Rabisco sem vontade
De nada rabiscar
Apenas para não parar
Ou mesmo enlouquecer
Se parar para pensar
E permito turbilhões
De pensamentos elétricos
Que passam em jato
E fazem barulho
Rompem as barreiras
Do som do meu silêncio
E vagam solto em mim
Chocando
Dançando
Vibrando
Chorando
Sem meios termos
Metades
Inteiros
Sem freios
Parada me canso
Sem nada fazer
Apenas pensando
E olhando a tempestade
Que se forma em mim
Nos choques dos neurônios
Que clareiam meu cérebro
Sem conseguir me iluminar
Pensamentos perdidos
Gastos e desgastados
Volto a rabiscar
Sem vontade de falar...
(Nane-08/05/2011)
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