O ser que habita em mim
Por vezes parece querer sair
Vagar por lugares que nunca fui
Ver pessoas que nunca vi
Na luta intrínseca me fere
Colocando em dúvida meu eu
Se meu, ou seu, não sei
Sonda-me e assombra-me com palavras
E dizeres que não digo
Enquanto persiste a sanidade
Do eu que acho ser meu, mas não sei...
Seu olhar penetra minha alma
Em fúria de prisão
Causando o reboliço vertiginoso
De um furacão sacolejante
Mareando meus sentidos já nauseabundos
Mas tenho meus dias de vinganças
Quando o domo e me sinto dona
Do ser que sei que sou
Fortalecida e imbuída do desejo
De não mais me deixar sofrer
Então afogo em minhas entranhas esse ser
Ferindo sem piedade seus instintos ferozes
Até o próximo embate...
(Nane - 17/06/2020)
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