Perdi o foco
De meu destino
Me vi assim
Sem norte, sem sul
Combalida e em desalinho
Sem saber onde chegar
Onde está a sua mão
Vem guiar meu caminhar...
Na noite nefasta e obscura
Escuto sons fantasmagóricos
Querem me tirar você
Sem se importarem com a minha base
Lamentos e loucuras se misturam
Ao egoísmo do meu querer
Dopo teus sentidos num diazepam
Te prendendo a uma vida miserável
Libertas que serás tamen
Ainda que tardia essa viagem
Liberdade de fato e sem presilhas
Fundida no pulsar extinto
Molha o papel as lágrimas
Enquanto tento rimas sem sentidos
Que papel porra nenhuma
São teclas de uma tela fria
Misturas de sentimentos e assuntos
Loucuras de neurônios em desalinhos
Cérebro em alfas e ômegas
Mando, desmando, me atenho
Deus, meu Deus
Te peço, abstenho-me, suplico
Liberta e deixa voar
A ave contida e presa
Ah...não tente entender
O desabafo de quem bebeu demais
Deixa ir, deixa ficar
Me deixa só um pouco...chorar
O que vivo ou o que faço
A ninguém deve importar
Amanhã, quando eu acordar
Nada disso (que escrevi) vou lembrar
É só um desabafo
De um notívago inveterado
Que sente medo da claridade
Do novo dia que se aproxima
Haja o que houver
Esse silêncio me atordoa
Sou restos do que fui
Nada mais me faz sonhar
Dorme, teu sono forçado
Livre das dores que te afligem
Prostra teu corpo dolorido
Jogado no leito estendido
Talvez amanhã não despertes
Talvez eu chore a tua falta
Talvez amanhã sorrias
Talvez amanhã sejas livre
Perdi o foco
De meu destino
Me vi assim
Sem norte, sem sul...
(Nane-04/04/2017)
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