
Me encontrou em sintonia
E do meu corpo se apossou
Agora o que tenho
São duas almas em conflito
Num corpo combalido
Não sei se são duas
Ou se metades de uma
Mas o corpo é só um
E elas parecem querer sair
Do espaço apertado
Me estrangulam a garganta
Me aceleram o coração
Me deixam sem noção
Uma alma é bandida
A outra a mocinha
E no entanto me oprimem
Massacram meus ógãos
Fazem chorar meus olhos
Não sabem viver
Em comum acordo
Amam e odeiam
Com a intensidade dos loucos
E conseguem com isso
Me deixar louca

(Nane-13/08/2011)

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