Poderia te fazer uma poesia
Mas faltam-me palavras
Ou mesmo rimas
Para expressar o que sinto
Poderia dizer que te amo
Mas falta-me coragem
De ouvir palavras contrárias
Ao que gostaria de ouvir
Poderia dizer que não sofro
Cada vez que te idealizo
Mas a noite vem sem piedade
Me trazer o seu fantasma
Poderia nunca ter te amado
Mas a vida não faria sentido
E eu não teria vivido
Esse amor que me fará morrer
Poderia sim
Mas de fato
Não posso
(Nane - 30/09/2013)
Um espaço para falar de tudo e com todos. quem quiser entrar, seja bem vindo.
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Sem amor
Reviro meus olhos
Não por gozo
Mas por queimar a mufa
Em busca de solução
Ou mera explicação
Da minha solidão
Donde vem tanta solidez
Na teimosia da vida
De me deixar continuar
Sem ninguém para amar
Sem ninguém para me endoidar
Sem ninguém que me faça perder o juízo
Reviro meus olhos
Que se por gozo
Foram movidos pelo álcool
Que no amanhã me fará esquecer
A face de quem inundou
Minha cabeça e meu sexo
(Nane - 30/09/2013)
Não por gozo
Mas por queimar a mufa
Em busca de solução
Ou mera explicação
Da minha solidão
Donde vem tanta solidez
Na teimosia da vida
De me deixar continuar
Sem ninguém para amar
Sem ninguém para me endoidar
Sem ninguém que me faça perder o juízo
Reviro meus olhos
Que se por gozo
Foram movidos pelo álcool
Que no amanhã me fará esquecer
A face de quem inundou
Minha cabeça e meu sexo
(Nane - 30/09/2013)
SEm pressa
Vou caminhando
Sem direção
Nem mesmo uma estrada
Sigo só...por caminho nenhum
Levo comigo
Só eu mesma
Não tenho mais pressa
Ela já me abandonou
Pensamentos me seguem
Sem que eu possa pará-los
Mas são tão confusos
Tão efêmeros
Setembro se vai
E eu continuo a caminhar
Ele voltará, eu sei
Já eu...não posso voltar
Sigo o destino
Que eu mesma escolhi
Sem uma estrada definida
Vou só pelo caminho
(Nane - 330/09/2013)
Sem direção
Nem mesmo uma estrada
Sigo só...por caminho nenhum
Levo comigo
Só eu mesma
Não tenho mais pressa
Ela já me abandonou
Pensamentos me seguem
Sem que eu possa pará-los
Mas são tão confusos
Tão efêmeros
Setembro se vai
E eu continuo a caminhar
Ele voltará, eu sei
Já eu...não posso voltar
Sigo o destino
Que eu mesma escolhi
Sem uma estrada definida
Vou só pelo caminho
(Nane - 330/09/2013)
Dissecação
Dissequei meus sonhos
E vi contido
Toda a desilusão
Todo o martírio
Toda as quimeras
Todos os seis sentidos
Cirurgicamente decepados
Dissequei meus sonhos
Cavando uma cova
Bem profunda
Para enterrá-los de vez
E tendo a certeza
De que meus fantasmas
Irão para o inferno
Bem mais nas profundas
Dissequei meus sonhos
Para sobreviver
Sem mais fantasia
Que não na avenida
Numa escola de samba
Mas sem mais devaneios
Na escola da vida
(Nane - 30/09/2013)
E vi contido
Toda a desilusão
Todo o martírio
Toda as quimeras
Todos os seis sentidos
Cirurgicamente decepados
Dissequei meus sonhos
Cavando uma cova
Bem profunda
Para enterrá-los de vez
E tendo a certeza
De que meus fantasmas
Irão para o inferno
Bem mais nas profundas
Dissequei meus sonhos
Para sobreviver
Sem mais fantasia
Que não na avenida
Numa escola de samba
Mas sem mais devaneios
Na escola da vida
(Nane - 30/09/2013)
A porta
Minha casa fechada
Sem a luz do dia
Clareada por lâmpadas
É triste, é lúgubre
Lá fora tem luz natural
Folhas e flores
Pássaros e sapos
Cães vadios
Ninha casa faz barulho
De televisão ligada
Ou uma canção tocada
Num rádio qualquer
Lá fora tem sinfonia
De passarinhos copulando
E tantos outros bichos
Saudando a vida
Abro a porta da minha casa
E um raio de claridade a invade
Um som estrondoso a faz vibrar
E sem um porquê, eu começo a dançar
(Nane - 30/09/2013)
Sem a luz do dia
Clareada por lâmpadas
É triste, é lúgubre
Lá fora tem luz natural
Folhas e flores
Pássaros e sapos
Cães vadios
Ninha casa faz barulho
De televisão ligada
Ou uma canção tocada
Num rádio qualquer
Lá fora tem sinfonia
De passarinhos copulando
E tantos outros bichos
Saudando a vida
Abro a porta da minha casa
E um raio de claridade a invade
Um som estrondoso a faz vibrar
E sem um porquê, eu começo a dançar
(Nane - 30/09/2013)
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Circunstâncias
Chorei
Todas as lágrimas
Que me verteram
Todas as mágoas
Que me sufocaram
Todas as dores
Que me doeram
Me dei
Ao desfrute de sonhar
Todos os amores que não tive
E os desejos de viver
O que me foi proibido
Vivi
As realidades concebidas
As verdades possíveis
As felicidades dos momentos
Que me foram proporcionados
Morrer
É mera circunstância
Do ciclo concluído
Da missão cumprida
E da vida continuada (além)
(Nane - 27/09/2013)
Todas as lágrimas
Que me verteram
Todas as mágoas
Que me sufocaram
Todas as dores
Que me doeram
Me dei
Ao desfrute de sonhar
Todos os amores que não tive
E os desejos de viver
O que me foi proibido
Vivi
As realidades concebidas
As verdades possíveis
As felicidades dos momentos
Que me foram proporcionados
Morrer
É mera circunstância
Do ciclo concluído
Da missão cumprida
E da vida continuada (além)
(Nane - 27/09/2013)
Acontecendo
Ocultei de mim mesma
Verdades escondidas
Pensadas por todos
Sentidas por mim
Fui vítima da extorsão
Da minha própria imaginação
Andei em desalinho
Me perdi pelo caminho
De quem foi a culpa
Não sei dizer
Minha ou de minha mãe
Da vida ou do destino
Tentei inúmeras vezes
Refazer o que não fiz
Quando deveria ter feito
Mas fiquei sem jeito
Deixar acontecer
Sem ter o que fazer
Vida que segue
Gente afins...
(Nane - 27/09/2013)
Verdades escondidas
Pensadas por todos
Sentidas por mim
Fui vítima da extorsão
Da minha própria imaginação
Andei em desalinho
Me perdi pelo caminho
De quem foi a culpa
Não sei dizer
Minha ou de minha mãe
Da vida ou do destino
Tentei inúmeras vezes
Refazer o que não fiz
Quando deveria ter feito
Mas fiquei sem jeito
Deixar acontecer
Sem ter o que fazer
Vida que segue
Gente afins...
(Nane - 27/09/2013)
Espectro noturno
Povoas minha mente
Poluindo meus sentidos
Aplacando meus reflexos
Sufocando meus soluços
Assombras as noites
Em que na profunda solidão
Me tiras o sono
E colas em mim
É na calada da noite
Entre cólicas e suores
De febres e saudades
Que te vejo e te toco
Fantasma telúrico
Bailando sem lógica
Encosto maldito
Me deixa em paz...
(Nane - 27/09/2013)
Poluindo meus sentidos
Aplacando meus reflexos
Sufocando meus soluços
Assombras as noites
Em que na profunda solidão
Me tiras o sono
E colas em mim
É na calada da noite
Entre cólicas e suores
De febres e saudades
Que te vejo e te toco
Fantasma telúrico
Bailando sem lógica
Encosto maldito
Me deixa em paz...
(Nane - 27/09/2013)
Saudades
Saudades...
Sentimento sem tradução
Que parece efêmero
E no entanto corrói
E dói
Quando sinto saudades
O chão se abre
Falta palavras
Foge o fôlego
Pesa a respiração
Comprime o peito
Não sei se físico
Ou psíquico
Me sinto criança
Perdida na roda
Da ciranda de rua
Me sinto velha
Jogada no limbo
Sem entender
Se viva ou se morta
Inquieta
Saudades não presta
Nem mesmo em poesia
Pois a melhor das rimas
É a melancolia...
(Nane - 27/09/2013)
Sentimento sem tradução
Que parece efêmero
E no entanto corrói
E dói
Quando sinto saudades
O chão se abre
Falta palavras
Foge o fôlego
Pesa a respiração
Comprime o peito
Não sei se físico
Ou psíquico
Me sinto criança
Perdida na roda
Da ciranda de rua
Me sinto velha
Jogada no limbo
Sem entender
Se viva ou se morta
Inquieta
Saudades não presta
Nem mesmo em poesia
Pois a melhor das rimas
É a melancolia...
(Nane - 27/09/2013)
Cara a tapa
Sou o que sou
E por ser quem sou
Não fui digna de você
Mas ainda assim
Sou o que sou
Quando tentei ser
O que não era
Perdi a minha essência
E por tabela
Perdi você
Hoje estou só
Mas sou eu mesma
Sem fantasma nenhum
Sem máscara nenhuma
De cara limpa
(Nane - 27/09/2013)
E por ser quem sou
Não fui digna de você
Mas ainda assim
Sou o que sou
Quando tentei ser
O que não era
Perdi a minha essência
E por tabela
Perdi você
Hoje estou só
Mas sou eu mesma
Sem fantasma nenhum
Sem máscara nenhuma
De cara limpa
(Nane - 27/09/2013)
Passou...
Nosso tempo passou
E talvez eu devesse chorar
Lastimar, não nego
Lastimo e muito
Mas a moeda tem dois lados
E foi tanto o que ganhei
Não vou ficar presa ao passado
Mas guardarei sim
Com toda a certeza
As alegrias que vivemos
E que viraram poesias
Levarei comigo
Sua risada escancarada
No sorriso enigmático
Quando falávamos bobagens
Que nós entendíamos
E o carinho safado
Quando a paixão ardia
E esquecíamos os pudores
Que nunca tivemos
Sob as cobertas que depois
Jogávamos fora
É
Não vou chorar
E será quase impossível
Deixar de sorrir
Quando as lembranças vierem
E me transportar novamente
Pros braços seus...
(Nane - 27/09/2013)
E talvez eu devesse chorar
Lastimar, não nego
Lastimo e muito
Mas a moeda tem dois lados
E foi tanto o que ganhei
Não vou ficar presa ao passado
Mas guardarei sim
Com toda a certeza
As alegrias que vivemos
E que viraram poesias
Levarei comigo
Sua risada escancarada
No sorriso enigmático
Quando falávamos bobagens
Que nós entendíamos
E o carinho safado
Quando a paixão ardia
E esquecíamos os pudores
Que nunca tivemos
Sob as cobertas que depois
Jogávamos fora
É
Não vou chorar
E será quase impossível
Deixar de sorrir
Quando as lembranças vierem
E me transportar novamente
Pros braços seus...
(Nane - 27/09/2013)
Colheitas
Barro
amarelo
terra
preta,
O milho
no barro
a couve
na terra.
A minhoca
cavuca
as duas,
aduba
sem distinção,
sem causa
nenhuma.
Colho
no barro
amarelo
o milho
que alimenta
a galinha
que bota
o ovo
Que me alimenta.
Colho
na terra preta
a couve
que refogo
e como
com torresmo
e angú (polenta),
que também
é feito do milho.
E como o milho verde
com manteiga.
(Nane - 27/09/2013)
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
N A N E - E L I A N - N A N E
Em mim dormem seus versos aflitos
Como que sendo gritos
As vezes de revolta
As vezes de perdão
Gritos amargurados
Socorro dos pecados
Como quem, o coração
Vive entre o amor e o conflito
Mas, a alma que você espelha
Mostra a sua candura
O reflexo branco
Da sua vida dura...
Sorriso da sua boca vermelha
Você é assim, Nane:
- Corpo e alma expostos
Destilando o veneno
Das dores que fazem da sua poesia
Uma criança quebrando os brinquedos
Com a ingenuidade de ignorar os riscos
Que podem lhe machucar
Vai, amiga...
Componha os seus versos
Conta a sua vida
Reclama que pensa não ser mais
Aquela mulher de outros carnavais
Mas, não se esqueça nunca
De rabiscar os seus poemas...
As suas inspirações...o seus problemas...
Que é o que você tem de mais bonito
E que sempre nos faz admirá-la...Tanto!!
Geraldo Aguiar
*Homenagem de um amigo muito querido!
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Vestígios
O vento Sopra forte
Levando embora
Todos seus vestígios
Mar adentro
E como se desculpando
Me faz um carinho
Com gotas de brisa
Gelada
Faço mea culpa
Sorrio tristonha
Mas satisfeita
Por ele te levar
Abri outra porta
Espero sem medo
Entrar outro alguém
Dentro de mim
Agradeço ao mar
Jogando para ele
Uma orquídea
E vou embora
(Nane - 24/09/2013)
Levando embora
Todos seus vestígios
Mar adentro
E como se desculpando
Me faz um carinho
Com gotas de brisa
Gelada
Faço mea culpa
Sorrio tristonha
Mas satisfeita
Por ele te levar
Abri outra porta
Espero sem medo
Entrar outro alguém
Dentro de mim
Agradeço ao mar
Jogando para ele
Uma orquídea
E vou embora
(Nane - 24/09/2013)
Quites
Expurguei
Meus pecados
Não devo nada
Nada me deves
Estamos quites
Fique aí
Eu fico aqui
Foi muito bom
Infinto
Mas acabou
A tempestade desabou
Sofri e chorei
O sol chegou
Brilhou de novo
Trazendo o arco-íris
Estou livre
De você
(Nane - 24/09/2013)
Meus pecados
Não devo nada
Nada me deves
Estamos quites
Fique aí
Eu fico aqui
Foi muito bom
Infinto
Mas acabou
A tempestade desabou
Sofri e chorei
O sol chegou
Brilhou de novo
Trazendo o arco-íris
Estou livre
De você
(Nane - 24/09/2013)
Desgaste
Não sou mais uma menina
Embora o espírito teime em achar
O desgaste do tempo deixa claro
No corpo já tão cansado...
As "dobradiças" rangem doloridas
Cada vez que são exigidas
Enquanto a mente corre solta
O corpo estático, grita estátua...
E o espelho...esse opressor
Que teima em refletir
A imagem desgastada
Da menina enclausurada...
Eu sei que sou uma menina
Pronta para correr
Pular, dar cambalhotas
Brincar até cansar...
Eu sei que meu corpo desgastou
No tempo que lhe foi dado
Hoje sou menina e senhora
Conflitando mente e corpo
(Nane - 24/09/2013)
Embora o espírito teime em achar
O desgaste do tempo deixa claro
No corpo já tão cansado...
As "dobradiças" rangem doloridas
Cada vez que são exigidas
Enquanto a mente corre solta
O corpo estático, grita estátua...
E o espelho...esse opressor
Que teima em refletir
A imagem desgastada
Da menina enclausurada...
Eu sei que sou uma menina
Pronta para correr
Pular, dar cambalhotas
Brincar até cansar...
Eu sei que meu corpo desgastou
No tempo que lhe foi dado
Hoje sou menina e senhora
Conflitando mente e corpo
(Nane - 24/09/2013)
Pés no chão
Sinta menino
Teus pés no chão
Corra sem medo
De ferí-los
Deixe que a terra
Os acariciem
Ela é mãe generosa
E mal não faz
Vieste dela
És parte dela
Tu és a própria terra.
(Nane - 24/09/2013)
Teus pés no chão
Corra sem medo
De ferí-los
Deixe que a terra
Os acariciem
Ela é mãe generosa
E mal não faz
Vieste dela
És parte dela
Tu és a própria terra.
(Nane - 24/09/2013)
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Carpinejando
Carpinejo
meus
rabiscos
enquanto
gesto
meus
versos.
Faço-me
carpideira
Sem
vergonha
de
chorar.
Carapino
letra
a
letra
Até
montar
a
estrofe
e
nascer
a
poesia
Carpinejada
(Nane - 23/09/2013)
meus
rabiscos
enquanto
gesto
meus
versos.
Faço-me
carpideira
Sem
vergonha
de
chorar.
Carapino
letra
a
letra
Até
montar
a
estrofe
e
nascer
a
poesia
Carpinejada
(Nane - 23/09/2013)
Lixeira
Uma misturas de letras
Formando palavras
Que dizem nada
Ou tudo
Num poema pobre
De um poeta confuso
Fundindo sentimentos
Numa folha em branco
Amassada e jogada
No lixo.
(Nane - 23/09/2013)
Formando palavras
Que dizem nada
Ou tudo
Num poema pobre
De um poeta confuso
Fundindo sentimentos
Numa folha em branco
Amassada e jogada
No lixo.
(Nane - 23/09/2013)
Em branco
Joguei
fora
todas
as
fotos
que
nunca
foram
fatos.
Limpei
o
arquivo.
A
pasta
está
em
branco.
(Nane 23/09/2013)
fora
todas
as
fotos
que
nunca
foram
fatos.
Limpei
o
arquivo.
A
pasta
está
em
branco.
(Nane 23/09/2013)
Sob escombros
Um dia a casa cai
E você descobre
Que sobreviveu
Sob os escombros
A vida se oferece
Te faz repensar
Te chama de guerreiro
Diz que é hora de recomeçar
E te fala nas entrelinhas
Que é simples de ser levada
Pede para você não complicar
Na construção da nova morada
Você olha o que restou
Percebe o que faltou
Refaz seu alicerce
Escava sua base
Está quase tudo pronto
Sopre o vento que soprar
A minha casa se firmará
E mais ninguém a derrubará
(Nane - 23/09/2013)
E você descobre
Que sobreviveu
Sob os escombros
A vida se oferece
Te faz repensar
Te chama de guerreiro
Diz que é hora de recomeçar
E te fala nas entrelinhas
Que é simples de ser levada
Pede para você não complicar
Na construção da nova morada
Você olha o que restou
Percebe o que faltou
Refaz seu alicerce
Escava sua base
Está quase tudo pronto
Sopre o vento que soprar
A minha casa se firmará
E mais ninguém a derrubará
(Nane - 23/09/2013)
sábado, 21 de setembro de 2013
Perdas e danos
Eu disse: Não quero te perder.
Me respondestes com uma pergunta:
E algum dia me tivestes?
Um silêncio profundo em mim...
Percebi que não me preparei
Para nunca ter te possuído.
Nada ficou além das lembranças
De quando a ilusão me fez ser dona
Do amor que declaravas em sussurros
Me fazendo acreditar que era meu...de fato.
Não te perdi
Por nunca me teres pertencido.
As amarras estão em mim
Em ferrolhos de saudades,
Fazendo sangrar a todo instante
O coração soluçante e descompassado
Que pulsa por obrigação da vida
Ao descobrir que não se preparou
Ao descobrir que não se preparou
Para perder o que nunca foi seu
Em momento algum...
(Nane - 21/09/2013)
Palavras no olhar
Ouça em meus olhos
As palavras silenciadas
Sepultadas na garganta
Não as achará em mais nenhum lugar
Já não as digo por gestos
Mas dos olhos...não as posso apagar
Elas falam nas lágrimas
Que me salgam a face quando escorrem
Nos sulcos abertos pelo tempo
Dizem também da felicidade
Quando brilham (os olhos) nas lembranças
Dos instantes que se perpetuaram
Da minha boca não mais sairão palavras
Caladas por pura desilusão
Mas meus olhos...teimam em gritar
Ouça em meus olhos
As palavras silenciadas
Sepultadas na garganta
(Nane - 21/09/2013)
As palavras silenciadas
Sepultadas na garganta
Não as achará em mais nenhum lugar
Já não as digo por gestos
Mas dos olhos...não as posso apagar
Elas falam nas lágrimas
Que me salgam a face quando escorrem
Nos sulcos abertos pelo tempo
Dizem também da felicidade
Quando brilham (os olhos) nas lembranças
Dos instantes que se perpetuaram
Da minha boca não mais sairão palavras
Caladas por pura desilusão
Mas meus olhos...teimam em gritar
Ouça em meus olhos
As palavras silenciadas
Sepultadas na garganta
(Nane - 21/09/2013)
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Tridimensional
Toque meu corpo
Sinta meu cheiro
Olhe em meus olhos
Se ate em mim
Para que seja pleno
E real
O sentimento
Não faça da vida
Raios luminosos
Do que nunca será
Mas promete ser
Embora a certeza
Do nunca acontecer
Deixa vir
O real
Deixa ir
O virtual
O horizonte não se alcança
Só é lindo de olhar
(Nane - 19/09/2013)
Sinta meu cheiro
Olhe em meus olhos
Se ate em mim
Para que seja pleno
E real
O sentimento
Não faça da vida
Raios luminosos
Do que nunca será
Mas promete ser
Embora a certeza
Do nunca acontecer
Deixa vir
O real
Deixa ir
O virtual
O horizonte não se alcança
Só é lindo de olhar
(Nane - 19/09/2013)
Irreversível
Misturo tudo
A morte me visitou
Arrancou raízes tão profundas
Devastou sentimentos tão puros
Fez, enfim, o seu serviço
Sofreu o menino guerreiro
Enquanto forças teve
Em momento algum se entregou
Lutou bravamente pela vida
Lutei bravamente pelo amor
Mas veio a morte insensível
Devastou...levou
Eles já não respiram
O guerreiro descansou
O amor foi destroçado
Esmagado por palavras
Não há mais vida
A morte venceu
Vou cavar a tumba
Depositar os restos mortais
De ambos os mortos
Num mesmo buraco
(Nane - 19/09/2013)
A morte me visitou
Arrancou raízes tão profundas
Devastou sentimentos tão puros
Fez, enfim, o seu serviço
Sofreu o menino guerreiro
Enquanto forças teve
Em momento algum se entregou
Lutou bravamente pela vida
Lutei bravamente pelo amor
Mas veio a morte insensível
Devastou...levou
Eles já não respiram
O guerreiro descansou
O amor foi destroçado
Esmagado por palavras
Não há mais vida
A morte venceu
Vou cavar a tumba
Depositar os restos mortais
De ambos os mortos
Num mesmo buraco
(Nane - 19/09/2013)
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Sem título
Por onde andam as palavras
Que moravam em minha mente
E se vestiam de poesias
Quando eu as expeliam
Se sufocaram na minha densidade
Se perderam na minha melancolia
Não moram mais em mim
As que restaram são confusas
Falam o estritamente necessário
Para mandar, pedir e obedecer
Se comunicam
O luto tomou conta de mim
Morreu o poeta
Abandonado pela inspiração
Restou só a falação
Quem leu, leu
Quem não leu, não mais lerá
Silêncio profundo
(Nane - 16/09/2013)
Que moravam em minha mente
E se vestiam de poesias
Quando eu as expeliam
Se sufocaram na minha densidade
Se perderam na minha melancolia
Não moram mais em mim
As que restaram são confusas
Falam o estritamente necessário
Para mandar, pedir e obedecer
Se comunicam
O luto tomou conta de mim
Morreu o poeta
Abandonado pela inspiração
Restou só a falação
Quem leu, leu
Quem não leu, não mais lerá
Silêncio profundo
(Nane - 16/09/2013)
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Só uma palavra
Que palavra é essa
Que não consigo dizer
E não sai de mim...
Entalada na garganta
Dizendo o que não falo
E no entanto, sinto
Que palavra é essa
Que diz tanto no silêncio
Da minha mudez
Quando quero gritar
E me calo
Diante desse dizer
Que palavra é essa
Que se cala e grita
Sem me deixar falar
O que ela diria
Se conseguisse sair
Em alto e bom som
Que palavra é essa
Que me faz emudecer
E nada dizer
E no entanto diz tanto
Quando ao anoitecer
Me transporta até você...
(Nane - 13/09/2013)
Que não consigo dizer
E não sai de mim...
Entalada na garganta
Dizendo o que não falo
E no entanto, sinto
Que palavra é essa
Que diz tanto no silêncio
Da minha mudez
Quando quero gritar
E me calo
Diante desse dizer
Que palavra é essa
Que se cala e grita
Sem me deixar falar
O que ela diria
Se conseguisse sair
Em alto e bom som
Que palavra é essa
Que me faz emudecer
E nada dizer
E no entanto diz tanto
Quando ao anoitecer
Me transporta até você...
(Nane - 13/09/2013)
Setembro
A sensibilidade aflorada
No desabrochar de uma orquídea
Em pleno mês de setembro
Nos galhos de uma árvore
Já seca e quase morta
É ela (orquídea) dando vida
Colorindo a velha árvore
Dividindo sua alegria
Sorrindo e a fazendo (árvore) sorrir
Por mais de trinta dias
Serão "velhas" companheiras
Uma colada na outra
Beleza e simplicidade
Cultivando a amizade
E chegará outubro
Adormecerá a linda orquídea
A velha árvore se refolhará
E da amiga vai cuidar
Até outro setembro chegar
(Nane - 13/09/2013)
No desabrochar de uma orquídea
Em pleno mês de setembro
Nos galhos de uma árvore
Já seca e quase morta
É ela (orquídea) dando vida
Colorindo a velha árvore
Dividindo sua alegria
Sorrindo e a fazendo (árvore) sorrir
Por mais de trinta dias
Serão "velhas" companheiras
Uma colada na outra
Beleza e simplicidade
Cultivando a amizade
E chegará outubro
Adormecerá a linda orquídea
A velha árvore se refolhará
E da amiga vai cuidar
Até outro setembro chegar
(Nane - 13/09/2013)
Olhares
Absorta observo
O olhar de minha mãe
E o olhar do meu neto
Dois polos de um círculo
Que se abre e que se fecha
Tão iguais as visões
De quem olha e vê
Apenas o que há para se ver
No espaço que lhes cabe
Olhar
Ele brinca com a felicidade
Ao ver uma bola no quintal
E correr atras de um passarinho
Na certeza de que não alcançará
Mas brilha a felicidade em seu olhar
Ela olha sem preocupação
Se vai dar tempo de chegar
Ou de sair
Não importa se a novela vai acabar
A ansiedade não mora mais aqui
São olhares paralelos
Mas caminham de mãos dadas
Olhando para um mesmo lugar
E vendo coisas diferentes
Onde a felicidade está
Olham diferenças
Enxergam cumplicidades
Contemplam a vida
E a felicidade permitida (a cada um)
(Nane - 13/09/2013)
O olhar de minha mãe
E o olhar do meu neto
Dois polos de um círculo
Que se abre e que se fecha
Tão iguais as visões
De quem olha e vê
Apenas o que há para se ver
No espaço que lhes cabe
Olhar
Ele brinca com a felicidade
Ao ver uma bola no quintal
E correr atras de um passarinho
Na certeza de que não alcançará
Mas brilha a felicidade em seu olhar
Ela olha sem preocupação
Se vai dar tempo de chegar
Ou de sair
Não importa se a novela vai acabar
A ansiedade não mora mais aqui
São olhares paralelos
Mas caminham de mãos dadas
Olhando para um mesmo lugar
E vendo coisas diferentes
Onde a felicidade está
Olham diferenças
Enxergam cumplicidades
Contemplam a vida
E a felicidade permitida (a cada um)
(Nane - 13/09/2013)
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Pomba que vira
Baixa na ave ao amanhecer
Fazendo voar fragrâncias
Inebriantes e embriagantes
Brinda com borbulhas
As rosas vermelhas
Presentes dos homens
De queixos caídos
Jogados aos teus pés
Senhora de todas as portas
Abre e fecha quando quer
Atrai e tranca as conquistas
No rodar da tuas saias vermelhas
Enquanto dança teu ritual
Do poder que emana e fascina
Pomba Gira e vira
Pássaro que faz verão
Sozinha não dá para ficar
Uma só Andorinha não basta
Deixa a pomba girar
Deixa o verão chegar
Exu mulher Laroyê!
(Nane - 12/09/2013)
Sem leveza nenhuma
Queria ter leveza no rabiscar
Mas seria hipocrisia minha tentar
Sou o que sou e não posso mudar
A aura me circunda o corpo
Os afins a enxergam astutos
Por onde quer que eu vá
Desvisto meus trajes de mansa
Exponho o espírito indomável
Choro nas letras que coordeno
Cuspo nos versos que faço
Espelho a rebeldia em poesias
Sou o que sou e não posso mudar
A vida lá fora me espera
Enquanto eu espero a vida
Em desencontros obsoletos
Vou dando cabeçadas nos muros
Presa em rimas mal feitas
Das métricas arcaicas que nada dizem
Não tenho a leveza nas palavras
Sou densa no rabiscar
Mas escrevo o que sou e o que penso
E é assim que há de ser
Enquanto eu escrever
(Nane - 12/09/2013)
Mas seria hipocrisia minha tentar
Sou o que sou e não posso mudar
A aura me circunda o corpo
Os afins a enxergam astutos
Por onde quer que eu vá
Desvisto meus trajes de mansa
Exponho o espírito indomável
Choro nas letras que coordeno
Cuspo nos versos que faço
Espelho a rebeldia em poesias
Sou o que sou e não posso mudar
A vida lá fora me espera
Enquanto eu espero a vida
Em desencontros obsoletos
Vou dando cabeçadas nos muros
Presa em rimas mal feitas
Das métricas arcaicas que nada dizem
Não tenho a leveza nas palavras
Sou densa no rabiscar
Mas escrevo o que sou e o que penso
E é assim que há de ser
Enquanto eu escrever
(Nane - 12/09/2013)
Infinito
Sente...a chama devoradora
Consumindo todo o juízo
Fazendo do prazer loucura
E da razão...paixão
Num deslizes de mãos ansiosas
Que percorrem nervosas
Os corpos entrelaçados
Na cópula transbordante...e quente
Pingos de suores se misturam
Se confundem, se acoplam
Gemidos e grunhidos sem nexos
Dois pares de olhos perplexos
Desabam os corpos satisfeitos
Por instantes infinitos
Já não há mais rijeza nos músculos
Nada mais há que ser expelido
Intensas sensações de prazer
Nem sei quem é você
Está de volta a razão
Aplacado foi o tesão
(Nane - 12/09/2013)
Consumindo todo o juízo
Fazendo do prazer loucura
E da razão...paixão
Num deslizes de mãos ansiosas
Que percorrem nervosas
Os corpos entrelaçados
Na cópula transbordante...e quente
Pingos de suores se misturam
Se confundem, se acoplam
Gemidos e grunhidos sem nexos
Dois pares de olhos perplexos
Desabam os corpos satisfeitos
Por instantes infinitos
Já não há mais rijeza nos músculos
Nada mais há que ser expelido
Intensas sensações de prazer
Nem sei quem é você
Está de volta a razão
Aplacado foi o tesão
(Nane - 12/09/2013)
pedaço de mim
Do que não falei
Meus olhos disseram
Do que não ouvi
Mi'alma sentiu
Mas não reclamo
Enquanto durou
Foi muito bom
Deixastes em mim
Um pouco de ti
E levas contigo
Um belo naco de mim
(Nane - 12/09/2013)
Meus olhos disseram
Do que não ouvi
Mi'alma sentiu
Mas não reclamo
Enquanto durou
Foi muito bom
Deixastes em mim
Um pouco de ti
E levas contigo
Um belo naco de mim
(Nane - 12/09/2013)
Luzes na ribalta
A verdade insólita
Machuca e corrói
Dizem os tolos e mentirosos
A preferirem à mentira
Então quando ela se descortina
A ribalta escurece
O fôlego acaba
O chão se abre
E o show termina
(Nane - 12/09/2013)
Machuca e corrói
Dizem os tolos e mentirosos
A preferirem à mentira
Então quando ela se descortina
A ribalta escurece
O fôlego acaba
O chão se abre
E o show termina
(Nane - 12/09/2013)
Luta franca
O tempo e a hora
Impõem-se e ditam
Soberanos e calmos
Passam...
A gente luta
Se descabela
Rema contra a maré
E se dá por vencido
Justa ou injusta
A luta é franca
O tempo ficando
A gente passando
É hora de amar
Viver o melhor que há
Se o amanhã vier
Será bem vindo
O tempo sou eu
É todo e só meu
Depois de mim
É o fim
(Nane - 12/09/2013)
Impõem-se e ditam
Soberanos e calmos
Passam...
A gente luta
Se descabela
Rema contra a maré
E se dá por vencido
Justa ou injusta
A luta é franca
O tempo ficando
A gente passando
É hora de amar
Viver o melhor que há
Se o amanhã vier
Será bem vindo
O tempo sou eu
É todo e só meu
Depois de mim
É o fim
(Nane - 12/09/2013)
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Demente
Perco meu chão
Na noite que cai
Falo besteiras
Me embriago
Sentimentos malucos
Tanta confusão
É preciso contradizer
Enlouquecer
Exponho meus medos
Fantasmas
Agrido
Me encabulo
A tristeza dita as regras
O olho é pelo olho
E o dente pelo dente
E eu por mim
Já não tenho limites
Vou fazer o que me vem na mente
O amanhã virá
A consequência...também
Perdida em pensamentos
Em sentimentos
Confusa na mente
Sou demente
(Nane - 11/09/2013)
Na noite que cai
Falo besteiras
Me embriago
Sentimentos malucos
Tanta confusão
É preciso contradizer
Enlouquecer
Exponho meus medos
Fantasmas
Agrido
Me encabulo
A tristeza dita as regras
O olho é pelo olho
E o dente pelo dente
E eu por mim
Já não tenho limites
Vou fazer o que me vem na mente
O amanhã virá
A consequência...também
Perdida em pensamentos
Em sentimentos
Confusa na mente
Sou demente
(Nane - 11/09/2013)
Capaz
Sou capaz de me apaixonar
E até temo isso
Gosto do seu jeito
Gosto da sua barba...
Sou capaz de me aproximar
Independente de tudo
Mesmo te odiando
Sou capaz de te amar
E não nego
Sou capaz de te querer
E ficar com você
Poeta de tantas musas
Sou capaz até
De te pedir carinho
E me doar inteira
Sem nenhum pudor
Ah...sou capaz
De te conquistar
Mesmo que isso em nada vá dar
Sou capaz de correr atrás
E o que acontecer
Deixa acontecer
A gente vê como vai ficar
Mas eu sou sou capaz...
(Nane - 11/09/2013)
E até temo isso
Gosto do seu jeito
Gosto da sua barba...
Sou capaz de me aproximar
Independente de tudo
Mesmo te odiando
Sou capaz de te amar
E não nego
Sou capaz de te querer
E ficar com você
Poeta de tantas musas
Sou capaz até
De te pedir carinho
E me doar inteira
Sem nenhum pudor
Ah...sou capaz
De te conquistar
Mesmo que isso em nada vá dar
Sou capaz de correr atrás
E o que acontecer
Deixa acontecer
A gente vê como vai ficar
Mas eu sou sou capaz...
(Nane - 11/09/2013)
Hora da verdade
A hora é essa
Me dei, te amei, te perdi
Lavo a alma
Com a chuva dos olhos
Que transbordam saudades
E secam com a realidade
(Nane)
Me dei, te amei, te perdi
Lavo a alma
Com a chuva dos olhos
Que transbordam saudades
E secam com a realidade
(Nane)
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Um outro beijo
Te dei meus sonhos
Me desnudei
Rasguei minhas vestes
Te dei eu mesma
Inteira
Vivi sem medo
Intensamente
E foi tão bom
Errei
Ao me entregar
Sem vacilar
Sem me lembrar
Que todo doce
Faz enjoar
Mas a vida é assim
O caminho é surpreendente
São tantas as esquinas
Tantas vertentes
A noite é passageira
O dia logo vem
Guarda-se a lua
E nasce o sol
Canta a vida
Adormece a paixão
Enquanto espera
Que outro beijo a desperte
(Nane - 10/09/2013)
Me desnudei
Rasguei minhas vestes
Te dei eu mesma
Inteira
Vivi sem medo
Intensamente
E foi tão bom
Errei
Ao me entregar
Sem vacilar
Sem me lembrar
Que todo doce
Faz enjoar
Mas a vida é assim
O caminho é surpreendente
São tantas as esquinas
Tantas vertentes
A noite é passageira
O dia logo vem
Guarda-se a lua
E nasce o sol
Canta a vida
Adormece a paixão
Enquanto espera
Que outro beijo a desperte
(Nane - 10/09/2013)
Cirando a cirandinha
Vamos brincar de ser felizes
Antes que a peste chegue
E nos faça arrastar
Vamos sorrir das desgraças
E desafiar a morte
Saltando de paraquedas
Vamos correr na areia
Tentando não molhar os pés
Nas espumas do mar
Vamos jogar brinquedos
Para os cães irem buscar
E depois nos driblar
Vamos nadar no rio
E jogar pedrinhas
Para vermos os círculos se formarem
Vamos chupar as mangas na mangueira
Enquanto escutamos o cacarejar
Das galinhas poedeiras lá embaixo
Vamos brincar de ciranda
Enquanto a ciranda da vida
Não venha nos fazer dançar
(Nane - 10/09/2013)
Antes que a peste chegue
E nos faça arrastar
Vamos sorrir das desgraças
E desafiar a morte
Saltando de paraquedas
Vamos correr na areia
Tentando não molhar os pés
Nas espumas do mar
Vamos jogar brinquedos
Para os cães irem buscar
E depois nos driblar
Vamos nadar no rio
E jogar pedrinhas
Para vermos os círculos se formarem
Vamos chupar as mangas na mangueira
Enquanto escutamos o cacarejar
Das galinhas poedeiras lá embaixo
Vamos brincar de ciranda
Enquanto a ciranda da vida
Não venha nos fazer dançar
(Nane - 10/09/2013)
Vida fingida
Tão breve a vida
Que finge se arrastar
Para que não a vejamos
Passar dos limites de velocidade
E não ser multada
Vida fingida de pesadelo
Para que não vivamos o sonho
Da inocência e pureza das crianças
Preservadas no passar dos anos
Nos bichos que morrem velhos
Vida louca que nos dá a certeza
De sermos apenas aprendizes
Nos primórdios da nossa vida
Da vida plena que têm os bichos
Que nada querem e nada pedem
E vivem apenas por viver
(10/09/2013)
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
09/09/2013
A última valsa tocou
No badalar dos sinos
Um último suspiro
O silêncio total
A falta de ar
A morte suave
Sem nenhum recado
Sem dor nenhuma
Sem escárnio
Sem nada...
Uma revoada de pássaros
Um ladrar de cães vagabundos
Uma lagarta devorando as folhas
Borboletas sobrevoando um túmulo
Um adeus sem volta...
A lua se escondeu
Por detrás de uma estrela
Brincaram de esconde, esconde
Num momento de magia
Era véspera de uma expectativa
De vida ou de morte
2013, ano de surperstição
De pássaros agourentos
Sobrevoando o túmulo
Do adeus sem volta...
(Nane - 09/09/2013)
No badalar dos sinos
Um último suspiro
O silêncio total
A falta de ar
A morte suave
Sem nenhum recado
Sem dor nenhuma
Sem escárnio
Sem nada...
Uma revoada de pássaros
Um ladrar de cães vagabundos
Uma lagarta devorando as folhas
Borboletas sobrevoando um túmulo
Um adeus sem volta...
A lua se escondeu
Por detrás de uma estrela
Brincaram de esconde, esconde
Num momento de magia
Era véspera de uma expectativa
De vida ou de morte
2013, ano de surperstição
De pássaros agourentos
Sobrevoando o túmulo
Do adeus sem volta...
(Nane - 09/09/2013)
sábado, 7 de setembro de 2013
Reino das árvores
Olhava consternada os pássaros
Eram dois...se beijando numa árvore
Talvez fossem mãe e filho, não sei
Mas era bonito de se olhar...
Não pude deixar de imaginar
A árvore em que não subi
O beijo que não troquei
O galho onde não trepei
Ouvi o canto da sabiá
Como se chamasse por um nome
Como se esperasse a chegada
De quem voltasse para casa
Mas nada é assim
Tudo é feito de ilusão
A casa é desfeita num piscar de olhos
E a sabiá se confunde com o João de Barro
Canta seu canto canoro
Ave sem identidade
Voa seu voo em liberdade
Deixa seu sonho sonhar
Cai a noite no dia
Emudecem todos os sons
Pássaros não voam mais
Silêncio no reino das árvores
(Nane - 07/09/2013)
Eram dois...se beijando numa árvore
Talvez fossem mãe e filho, não sei
Mas era bonito de se olhar...
Não pude deixar de imaginar
A árvore em que não subi
O beijo que não troquei
O galho onde não trepei
Ouvi o canto da sabiá
Como se chamasse por um nome
Como se esperasse a chegada
De quem voltasse para casa
Mas nada é assim
Tudo é feito de ilusão
A casa é desfeita num piscar de olhos
E a sabiá se confunde com o João de Barro
Canta seu canto canoro
Ave sem identidade
Voa seu voo em liberdade
Deixa seu sonho sonhar
Cai a noite no dia
Emudecem todos os sons
Pássaros não voam mais
Silêncio no reino das árvores
(Nane - 07/09/2013)
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Porrada da vida
Porradas da vida
Quantas levei
Quantas mais vou levar
Não vou reclamar
Levei o que mereci
E valeram todas
O corpo aprendeu
Já não sente tanto
A alma ainda sente
Mas também vai aprendendo
Evoluindo
Embrutecer jamais
A revolta se desfaz
Vocifero palavrões
Maldigo a mim mesma
Amanhã será outro dia
Pode ser que demore
Mas por certo a dor
Parará de doer
Até que venha a próxima
Porrada da vida
(Nane - 04/09/2013)
Quantas levei
Quantas mais vou levar
Não vou reclamar
Levei o que mereci
E valeram todas
O corpo aprendeu
Já não sente tanto
A alma ainda sente
Mas também vai aprendendo
Evoluindo
Embrutecer jamais
A revolta se desfaz
Vocifero palavrões
Maldigo a mim mesma
Amanhã será outro dia
Pode ser que demore
Mas por certo a dor
Parará de doer
Até que venha a próxima
Porrada da vida
(Nane - 04/09/2013)
Obaluaê
Bato um tambor
Acendo um charuto
Entrego a oferenda
Na encruzilhada ou no mar
Que todos os Orixás
Não me deixem ser encosto
Posto que é muito castigo
E sem a benção de Iemanjá
Não sei se vou aguentar
A fúria da tempestade
No estalar do chicote
De Iansa
Obaluaê me conceda a graça
De não ser encosto
E em nada me encostar
Atoto Obaluaê!!!
Acendo um charuto
Entrego a oferenda
Na encruzilhada ou no mar
Que todos os Orixás
Não me deixem ser encosto
Posto que é muito castigo
E sem a benção de Iemanjá
Não sei se vou aguentar
A fúria da tempestade
No estalar do chicote
De Iansa
Obaluaê me conceda a graça
De não ser encosto
E em nada me encostar
Atoto Obaluaê!!!
Encosto
Encosto no muro das encostas
Que delimitam meu voo
Escoltado pelas pedras
Que enredam meus desejos
Ladeira a baixo observo
O precipício pontiagudo
Estou no meio dos sonhos
Inatingíveis, inalcançáveis
Não subo e nem desço
Estática e inerte
Encosto no encosto do muro
Sem poder voar
Sou pássaro sem asas
Ferido e abatido
Encostado no encosto
Sou eu o próprio encosto
Me abato e me deixo abater
Sem forças para voar
Tão breve e efêmero voo
Não alcei...encostei na encosta do meu encosto
(Nane - 04/09/2013)
Que delimitam meu voo
Escoltado pelas pedras
Que enredam meus desejos
Ladeira a baixo observo
O precipício pontiagudo
Estou no meio dos sonhos
Inatingíveis, inalcançáveis
Não subo e nem desço
Estática e inerte
Encosto no encosto do muro
Sem poder voar
Sou pássaro sem asas
Ferido e abatido
Encostado no encosto
Sou eu o próprio encosto
Me abato e me deixo abater
Sem forças para voar
Tão breve e efêmero voo
Não alcei...encostei na encosta do meu encosto
(Nane - 04/09/2013)
Um dia
É a chuva que cai
É o dia nublado
É o cansaço da mente
Ou o cansaço da alma
É o estar presa à convenções
Regras e etiquetas
Discursos sem pontuação
É uma etapa em curso
Interrompida sob ameaças
É tanta coisa profana
Se vestindo de santa
Uma dor de dente do inferno
Latejando meu cérebro
Tem o lado bom da moeda
Na minha horta a plantação
Sorri mais verdejante
Acho que sou eu mesma
Que não gosto dos dias de chuva
Vou ler um livro no tom de cinza
(Como o meu dia)
(Nane - 04/09/2013)
É o dia nublado
É o cansaço da mente
Ou o cansaço da alma
É o estar presa à convenções
Regras e etiquetas
Discursos sem pontuação
É uma etapa em curso
Interrompida sob ameaças
É tanta coisa profana
Se vestindo de santa
Uma dor de dente do inferno
Latejando meu cérebro
Tem o lado bom da moeda
Na minha horta a plantação
Sorri mais verdejante
Acho que sou eu mesma
Que não gosto dos dias de chuva
Vou ler um livro no tom de cinza
(Como o meu dia)
(Nane - 04/09/2013)
terça-feira, 3 de setembro de 2013
OBF
Orlando Bona Filho
Te amo, te amo
Por ti daria o meu melhor
E faria com certeza o meu pior
Se sentisse em algum momento
Ameaçado esse amor
Orlando grande amigo
Mestre irmão camarada
Grito ao mundo o meu amor
E espalho por toda a rede
Que ninguém tente interferir
Na relação desse nosso querer
Orlando velho companheiro
Sou o teu ombro amigo
E choro se preciso no teu
A imensidão e a sinceridade desse amor
É coisa que só nós entendemos
Porque só nós sentimos
Brindo com uma cerveja
E o teu mate quente (e amargo)
Tim, tim!!!
(Nane - 03/09/2013)
Te amo, te amo
Por ti daria o meu melhor
E faria com certeza o meu pior
Se sentisse em algum momento
Ameaçado esse amor
Orlando grande amigo
Mestre irmão camarada
Grito ao mundo o meu amor
E espalho por toda a rede
Que ninguém tente interferir
Na relação desse nosso querer
Orlando velho companheiro
Sou o teu ombro amigo
E choro se preciso no teu
A imensidão e a sinceridade desse amor
É coisa que só nós entendemos
Porque só nós sentimos
Brindo com uma cerveja
E o teu mate quente (e amargo)
Tim, tim!!!
(Nane - 03/09/2013)
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