Olhava consternada os pássaros
Eram dois...se beijando numa árvore
Talvez fossem mãe e filho, não sei
Mas era bonito de se olhar...
Não pude deixar de imaginar
A árvore em que não subi
O beijo que não troquei
O galho onde não trepei
Ouvi o canto da sabiá
Como se chamasse por um nome
Como se esperasse a chegada
De quem voltasse para casa
Mas nada é assim
Tudo é feito de ilusão
A casa é desfeita num piscar de olhos
E a sabiá se confunde com o João de Barro
Canta seu canto canoro
Ave sem identidade
Voa seu voo em liberdade
Deixa seu sonho sonhar
Cai a noite no dia
Emudecem todos os sons
Pássaros não voam mais
Silêncio no reino das árvores
(Nane - 07/09/2013)
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