sábado, 7 de setembro de 2013

Reino das árvores

Olhava consternada os pássaros
Eram dois...se beijando numa árvore
Talvez fossem mãe e filho, não sei
Mas era bonito de se olhar...

Não pude deixar de imaginar
A árvore em que não subi
O beijo que não troquei
O galho onde não trepei

Ouvi o canto da sabiá
Como se chamasse por um nome
Como se esperasse a chegada
De quem voltasse para casa

Mas nada é assim
Tudo é feito de ilusão
A casa é desfeita num piscar de olhos
E a sabiá se confunde com o João de Barro

Canta seu canto canoro
Ave sem identidade
Voa seu voo em liberdade
Deixa seu sonho sonhar

Cai a noite no dia
Emudecem todos os sons
Pássaros não voam mais
Silêncio no reino das árvores

(Nane - 07/09/2013)


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