E fere os tímpanos
Não há murmúrios, tão pouco vozes
Só o barulho do teclado...ritmado
O vazio preenche tudo
No imenso espaço cheio do nada
Sem meio nem começo
Enquanto não chega o fim
Verte sons emudecidos
Sufocantes e incompreendidos
Só ouvidos por meus ouvidos
Acostumados ao silêncio ensurdecedor
Onde andam todas as vozes
Caladas e tão distantes
Perdidas no vão inconsequente
Sem eco nenhum
Nem choro, nem gritos
Sequer um único sussurro
Apenas o peso de um silêncio
Quebrado pelo barulho de um teclado
Se um lápis eu tivesse
Ouviria seu riscado
Enquanto o papel em branco
De letras (ilegíveis) se enchesse
Ouço, por enquanto, esse silêncio
Calado dentro de mim
Reflexivo e vertente
Do meu próprio silenciar
(Nane-22/09/2017)
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