terça-feira, 4 de abril de 2017

SEM SABER O QUE FAZER

Perdi o foco
De meu destino
Me vi assim
Sem norte, sem sul

Combalida e em desalinho
Sem saber onde chegar
Onde está a sua mão
Vem guiar meu caminhar...

Na noite nefasta e obscura
Escuto sons fantasmagóricos
Querem me tirar você
Sem se importarem com a minha base

Lamentos e loucuras se misturam
Ao egoísmo do meu querer
Dopo teus sentidos num diazepam
Te prendendo a uma vida miserável

Libertas que serás tamen
Ainda que tardia essa viagem
Liberdade de fato e sem presilhas

Fundida no pulsar extinto

Molha o papel as lágrimas
Enquanto tento rimas sem sentidos
Que papel porra nenhuma
São teclas de uma tela fria

Misturas de sentimentos e assuntos
Loucuras de neurônios em desalinhos
Cérebro em alfas e ômegas
Mando, desmando, me atenho


Deus, meu Deus
Te peço, abstenho-me, suplico

Liberta e deixa voar
A ave contida e presa

Ah...não tente entender
O desabafo de quem bebeu demais
Deixa ir, deixa ficar
Me deixa só um pouco...chorar

O que vivo ou o que faço

A ninguém deve importar
Amanhã, quando eu acordar
Nada disso (que escrevi) vou lembrar

É só um desabafo

De um notívago inveterado
Que sente medo da claridade
Do novo dia que se aproxima

Haja o que houver
Esse silêncio me atordoa
Sou restos do que fui
Nada mais me faz sonhar

Dorme, teu sono forçado
Livre das dores que te afligem
Prostra teu corpo dolorido
Jogado no leito estendido

Talvez amanhã não despertes
Talvez eu chore a tua falta
Talvez amanhã sorrias
Talvez amanhã sejas livre

Perdi o foco
De meu destino

Me vi assim
Sem norte, sem sul...

(Nane-04/04/2017)


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