quarta-feira, 3 de junho de 2015

EFÊMERA EXISTÊNCIA



E essa estranha sensação
De que você é só uma lembrança
Uma miragem, imaginação
E na realidade, nunca existiu

É tão grande a saudade
Que parece mais o oásis
Em meio ao deserto escaldante
Intocável, impossível

O som da tua voz
Ainda tão intacta em meus ouvidos
Talvez nada mais seja
Do que o vento sibilando

E toda a nossa história
Gravada no passado
Já parece o conto de um livro
Fechado e terminado

O toque das tuas mãos
Já não sentidas pelas minhas
Restando só um calor perdido
E tão pouco aproveitado

A vida é tão sem sentido
Que só o que conta é o próprio sentido
Que a gente quase nunca percebe
O tempo certo de sentir

Então chega o grand finale
E o concreto se desfaz
Subjetivamente fazendo desabrochar
O efêmero (in)existente

(Nane-03/06/2015)


Nenhum comentário:

Postar um comentário