segunda-feira, 30 de maio de 2011

Com o mundo nas costas


Todo o peso do mundo recai em mim
Dói-me as costas arriada
Ajoelho, não rezo...é o peso do mundo
Do meu mundo
Me dobro em duas ou três
Não dou conta da carga
Ninguém entende
Me arrasto, me engasgo
Não vivo, sobrevivo
Me dói a cabeça revirada
Me cobram, me pedem
Me doo, não dou
Sou flor que murcha na primavera
Espinho que fere quem se aproxima
Me curvo diante de Deus
Peço força e coragem
Será que me escuta
Me cobra ele também
A rebeldia que me caracteriza
Me curvo de novo
Agora cansada
Espero conformada
O fim da minha estrada
Meu mundo está pesado...

(Nane-30/05/2011)

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