Perdoa a confusão em mim
Que me faz não mais te reconhecer
Creia, te amo com a mesma intensidade
Que te amei ao te ver nascer
Perdoa meus lapsos de memória
Mas a idade é cruel e complicada
Faz com que eu me perca de mim mesma
E confunda nomes e afins
Te chamo por outro nome
Mas no fundo, sei que é você
Não ligue para os meus desmandos
Guarde em ti o meu melhor
Sei de toda a dor que te dói
Mas creia, a minha é bem maior
Até por te agredir (e eu sei disso)
Ao não te reconhecer
Gosto dos papos que trocamos
Quando dizemos nada e sentimos
O tudo que nos une simplesmente
Pelo som de nossas vozes
Pouco importa o conteúdo
São, na maioria, palavras desconexas
Mas tão cheias de calor
Que aquece sem fogo e se faz chama
Perdoa a confusão em mim
Quando troco o seu nome
Sou só o que nunca eu quis ser
Guardando a essência do que fui
Te sou grata e te digo isso
Nos instantes que me são dados dizer
Pena serem tão poucos
Mas te disse por toda uma vida (pregressa)
Teu nome não sei mais
Mas confio em teus cuidados
Me entrego ao teu jugo
Cuida de mim...
(Nane-30/04/2017)
Um espaço para falar de tudo e com todos. quem quiser entrar, seja bem vindo.
domingo, 30 de abril de 2017
terça-feira, 25 de abril de 2017
A DOR DE UMA POESIA
O grito no vazio
Na impotência de atos
Sem esperança nenhuma
Fugir, não adianta
Ficar é regredir
Chorar não alivia
A saga continua
O desespero embaça
O vidro dos óculos
Disfarçando lágrimas
Incontidas na face
O grito ecoando
Num único espaço
Arrebentando os tímpanos
De um templo vazio
Não é mudo esse grito
Mas é surdo o ouvido
De quem não pode ouvir
Deixando de sentir
A saga continua
Na dor do grito vazio
Que chora sua agonia
Sem ao menos ler sua poesia
(Nane-25/04/2017)
ESTRANHO FASCÍNIO
Estranho fascínio
Tão dominante
Enclausurando meu arbítrio
Que de livre, nada tem
Quero outros quereres
Mas não os tenho
São massacrados pelo fascínio
Que exerces sobre mim
Em sonhos tu vens
Apaziguar a saudade
É quando entro em conflito
Por não conseguir adormecer
Resta então escrever
O sonho num rápido cochilo
Trazendo meu sorriso de volta
Ao se deparar com o seu
Tão rápido se desfaz
Na realidade nua e crua
Em que o cansaço vem à tona
De mais uma noite mal dormida
Estranho fascínio
Tão dominante
Enclausurando meu arbítrio
Que de livre, nada tem...
(Nane-25/04/2017)
quinta-feira, 20 de abril de 2017
MEUS CINCO SENTIDOS
Olham meus olhos cansados
Formas disformes contidas
Na retina envolvida em cataratas
Tão bem guardadas na memória
Um rosto sem as feições de outrora
Embora belo como quando visível
Martela na mente doentia
Que teima em visualizar o amor
Vejo formas disformes
Num vulto efêmero que me toca
Na surtada imaginação que dá forma
Em sonhos diluídos no amanhecer
A voz falada em meus tímpanos
No silêncio da noite escura
Em que não sei se durmo
Ou viajo em outra dimensão
Enganam-me os olhos e os ouvidos
Além do tato traiçoeiro
Que sente o calor do toque explícito
Tão real em sua marginalidade
O gosto surreal em minhas carnes
Traz o cheiro da maresia embriagante
Quando me perdia por instantes
No mar da loucura que tu fostes
Hoje, as formas se disformam
Na real sensação de apenas sonhos
Onde nada é realidade
E tudo não passa de saudade
Cansada de tanto desdenho
Acordo na frieza do momento
-E olho com meus olhos cansados
As formas disformes em desalentos
(Nane-20/04/2017)
domingo, 16 de abril de 2017
DOMINGO DE PÁSCOA
Por onde andam meus filhos
Escondidos talvez
Para que eu os procure
Pelos quatro cantos da casa
Como eu fazia com eles
Quando escondia os ovinhos
Que eles, ainda que desapontados
Com o tamanho, encontravam
Mas não encontro ninguém
Só uma que se diz
Ser filha minha
Mas implica com meus gritos
Quando chamo por meus filhos
E repito incansável
Coisas desconexas
Por não os encontrar
Por onde andam meus filhos
Escondidos de mim
Preocupados talvez
Com os filhos de seus filhos
Que procuram pelos ovinhos
Escondidos pelos filhos dos meus filhos
Que sem tempo para se esconderem
Me deixam tonta na busca por eles
Por onde andam meus filhos
Que eu tanto queria encontrar
Só para lhes ensinar
O valor da liberdade
Que a páscoa simboliza
Nesse domingo de esconde-esconde
Em que grito e ninguém responde
Onde estão meus filhos....
(Nane-16/04/2017)
Escondidos talvez
Para que eu os procure
Pelos quatro cantos da casa
Como eu fazia com eles
Quando escondia os ovinhos
Que eles, ainda que desapontados
Com o tamanho, encontravam
Mas não encontro ninguém
Só uma que se diz
Ser filha minha
Mas implica com meus gritos
Quando chamo por meus filhos
E repito incansável
Coisas desconexas
Por não os encontrar
Por onde andam meus filhos
Escondidos de mim
Preocupados talvez
Com os filhos de seus filhos
Que procuram pelos ovinhos
Escondidos pelos filhos dos meus filhos
Que sem tempo para se esconderem
Me deixam tonta na busca por eles
Por onde andam meus filhos
Que eu tanto queria encontrar
Só para lhes ensinar
O valor da liberdade
Que a páscoa simboliza
Nesse domingo de esconde-esconde
Em que grito e ninguém responde
Onde estão meus filhos....
(Nane-16/04/2017)
sábado, 15 de abril de 2017
ELO DE QUIMERAS
Um pouquinho só
Do muito que quis
Sem nunca nada ter
Além da louca ilusão
Vendas nos olhos
Na estrada percorrida
Entre flores e espinhos
Levitando e arrastada
Vermelhidão das flores
Manchando de púrpura
A vergonha na face
Das lágrimas corridas
A mentira desfeita
Em chagas apodrecidas
Fétidas em verdades
Tão destrutivas
O certo errado
Num erro de princípios
Onde o nada se fez tudo
Na derrocada de outro nada
Sombras perversas
De um passado perdido
No presente desencontrado
Sem nenhum futuro
Tempo perdido
Diriam todos
Sem saberem o que foi achado
Nesse elo de quimeras
Um pouquinho só
Do muito que quis
Sem nunca nada ter
Além da louca ilusão
(Nane-15/04/2017)
Do muito que quis
Sem nunca nada ter
Além da louca ilusão
Vendas nos olhos
Na estrada percorrida
Entre flores e espinhos
Levitando e arrastada
Vermelhidão das flores
Manchando de púrpura
A vergonha na face
Das lágrimas corridas
A mentira desfeita
Em chagas apodrecidas
Fétidas em verdades
Tão destrutivas
O certo errado
Num erro de princípios
Onde o nada se fez tudo
Na derrocada de outro nada
Sombras perversas
De um passado perdido
No presente desencontrado
Sem nenhum futuro
Tempo perdido
Diriam todos
Sem saberem o que foi achado
Nesse elo de quimeras
Um pouquinho só
Do muito que quis
Sem nunca nada ter
Além da louca ilusão
(Nane-15/04/2017)
terça-feira, 4 de abril de 2017
SEM SABER O QUE FAZER
Perdi o foco
De meu destino
Me vi assim
Sem norte, sem sul
Combalida e em desalinho
Sem saber onde chegar
Onde está a sua mão
Vem guiar meu caminhar...
Na noite nefasta e obscura
Escuto sons fantasmagóricos
Querem me tirar você
Sem se importarem com a minha base
Lamentos e loucuras se misturam
Ao egoísmo do meu querer
Dopo teus sentidos num diazepam
Te prendendo a uma vida miserável
Libertas que serás tamen
Ainda que tardia essa viagem
Liberdade de fato e sem presilhas
Fundida no pulsar extinto
Molha o papel as lágrimas
Enquanto tento rimas sem sentidos
Que papel porra nenhuma
São teclas de uma tela fria
Misturas de sentimentos e assuntos
Loucuras de neurônios em desalinhos
Cérebro em alfas e ômegas
Mando, desmando, me atenho
Deus, meu Deus
Te peço, abstenho-me, suplico
Liberta e deixa voar
A ave contida e presa
Ah...não tente entender
O desabafo de quem bebeu demais
Deixa ir, deixa ficar
Me deixa só um pouco...chorar
O que vivo ou o que faço
A ninguém deve importar
Amanhã, quando eu acordar
Nada disso (que escrevi) vou lembrar
É só um desabafo
De um notívago inveterado
Que sente medo da claridade
Do novo dia que se aproxima
Haja o que houver
Esse silêncio me atordoa
Sou restos do que fui
Nada mais me faz sonhar
Dorme, teu sono forçado
Livre das dores que te afligem
Prostra teu corpo dolorido
Jogado no leito estendido
Talvez amanhã não despertes
Talvez eu chore a tua falta
Talvez amanhã sorrias
Talvez amanhã sejas livre
Perdi o foco
De meu destino
Me vi assim
Sem norte, sem sul...
(Nane-04/04/2017)
De meu destino
Me vi assim
Sem norte, sem sul
Combalida e em desalinho
Sem saber onde chegar
Onde está a sua mão
Vem guiar meu caminhar...
Na noite nefasta e obscura
Escuto sons fantasmagóricos
Querem me tirar você
Sem se importarem com a minha base
Lamentos e loucuras se misturam
Ao egoísmo do meu querer
Dopo teus sentidos num diazepam
Te prendendo a uma vida miserável
Libertas que serás tamen
Ainda que tardia essa viagem
Liberdade de fato e sem presilhas
Fundida no pulsar extinto
Molha o papel as lágrimas
Enquanto tento rimas sem sentidos
Que papel porra nenhuma
São teclas de uma tela fria
Misturas de sentimentos e assuntos
Loucuras de neurônios em desalinhos
Cérebro em alfas e ômegas
Mando, desmando, me atenho
Deus, meu Deus
Te peço, abstenho-me, suplico
Liberta e deixa voar
A ave contida e presa
Ah...não tente entender
O desabafo de quem bebeu demais
Deixa ir, deixa ficar
Me deixa só um pouco...chorar
O que vivo ou o que faço
A ninguém deve importar
Amanhã, quando eu acordar
Nada disso (que escrevi) vou lembrar
É só um desabafo
De um notívago inveterado
Que sente medo da claridade
Do novo dia que se aproxima
Haja o que houver
Esse silêncio me atordoa
Sou restos do que fui
Nada mais me faz sonhar
Dorme, teu sono forçado
Livre das dores que te afligem
Prostra teu corpo dolorido
Jogado no leito estendido
Talvez amanhã não despertes
Talvez eu chore a tua falta
Talvez amanhã sorrias
Talvez amanhã sejas livre
Perdi o foco
De meu destino
Me vi assim
Sem norte, sem sul...
(Nane-04/04/2017)
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