A brisa noturna
Refresca o ar
A mente vazia
Pensa no nada
No ladrar dos cães
O silêncio se quebra
Um grilo falante
Faz solo na escuridão
Meu olhar perdido
Vagueia pelo céu
Nublado e sem brilho
Mas ainda assim, céu
A noite abafada
Prenuncia a chuva
Que talvez virá no amanhecer
Quando eu adormecer
O silêncio angustia
Mas os cães se calaram
Ouço meus próprios pensamentos
Como que levados ao vento
Até o grilo adormeceu
Ou então emudeceu
Destacando mais ainda o silêncio
Gritante em meus ouvidos
A hora que se faz
Me convida a deitar
Dormir, não sei se vou conseguir
Mas o melhor é me recolher
Nem tudo está perdido
Vou ouvir a sinfonia
Que os notívagos teimam
Transformar em poesia
(Nane - 18/10/2018)
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