Um espaço para falar de tudo e com todos. quem quiser entrar, seja bem vindo.
terça-feira, 30 de junho de 2020
NUMA SALA DE JANTAR
Saudades dessa mesa...
Quando a gente estudava
Quebrávamos nossas cabeças
Com a matemática e o português
A química e a biologia
Que se casaram extra classe
Também fundiram nossas cabeças
Na prova do casal (de professores)
A física...ah a física
Que virava brincadeira
Quando um anjo ensinava
Nos arrancando gargalhadas
O inglês tinha o olhar debochado
E um batom avermelhado
Na altivez escancarada
Da literatura ensinada
Saudades dos papos que rolavam
Até quase o romper da madrugada
Quando o Neo entrava pela porta
Vindo de um turno terminado
Quanto tempo é passado
Parece que foi um dia desses
Ficou em nós uma amizade
Que eu sei, é para a eternidade
Parabéns minha amiga
Nessa data tão querida
Saúde, paz e muita alegria
É o que peço (para você) em poesia (já que não sei rezar)
(Nane - 30/06/20)
NOITE DE CALAFRIOS
Noite de pandemia
Ninguém à minha volta
Uivos lamentosos
Cães, libertos e vadios
Parecem zombar de mim
Sorriem da minha clausura
Coleira em forma de vírus
Observo-os por detrás das grades
Talvez eu seja louca
Ou então estou ficando
A rua vazia me amedronta
O silêncio me atordoa
Até o mar silencia
Acomodado na sua calmaria
Numa noite estranha e fria
Que se tem feito rotina
Um pássaro notívago e escandaloso
Solta um grito estridente
Em plena madrugada silenciosa
Fazendo trilha de terror
Um corvo talvez
Mas não são comuns aqui
Não me arrisco à janela
Escondo com a coberta, a cabeça
Minha mãe, onde estás
Que não vem me acudir
Um só cafuné me faria adormecer
E desse estresse me esquecer
Agora tenho certeza
É o piado de uma coruja
O sono que não chega nunca
Deliro acordada
Entre sombras e ruídos
Não é noite de boemia
O psicológico me remete
Ao terror de uma noite escura
Escrevo na tentativa
De uma concentração fugidia
Quem sabe uma poesia
Ajude no nascer de um novo dia...
(Nane - 30/06/20)
Ninguém à minha volta
Uivos lamentosos
Cães, libertos e vadios
Parecem zombar de mim
Sorriem da minha clausura
Coleira em forma de vírus
Observo-os por detrás das grades
Talvez eu seja louca
Ou então estou ficando
A rua vazia me amedronta
O silêncio me atordoa
Até o mar silencia
Acomodado na sua calmaria
Numa noite estranha e fria
Que se tem feito rotina
Um pássaro notívago e escandaloso
Solta um grito estridente
Em plena madrugada silenciosa
Fazendo trilha de terror
Um corvo talvez
Mas não são comuns aqui
Não me arrisco à janela
Escondo com a coberta, a cabeça
Minha mãe, onde estás
Que não vem me acudir
Um só cafuné me faria adormecer
E desse estresse me esquecer
Agora tenho certeza
É o piado de uma coruja
O sono que não chega nunca
Deliro acordada
Entre sombras e ruídos
Não é noite de boemia
O psicológico me remete
Ao terror de uma noite escura
Escrevo na tentativa
De uma concentração fugidia
Quem sabe uma poesia
Ajude no nascer de um novo dia...
(Nane - 30/06/20)
segunda-feira, 29 de junho de 2020
SÓ MAIS UM DIA
Chora a mãe
Prostrada num canto
Já sem argumentos
Sem forças...
Implora à Deus
Que se a escuta
Não responde...
Chora a sociedade
Clamando justiça
Com hipocrisia
Dos valores perdidos
Chora seu filho
Que para não ser
Filho do mundo
Se torna filho do outro
Chora a vida
Dos que se tornam vítimas
Da erva maldita
Que ceifa as vidas
Choram as mães
Das crianças abatidas
Nas vielas assassinas
Nas vielas assassinas
Das chacinas do pó
É só mais um dia...na cidade
(Nane - 29/06/20)
(Nane - 29/06/20)
quarta-feira, 24 de junho de 2020
NÃO SOU AMIGA DO REI
Escrevo para mim
E para meu leitores
Fiéis, que me seguem
Por décadas na internet
Por décadas na internet
Já tive o sonho
Do livro publicado
Bobagem que hoje
Não me apetece
Não me apetece
Um livro na estante
Só pelo prazer
Da minha autoria
Da minha autoria
Já não seduz
Vi tanta gente
Sem talento nenhum
Membro de academias
Do Grão Mestre metal
Livros sem teor nenhum
Vi tanta gente
Sem talento nenhum
Membro de academias
Do Grão Mestre metal
Livros sem teor nenhum
Mas a faixa transpassada no peito
Empluma o orgulho do autor
Que "comprou" seu editor
Pobre coitado desesperado
Por verbas na manutenção
Da máquina cultural
Da máquina cultural
Exilada pelo Distrito Federal
Não, não quero um livro
Basta-me a internet
Rendo-me aos meus leitores
Basta-me a internet
Rendo-me aos meus leitores
Sou eu, poeta rebelde (se boa ou ruím...julguem vocês)
(Nane - 24/06/2020)
(Nane - 24/06/2020)
sábado, 20 de junho de 2020
DESAFIO
Hoje
Mais do que nunca
Sou eu
Sou eu
Bêbada e perdida
Nas horas infames da noite
Que teimam em me desafiar
Passam numa lentidão
Feito provocação
Tentando me derrubar
Tentando me derrubar
Noite fria e sem juízo
Inverno infernal
Se achando o tal
Se achando o tal
As blusas me aquecem
As cobertas me esperam
Não preciso de mais nada
Vem nimim noite fria
Que estou aquecida
Embora perdida
Por onde andará
A minha poesia
Noite vazia
A minha poesia
Noite vazia
Talvez na beira do mar
De onde dá para escutar
De onde dá para escutar
O quebrar das ondas
Talvez na porta de um bar
Onde eu queira estar
No prólogo do meu poemar
(Nane - 20/06/20)
quinta-feira, 18 de junho de 2020
BLINDADA E SEGURA
Sou eu, com meu jeito brusco
Destilando irreverência
Irônica e sarcástica
Blindada e segura
Corre nas veias o sangue
Que fervido é gatilho
Aos esguichos de impropérios
Soltos no ar
Não busque em mim
O que está adormecido e contido
Não espere de mim
A frieza fingida
Deixa que eu me atenha no meu canto
Quieta e sem perspectivas
Do que não mais sonho ter
Nem tão pouco reviver
Sou eu agora, com meu jeito manso
Espalhando poesias
Reflexiva e centrada
Blindada e segura...de tudo (?)
(Nane - 18/06/20)
quarta-feira, 17 de junho de 2020
INQUILINO
O ser que habita em mim
Por vezes parece querer sair
Vagar por lugares que nunca fui
Ver pessoas que nunca vi
Na luta intrínseca me fere
Colocando em dúvida meu eu
Se meu, ou seu, não sei
Sonda-me e assombra-me com palavras
E dizeres que não digo
Enquanto persiste a sanidade
Do eu que acho ser meu, mas não sei...
Seu olhar penetra minha alma
Em fúria de prisão
Causando o reboliço vertiginoso
De um furacão sacolejante
Mareando meus sentidos já nauseabundos
Mas tenho meus dias de vinganças
Quando o domo e me sinto dona
Do ser que sei que sou
Fortalecida e imbuída do desejo
De não mais me deixar sofrer
Então afogo em minhas entranhas esse ser
Ferindo sem piedade seus instintos ferozes
Até o próximo embate...
(Nane - 17/06/2020)
Por vezes parece querer sair
Vagar por lugares que nunca fui
Ver pessoas que nunca vi
Na luta intrínseca me fere
Colocando em dúvida meu eu
Se meu, ou seu, não sei
Sonda-me e assombra-me com palavras
E dizeres que não digo
Enquanto persiste a sanidade
Do eu que acho ser meu, mas não sei...
Seu olhar penetra minha alma
Em fúria de prisão
Causando o reboliço vertiginoso
De um furacão sacolejante
Mareando meus sentidos já nauseabundos
Mas tenho meus dias de vinganças
Quando o domo e me sinto dona
Do ser que sei que sou
Fortalecida e imbuída do desejo
De não mais me deixar sofrer
Então afogo em minhas entranhas esse ser
Ferindo sem piedade seus instintos ferozes
Até o próximo embate...
(Nane - 17/06/2020)
SENSAÇÃO NENHUMA
O vazio é lúgubre
Não dói
Por isso é sinistro
Apenas existe
Sem sensação nenhuma
Sem nenhuma marca
Sem porra nenhuma
Existe apenas
Não há mais o furor
Ou tão pouco a miserabilidade
Há sim um espaço
De nada ao nada
Sem expressão nenhuma
Sem contração nenhuma
Sem piedade alguma
Só um espaço vazio
Interstício oco
Sem eco nem ego
Ligado a lado nenhum
Perdido e desconectado
Dos outros espaços
Sem tristeza nenhuma
Sem dor nenhuma
Apenas o nada
Não há mais vontade
Talvez nem haja vida
Não há mais volta
Nem siga em frente
É só um estático
Parado no tempo
Se é que tem tempo
Nesse espaço vazio...
(Nane - 17/06/2020)
Não dói
Por isso é sinistro
Apenas existe
Sem sensação nenhuma
Sem nenhuma marca
Sem porra nenhuma
Existe apenas
Não há mais o furor
Ou tão pouco a miserabilidade
Há sim um espaço
De nada ao nada
Sem expressão nenhuma
Sem contração nenhuma
Sem piedade alguma
Só um espaço vazio
Interstício oco
Sem eco nem ego
Ligado a lado nenhum
Perdido e desconectado
Dos outros espaços
Sem tristeza nenhuma
Sem dor nenhuma
Apenas o nada
Não há mais vontade
Talvez nem haja vida
Não há mais volta
Nem siga em frente
É só um estático
Parado no tempo
Se é que tem tempo
Nesse espaço vazio...
(Nane - 17/06/2020)
segunda-feira, 15 de junho de 2020
CÂNTICO UNÍSSONO
Valha-me a bênção do Criador
Da forma que ele mandar
Seja através dos Orixás
Ou apenas no ato de orar
Que se dobrem os joelhos
Num cântico uníssono e viril
Sem preconceito dos credos
Que performam o Brasil
Que a sua misericórdia
Cubra-nos como um manto
Nos livrando de todo o mal
Nos fazendo um só igual
Que se apeguem a todos os santos
Com Maria indo à frente
Num único ritual
Da fé no amor do nosso Senhor
Ao Divino Espírito Santo
Cantem bem alto o seu louvor
Agradecidos às graças concedidas
No Credo de toda uma nação
Que o vale das sombras da morte
Não nos faça temer
Posto que o teu cajado
Abre-nos todos os caminhos
Deus
Ser supremo de todos os ritos
Abençoa a humanidade
E faça em todos nós, a tua vontade
Que para todo o sempre
Assim seja
(Nane - 15/06/2020)
PRESENÇA VIP
Quisera hoje ser uma fada
Com poderes e varinha de condão
Só para alegrar seu coração
E o seu desejo realizar
O tempo nos faz omissos
No regar dos sentimentos
Que feito brasas sob as cinzas
Reavivam com um sopro
Você se fez senhora
Nas mesas dos sarais
Que a VM separava
Nos camarotes virtuais
Presença tão constante
Incentivando os rabiscos
Dos que se atreviam à rabiscar
Naquele inesquecível lugar
Só posso agradecer
Tentando te expressar
Na forma doce do teu olhar
Para quem, um dia tentou poetizar
(Nane - 15/06/2020)
sábado, 13 de junho de 2020
UM CLIK NA ESCADA
Desabrochou
Em plena primavera
Toda uma realidade
Antes virtual
Quantas vezes
No bar do Ditão
A gente imaginava
Se olhar olho no olho
Lá não foi possível
Então sentamos no Amarelinho
No coração da Cinelândia
Pra brindar à boemia
Nas escadas de Santa Tereza
Nos juntamos para a posteridade
Sob as bênçãos de Selarón
Que ainda vivia nessas paragens
Mel, trouxe seus zangões
Fa, trouxe Cristian que faria
Juninho, sempre andarilho
Sabrina, minha bruxinha
Foi uma semana só
Mas de uma festa esplendorosa
Com direito à Sáenz Peña
Na casa da Vera Rocha
As noitadas pelas quadras
Com muito samba e geladas
Os porres desgovernados
Chama o táxi, é hora de ir embora
Foi bom enquanto durou
Ficaram as lembranças
O Dito se foi
Selarón também
Quem sabe a gente volta
Um dia a se encontrar
Se não no Rio
Que seja em outro lugar...
(Nane - 13/06/2020)
MATURAÇÃO
Fome
De um doce
Que aplaque o amargor
Que invade meu paladar
Sede
Da água que liberta
A secura da minha boca
Tão sem nenhum refrescar
Vontade
De um nada sem querer
Me fazendo perceber
Que um tudo se perdeu
Desleixo
Com todas as vontades
Dos dizeres da verdade
Contidos...guardados
Certeza
De que toda a mentira
Se esvai numa única verdade
Que o destino sentenciou
Desatino
Nas palavras proferidas
Em madrugadas mal dormidas
Na revirada de feridas
Tempo
Maturando as escolhas
Silenciando os lamentos
Expondo pensamentos
Paz
Vindo de encontro afinal
A tantos desencantos
Trazendo enfim...o ponto final
(Nane - 13/06/2020)
sexta-feira, 12 de junho de 2020
UM DECRETO
Reparas em meu sorriso
Tão franco, tão intenso
Ris comigo sem perceber
A lágrima que escorre
Vida louca, louca vida
Desmilinguindo a fortaleza
Outrora tão imponente
Agora, tão impotente
Meu sorriso amarelo
Guarda suas cores
Num baú perdido num sótão
Impermeado de teias de aranhas
Mas tu vês meu sorriso
Camuflado e fingido
Dando vazão à tua precisão
De que tudo está bem
Vida louca, louca vida
No eterno palco escondida
Aguardando a direção
Do autor à sua revelia
Propagar sua dureza
Não vale, com certeza
A tristeza, antônimo da alegria
Não rima com a poesia
Vida louca, louca vida
Boto em ti com ousadia
Desafiando sua agonia
Meu escafandro de ironia
Se tu choras, eu sorrio
E vou levando assim
O desafio de vence-te
Até o decretar...do meu fim
(Nane - 12/06/2020)
Tão franco, tão intenso
Ris comigo sem perceber
A lágrima que escorre
Vida louca, louca vida
Desmilinguindo a fortaleza
Outrora tão imponente
Agora, tão impotente
Meu sorriso amarelo
Guarda suas cores
Num baú perdido num sótão
Impermeado de teias de aranhas
Mas tu vês meu sorriso
Camuflado e fingido
Dando vazão à tua precisão
De que tudo está bem
Vida louca, louca vida
No eterno palco escondida
Aguardando a direção
Do autor à sua revelia
Propagar sua dureza
Não vale, com certeza
A tristeza, antônimo da alegria
Não rima com a poesia
Vida louca, louca vida
Boto em ti com ousadia
Desafiando sua agonia
Meu escafandro de ironia
Se tu choras, eu sorrio
E vou levando assim
O desafio de vence-te
Até o decretar...do meu fim
(Nane - 12/06/2020)
quarta-feira, 10 de junho de 2020
DAS DORES DO MUNDO
As dores que o mundo
Guardou para ti
Te fez ser mais
Bem além daqui
Quem te vê te imagina
Senhora dos teus encantos
Refletidos em teus olhos
De uma claridade brilhante
O carmim na boca sorridente
Enfeita a tez colorida
No prazer da maquiagem
Que cultivas orgulhosa
Carregas contigo
Contidas só para ti
Todas as dores do mundo (físicas)
Que o mundo te reservou
Por te saberes forte
Ele (o mundo) te provoca
Não te dando trégua
Por vezes, um refresco
Mas zombas dele
Sorri da tua dor
Não reclamas nem vitimiza
O deixas desconcertado
Inveja da tua força
Menina dos meus encantos
Que mesmo na "estampa" de mulher
És criança...esperança
(Nane - 10/06/2020)
Guardou para ti
Te fez ser mais
Bem além daqui
Quem te vê te imagina
Senhora dos teus encantos
Refletidos em teus olhos
De uma claridade brilhante
O carmim na boca sorridente
Enfeita a tez colorida
No prazer da maquiagem
Que cultivas orgulhosa
Carregas contigo
Contidas só para ti
Todas as dores do mundo (físicas)
Que o mundo te reservou
Por te saberes forte
Ele (o mundo) te provoca
Não te dando trégua
Por vezes, um refresco
Mas zombas dele
Sorri da tua dor
Não reclamas nem vitimiza
O deixas desconcertado
Inveja da tua força
Menina dos meus encantos
Que mesmo na "estampa" de mulher
És criança...esperança
(Nane - 10/06/2020)
terça-feira, 2 de junho de 2020
ALQUIMIA LITÚRGICA
À declamar meus versos e de outros
Transformando em poesias poemas
Lapidando versos banais
Alquimia litúrgica se faz
Quando ao som da tua voz
Desfilam palavras entoadas
Resultantes da tua magia
Tal qual a cotovia
Teu declamar é pura sinfonia
Ressaltando a interpretação
Que vai de encontro ao coração
Escrever para você virou objetivo
Na espera de que a sorte (de novo) me sorria
Feito o autor que sonha com o ator
Para o papel da sua vida
Ah...minha bela Dama dos Palcos
Não me canso de te escutar
Dando vida aos meus versos
Que até eu mesma passei a admirar
Meu poema, coitadinho
Uma "gata borralheira"
Interpretado por você
Num piscar tornou-se Cinderela
De volta à normalidade
Escrevo com más intenções
Quem sabe você ao ler
(feito a cotovia)
Anuncie mais um (meu) alvorecer
(Nane - 02/06/2020)
SÓ UMA NOITE DE LUAR
Fostes embora tal qual a brisa mansa
Que sopra à beira mar independente
Se de dia ou à noite, sempre fria
Como num instante de um adeus
A noite fria com luar
Faz eu me afastar do mar
E num passado sem sentido pensar
Enquanto ela passa devagar
Nada mais silencia tua voz
Dizendo frases que eu tanto ouvi
Quando éramos dois em um
Ou...achei que fôssemos
Imagino onde estás
Não gosto da minha imaginação
Me pergunto se foi apenas ilusão
Mas teu calor me invade e me arrepia
O tempo, senhor de todas as verdades
Sorri, mangando dos meus pensamentos
Fingindo sentir minha aflição
Tentando me mostrar que tudo vai passar
A lua, clara e espetacular
Brilha com tanta intensidade
Sem entender que sua beleza
Afronta minha inspiração
Remetendo meu sonhos e devaneios
A outros tempos em que ela, a lua, brilhava
Enternecida por tamanha felicidade
Perdida por uma efemeridade
Ser e estar tão paralelos
Confundem a razão e o coração
Dizem coisas que não são
Fazem coisas que se vivem, apenas
Se voltarás, não sei
A eternidade é tão vasta
Talvez isso mantenha meu equilíbrio
Na espera de que eu não tenha errado
Enquanto isso a lua
Brilhante e fria me faz companhia
Sem entender que sua beleza
Afronta minha inspiração.
(Nane - 01/06/2020)
Que sopra à beira mar independente
Se de dia ou à noite, sempre fria
Como num instante de um adeus
A noite fria com luar
Faz eu me afastar do mar
E num passado sem sentido pensar
Enquanto ela passa devagar
Nada mais silencia tua voz
Dizendo frases que eu tanto ouvi
Quando éramos dois em um
Ou...achei que fôssemos
Imagino onde estás
Não gosto da minha imaginação
Me pergunto se foi apenas ilusão
Mas teu calor me invade e me arrepia
O tempo, senhor de todas as verdades
Sorri, mangando dos meus pensamentos
Fingindo sentir minha aflição
Tentando me mostrar que tudo vai passar
A lua, clara e espetacular
Brilha com tanta intensidade
Sem entender que sua beleza
Afronta minha inspiração
Remetendo meu sonhos e devaneios
A outros tempos em que ela, a lua, brilhava
Enternecida por tamanha felicidade
Perdida por uma efemeridade
Ser e estar tão paralelos
Confundem a razão e o coração
Dizem coisas que não são
Fazem coisas que se vivem, apenas
Se voltarás, não sei
A eternidade é tão vasta
Talvez isso mantenha meu equilíbrio
Na espera de que eu não tenha errado
Enquanto isso a lua
Brilhante e fria me faz companhia
Sem entender que sua beleza
Afronta minha inspiração.
(Nane - 01/06/2020)
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