Absorta observo
O olhar de minha mãe
E o olhar do meu neto
Dois polos de um círculo
Que se abre e que se fecha
Tão iguais as visões
De quem olha e vê
Apenas o que há para se ver
No espaço que lhes cabe
Olhar
Ele brinca com a felicidade
Ao ver uma bola no quintal
E correr atras de um passarinho
Na certeza de que não alcançará
Mas brilha a felicidade em seu olhar
Ela olha sem preocupação
Se vai dar tempo de chegar
Ou de sair
Não importa se a novela vai acabar
A ansiedade não mora mais aqui
São olhares paralelos
Mas caminham de mãos dadas
Olhando para um mesmo lugar
E vendo coisas diferentes
Onde a felicidade está
Olham diferenças
Enxergam cumplicidades
Contemplam a vida
E a felicidade permitida (a cada um)
(Nane - 13/09/2013)
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