sexta-feira, 22 de setembro de 2017

ESCUTANDO O SILÊNCIO

Às vezes o silêncio é ensurdecedor
E fere os tímpanos
Não há murmúrios, tão pouco vozes

Só o barulho do teclado...ritmado

O vazio preenche tudo
No imenso espaço cheio do nada
Sem meio nem começo
Enquanto não chega o fim

Verte sons emudecidos

Sufocantes e incompreendidos
Só ouvidos por meus ouvidos
Acostumados ao silêncio ensurdecedor

Onde andam todas as vozes
Caladas e tão distantes

Perdidas no vão inconsequente
Sem eco nenhum

Nem choro, nem gritos
Sequer um único sussurro
Apenas o peso de um silêncio
Quebrado pelo barulho de um teclado

Se um lápis eu tivesse
Ouviria seu riscado

Enquanto o papel em branco
De letras (ilegíveis) se enchesse

Ouço, por enquanto, esse silêncio
Calado dentro de mim
Reflexivo e vertente
Do meu próprio silenciar

(Nane-22/09/2017)




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