O olhar fixo
Num ponto qualquer
Que gira e cresce
Numa ilusão hipnótica
Revira meus sentidos
Num mergulho em mim
Meus medos afloram
É medo de mim
Que acuada inflamo
Num insano destemor
Sem pressa ou nada afim
Além do próprio desamor
A saudade bate à porta
Na roda que gira
Da pessoa perdida
No mar do temporal
Em tsunami levada
Tentando ser encontrada
A ira que atrapalha
A luta desigual
Impulsiona a coragem
Em braçadas com a força
Dos sobreviventes
Na luta contra o mal
Serena o giro da roda
Aplacando meus sentidos
Desmistificando raízes
Proliferadas na areia
Escondendo o real valor
Do seu poder na pedra do amor
Alívio para os meus olhos cansados
No parar da roda que gira
No romper da ilusão hipnótica
No querer o desapego do apego
Para que enfim ressurja a vida
E por fim, em mim, o meu sossego
(Nane - 04/10/2018)
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